terça-feira, 28 de setembro de 2010

Colo!


Mariana adora um colo. Pendura igual macaquinho filhote que fica grudado na mãe o tempo todo. Não digo que não seja uma delícia. É maravilhosa a sensação de ter uma filha nos braços. E adoro saber que, para ela, meu colo é o melhor lugar do mundo. Tudo lindo. Fato.
Mãããs, por conta desse grude, me vejo fazendo todo o tipo de coisa com Marianinha no colo. Brinco dizendo que na gravidez, além da barriga, deveria nascer um terceiro braço, só para segurar a cria. Já tomei banho com Mariana no colo. Já cozinhei (tá perigoso, mas tomei cuidado). Já fiz xixi. Já sequei cabelo. Já dormi. E comer com ela pendurada já virou rotina. Mas outro dia inovamos. Fui tratar o dente. E claro que ela também ficou no meu colo. Olhou tudo, bem quietinha, e ainda deu uns palpites no tratamento. Ainda bem que o papai é o dentista.

terça-feira, 21 de setembro de 2010

Esse é seu pai.


Antes o papai futebol clube era mais pela farra de repetir a palavra nova aprendida. Grude, mesmo, convenhamos, era com a mamãe. Mas de uns tempos para cá uma pequena admiradora do papai nasce dentro de você. Outro dia, para minha surpresa, me dispensou na hora do banho dizendo: - Pode ir tomar banho mamãe, que eu fico aqui com o papai. Como assim? Agora eu posso tomar banho sozinha e você nem liga? Cadê meu chicletinho? Grudou no pai?
E papai sorri, cheio de alegria e soberba.

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Uns dias atrás, depois de muito choro por causa de intestino preso, você finalmente fez cocô. (A propósito, estamos aceitando dicas, sugestões e receitinhas infalíveis. Grata.) Aí olha para o papai e diz sorrindo: - Pronto papai, já passou a minha dor.
E papai chora, por não suportar te ver sofrer.


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No outro fim de semana estávamos nós três no carro, voltando de um restaurante. O trânsito para. Ao lado, um carro desses de playboy, som alto, vidros abertos. Na frente dois garotos de uns dezenove, vinte anos, cara de conquistadores, óculos escuros, aqueles tipos que nenhum pai sonha em ver um dia no seu portão. Atrás, duas ou três meninas, não me recordo. Seu pai olha para o lado. Olha de novo. E mais uma vez. E conclui:
- Playboy FDP, daqui alguns anos tá na porta da minha casa querendo pegar minha filha. Vai pra @$#*&?!% !!!!!!!
E papai volta a dirigir, sofrendo antecipadamente pelo futuro que lhe aguarda.

domingo, 19 de setembro de 2010

Dicas, dicas e mais dicas

Fomos hoje assistir ao "Na casa da Ruth" espetáculo em cartaz no Teatro Sérgio Cardoso. O próximo final de semana é o último em cartaz.
Olha a resenha, que eu não sou boa para isso: "Amparados por quatro competentes músicos no fundo do palco, a cantora Fortuna e o ator Rafael Zolko entoam com graça versos da escritora Ruth Rocha musicados por Hélio Ziskind. O lúdico show tem a participação do Coral Infantil do Sesc Vila Mariana — doze crianças que soltam a voz, dançam e conquistam a simpatia de seus pares na plateia — e de adolescentes percussionistas da Futurong, de Parelheiros. Animado por idas e vindas da coreografia, o colorido espetáculo traz com sutileza e espontaneidade temas alegres, a exemplo de Lá Vem a Macacada, ou mais “dramáticos”, caso de Quem Tem Medo de Monstro? As rimas simples da autora são logo assimiladas pela garotada, assim como as canções conhecidíssimas que também fazem parte do repertório: é impossível não cantar junto em Alecrim e Borboletinha. De 31/07/2010 a 26/09/2010."
Mariana gostou bastante, bateu palmas e curtiu as musiquinhas. O show começa com instrumentos de percussão no meio da plateia, o que pode assustar alguns menorzinhos. També tem uma música de bruxa, que também pode assustar. No mais todas as músicas são alegres e animadas. Minha afilhada Dudinha, de um aninho recém completado, foi junto e curtiu bastante. Não chorou nenhuma vez e bateu palminhas o tempo todo. Cheio de crianças pequenas, teatro confortável, estacionamento fácil, vinte reais para adultos e dez para crianças. Boa pedida. Vão lá!

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A Iramaia deixou um comentário aqui no blog falando de algumas outras dicas de passeios para crianças e restaurantes child friendly. Ela sugeriu que todo mundo divulgue suas dicas de restaurantes, bares e afins onde nossos pimpolhos sejam bem recebidos.
Para contribuir dou a dica de um restaurante na Zona Norte: o restaurante Fulana. O Fulana tem salinha para crianças, com alguns brinquedos, TV e umas mocinhas que pintam a mão e fazem escultura de balões. O basicão da diversão para pequenos. É um dos poucos lugares onde consigo almoçar sentada, enquanto Mariana se distrai um pouco. O lugar é amplo, comida de buffet boa, com direito a sobremesa. Detalhe: fica ao lado do Sesc Santana, então uma boa é emendar o almoço com alguma programação do Sesc que é sempre ótima. Vão lá também!
Se você tem alguma dica, escreva aqui nos comentários ou no seu blog!

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Se você, como eu, consegue enxergar perigo em tudo, fica mais um lugar para atenção. Hoje, durante o teatro, uma menina prendeu a mão na cadeira dessas que levantam o assento enquanto não tem ninguém sentado (deu para entender?). Acho que ela devia estar brincando nesse vão e ao sentar prensou a mão. Gritou de dor e saiu no meio do espetáculo chorando muito. Portanto, cuidado com essas cadeiras de teatro e de cinema, hein? hein?

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A última, prometo. Hoje na padaria eu tentava domar a Mariana e pegar frios e leite ao mesmo tempo. Eis que uma moça muito da mal educada quase nos atropelou para entrar na fila dos frios. Grossa que só. Depois, já na fila dos pães (é gente, fila pra tudo em SP) de novo a fina flor da educação tentou furar fila. Quando viu minha cara feia ofereceu seu lugar, eu acabei rejeitando e ficou aquele climão. Aí entra o Fabio na padaria. E não é que ele conhecia a moça? É mulher de um conhecido dele. E aí imagina a cara da mala quando percebeu o papelão justo com a mulher e filha de um conhecido.
Moral da história: o mundo é pequeno, se você não quer ser bem educado por virtude, que seja por medo de estar fazendo grosseria com um conhecido.

Um bom começo de semana a todos!

quarta-feira, 15 de setembro de 2010

Atendendo a pedidos

Esta é Agicouto, a minha neta. Foto tirada no domingo, na festa da minha afilhadinha Dudinha. Família unida vai à festa unida. E Mariana não larga a filha nem por um algodão doce. Nada como o amor de mãe.


segunda-feira, 13 de setembro de 2010

Três observações sobre o tema higiene e limpeza.

A fralda Huggies que eu comprei essa semana tem o incrível desenho de fazendinha. Umas ovelhas estampadas na fralda, com uns detalhes em marrom clarinho. Acontece que esse marrom clarinho do desenho me engana o tempo todo. Acho que é cocô e é só a estampa fazendística da fralda. Gente - Seu Huggies - marrom é prá cocô. Não estampa a fralda de marrom, please.

Para quem viaja, é internacional ou tem bons amigos como eu tenho, gostaria de indicar a pomada Desitin. Acho que é a Hipoglós gringa. Só que muito mais macia, muito mais cheirosa e evita assadura como ninguém. Então, anote aí na sua lista: Desitin. Garanto. Aliás, fabricantes da Hipoglós, não dá pra copiar a fórmula?

Os Shampoos Johnson têm uma tampa especialista em tirar esmalte da unha. Eu não consigo abrir com os dedos, tem que enfiar a unha. Aí, pronto. Tchau esmalte lindo vermelho. Acho que essa tampa difícil de abrir deve ser feita para as crianças não abrirem. Tudo bem, concordo. Mas não dá para bolar um sistema à prova de crianças e amigo das unhas numa coisa só? Seu Johnson, já inventaram a rosca. Obrigada.

domingo, 12 de setembro de 2010

Agicouto

Mariana olha para a boneca e me pergunta:
- Qual o nome da boneca mamãe Patricia?
- Sei lá, filha. Vamos dar um nome. Que tal Tutu?
- Não, mamãe. O nome dela é Agicouto.

Agicouto é a junção dos dois sobrenomes de Mariana. Mariana adora dizer seu nome inteiro. Teve que aprender cedo. Tem nome comum, só na classe tem mais duas. Se se chamasse Riroca, igual a filha da cantora, ou Relva, ou Flor-de-liz, ou Wanderlinda, poderia aprender o sobrenome bem mais tarde. Mas o nome é comum. Por isso já se vira no sobrenome. Coisas da vida.

Então Mariana tem uma filha que se chama Agicouto. E conversa com ela assim:
- Agicouto, vem aqui com a mamãe.
- Qué leitinho, Agicouto?
- Não picisa chorá Agicouto, mamãe tá aqui.

Agicouto é uma daquelas bonecas estilo bebezão. A cabeça dela é quase do tamanho da Mariana. Agicouto é muito gorda, acho que pesa igual à Mariana. Agicouto usa um vestido do Corinthians, coisa que agrada uns tios e desagrada outros. Agicouto é meio Chuck, mas é gente boa. Agicouto é minha neta.

sexta-feira, 10 de setembro de 2010

Só para não esquecer de te falar

Filha,

É meia-noite. Hora de tomar meu antibiótico, porque mãe também toma antibiótico. Às nove e meia foi a hora do seu. A terceira e última dose dessa vez. Não sei como é na casa das outras pessoas, mas por aqui a gente tenta de tudo para te fazer tomar remédio sem chorar. Enfiar seringa goela abaixo não é a nossa praia. Da última vez inventamos de filmar você tomando todo o remédio, coisa que te animava muito. Depois você se sentia imensamente corajosa, assistindo seus inúmeros clipes tomando todo o remédio e terminando com a nossa super comemoração. Coisa de maluco, quem tem filho vai entender. Para essas doses atuais vovó inventou de cantar parabéns e apagar velinha para comemorar o ato de bravura. Primeira e segunda dose de sucesso. Tomou sem reclamar e finalizamos com a cantoria e o soprar de velas. Hoje nem precisei terminar de anunciar a hora do remédio e você já se sentou numa mini cadeirinha, esperando quieta eu colocar as velas sobre a mesa e seu pai pegar a seringa. Abriu um bocão e tomou todo o remédio se fazendo de valente, só para poder cantar logo os parabéns. Mesmo com o gosto amargo do remédio, sorriu feliz porque iríamos comemorar. E aí filha, quando eu vi toda a sua inocência, e toda a sua valentia tive vontade de te falar: - cospe esse negócio amargo minha linda, deixa isso prá lá e vamos só cantar parabéns e assoprar velas até cansar, porque eu só te quero bem. Deixa prá lá essa chatice de tomar antibiótico e também não precisa cortar unha, nem tomar vacina, nem ir pra escola em dia de chuva, nem colocar sapato, nem nada que te desagrade. Porque eu só quero te ver sorrindo. Só isso. Sempre.
Mas eu sou mãe, e nem sempre mãe pode fazer aquilo que tem vontade.
Então te escrevo filha, antes mesmo de tomar a minha própria dose de remédio, só pra te dizer que tive peninha de você. Pela sua inocência, pela sua confiança em nós e pela sua bravura.
Mas já passou, porque mãe tem que ser forte acima de tudo, viu?

boa noite.

quinta-feira, 2 de setembro de 2010

Um mês de escola.

Hoje faz um mês que você atravessou pela primeira vez os muros escolares. Trinta dias depois, aquela euforia toda passou. Às vezes você faz manha e chora para ir. Mas chegando lá fica numa boa e parece gostar bastante. É o que dizem suas professoras nos recados na agenda. Aprendeu a cantar muitas músicas - muitas delas já cantávamos em casa - mas agora me surpreendo com você cantando letras inteiras, uma fofurice de se ver. Ontem mesmo cantou a Borboletinha-tá-na-cozinha-fazendo-chocolate-para-a-madrinha inteirinha sem errar. Canta também Atirei-o-pau-no-gato, nas duas versões, a antiga e a atual e chatamente correta. A graça é ver você dizer Dona Xíca-RA-dimiou-se-se. Também sabe cantar o top hit escolar “Meu lanchinho, meu lanchinho vou comer pra ficar fortinho e crescer”. E a sua professora Joyce (Joize, no seu linguajar) vira e mexe é mencionada. Tem comido bem. Tem horários definidos para a soneca. Não dorme quando volta da escola. E dorme a noite toda quase sempre. Em resumo, uma menina modelo, agora moldada pelas regras escolares. Tudo indo bem, filha.
Contrariando as expectativas ainda não pegou nenhuma gripe ou virose típica escolar (até gripou-se, mas foi do pai mesmo) e de vez em quando volta para casa falando um bebenês que você antes não falava. Acho que (des)aprende com os colegas menores e acaba soltando um quéio ao invés do lindo quero que você já sabe falar e até chamou mamadeira de tetê, coisa que nunca falamos em casa. Ou seja, dois passos para a frente e um para trás. É do jogo.
No mais tem o quesito gincana, que é conseguir manter uniformes limpos e distribuídos pelas respectivas avós, lanches pensados e comprados, lembrar do dia do brinquedo, do dia da natação, do dia da ciranda do livro e ainda das tarefas extras da gincana, como, por exemplo, levar embalagens vazias de artigos de higiene, uma foto 3 X 4, uma foto 10 x 15, a camiseta para pintura, a roupa da festa da primavera e sabe-se lá mais o que está por vir.
Eu só consigo me sentir feliz e orgulhosa de poder te assistir assim, nesse universo que está se formando ao seu redor.
Em outras palavras, deGAVARzinho (como você mesma diz) estamos todos nos acostumando com o fato de que você está crescendo, e que agora temos que dividi-la com o mundo.

Te amo.

quarta-feira, 1 de setembro de 2010

Tardando mas não falhando.

























Por falta de uma festa de aniversário, você teve duas. E a sua mãe que não dá conta de todas as tarefas do dia nem pra registrar as festividades de seus dois anos. Mas, contrariando o coelho da Alice, não é tarde, nunca é tarde. Vamos às festividades!
A primeira festa foi no próprio dia do seu aniversário, para os avós e os tios. E a segunda no fim de semana seguinte, para todos os amigos. Festa grande, festa pequena, Deus me defenda desse debate, se mais vale o brigadeiro enrolado pela mãe ou o buffet pago em suaves prestações. Entre uma opção ou outra, ficamos com as duas. Porque nosso negócio é comemorar. Comemorar a vida, a sua vida, tão alegre, tão iluminada. Eu, que sempre detestei comemorar meus próprios aniversários, adoro comemorar os seus. Comemoraria uma semana inteira se pudesse. Todos os dias um bolo novo, uma festa nova. Alegria, alegria, alegria! É só o que sentimos ao saber que dois anos já se passaram e estamos nos trilhos certos. Como é bom poder comemorar, filha. E não digo, poder, no sentido de poder comprar, poder adquirir. Poder aqui quer dizer, ter motivos para comemorar. Graças a Deus temos motivos para comemorar. E as suas duas festas foram sucessos. Você sempre animada na hora dos parabéns, um espetáculo à parte. Nunca vi uma criança vibrar tanto nessa hora. A coisa mais linda de ver. Sua alegria é contagiante. Alegria que contagia. Amor que não cabe dentro da gente. Celebrar a vida. Não podia ser melhor.


Além da alegria de podermos comemorar o seu aniversário, outra alegria é ver todo mundo comparecendo. Veio amigo de todo lado. Família que mora longe. Família que mora perto. Primos, tios, vovôs e vovós. Todo mundo veio te prestigiar, comemorar a sua vida, filha. E ter família, ter amigos, ter gente querida por perto, não tem preço, de tão bom que é.

Fica então o registro do seu segundo aniversário. Lindo. Como tudo que te diz respeito.

Amamos você minha pequena!
Que todos os seus aniversários sejam assim felizes!