quinta-feira, 30 de dezembro de 2010

Acabou!!!!!!



Pensei, repensei. Escrevi, reescrevi. Apaguei. Demorei a encontrar o tom do último post do ano. Não vai rolar retrospectiva, porque 2010 não foi meu melhor amigo. Mas também não vou chorar pelo que passou. Passou, e como disse meu marido, se não há o que comemorar no fim desse ano, vamos comemorar que ele acabou!


Então tchau 2010. Vá com Deus. Estamos esperando por um ano novinho em folha, mais nosso camarada. Esperamos de braços abertos um ano feliz. Um ano com saúde. Um ano perto de quem amamos. A grande lição do ano foi aprender a viver o hoje, o agora, o momento presente. E aprendemos com louvor. Cada vez mais celebramos a vida em seus pequenos momentos. Cada sorriso de Mariana nos inunda de amor. Cada momento cotidiano é celebrado. E não há maior motivo para ser feliz. E esse foi o bom legado de 2010. Que bom!


Antes que o ano acabe gostaria de deixar meu grande beijo para a minha família, tão querida, que fez com que os momentos ruins desse ano tenham sido, na medida do possível, menos ruins. Em primeiro lugar meu marido, que foi muito além do que eu poderia imaginar em companheirismo, dedicação e amor. Aos meus pais, que estiveram sempre firmes, ao meu lado, e nunca me deixaram esmorecer. Aos meus sogros, que cuidaram da Mariana nos momentos em que não pude fazê-lo. Aos meus irmãos Beto e Matheus, que sempre estiveram presentes, nos dias mais difíceis, nas horas mais improváveis, sempre. Às minhas cunhadas amadas, Pri e Rô, que nunca deixaram minha peteca cair e que são, sem dúvida, as irmãs que não tive. E à minha querida irmã de coração Sil, que chorou comigo, sofreu comigo e hoje, graças a Deus, está rindo comigo novamente.


A Deus, por ter me carregado no colo nas piores horas.



Por fim, à minha querida filha Mariana, motivo da minha vida.



A vocês todos meus desejos de muita alegria e todo o meu amor. Sempre.



Feliz 2011!

terça-feira, 28 de dezembro de 2010

No verão, a primavera.

Dá pra não ser coruja?

segunda-feira, 27 de dezembro de 2010

Natalinas

Sinal dos tempos:

- Mariana, você sabe onde mora o Papai Noel?

- No shopping, mamãe.



Sinal dos tempos II:

- Mariana, o que você vai ganhar do Papai Noel?

- Piulito (pirulito) mamãe.



Ao pegar o primeiro presente deixado na árvore da vovó, e sem entender necas de nada sobre a sistemática do Natal:

- Agora eu vou pegar esse pinsenti (presente) e colocar embaixo da minha aiviri (árvore).



Ao encontrar uma boneca ainda na caixa, que a prima Vic já tinha e que eu prometi trocar por outra:
- É minha mamãe?
- Não filha, é da Vic. Deixa aí.
- Posso ver, mamãe?
- Pode filha. Só ver. Sem mexer nem abrir.
Olhando a boneca, olhinhos brilhando:
- É linda, mamãe....
E com olhar de cãozinho sem dono:
- Mas não tenho uma Babi (barbie) mamãe...
E a mãe mole:
- Pode pegar filha. É sua.
Moral da história: quem não chora não mama.

(Vic, titia jura que compra outra pra você.)

quarta-feira, 22 de dezembro de 2010

Três historinhas

“A menina do brócolis vai à lanchonete do palhaço. ”

Ontem à noite Mariana foi à primeira vez ao McDonald’s. Já havia nos acompanhado em alguns lanches rápidos em praças de alimentação, mas no restaurante propriamente dito, nunca tinha entrado. Chegou e já se animou com o brinquedão. Agora que domina o negócio, já se pôs a desbravar o percurso e escorregar no escorregador. Enquanto isso o pai comprou os nossos lanches. Mariana já havia jantado. Entre uma volta e outra no brinquedo ofereci um nugget, mostrando para ela a iguaria:

- Quer filha?

E ela, analisando a comida, me pergunta, em um misto de alegria e esperança:


- É jiló, mamãe?

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“Pé de pato, mangalô, três vezes”.

Semana passada Mariana quis levar para a nossa casa três copinhos de estanho que enfeitam a casa da vovó Marlene. Eu disse que não, que deixasse os enfeites, a vó disse leva, senão ela vai chorar, e no impasse, acabamos levando. Prometi devolver na próxima visita.
Na segunda-feira, dia de voltar para a vó Marlene, procuro os copinhos. Nada. No quarto, na sala, na cozinha, no banheiro. Necas. Sumiram. Já me vi explicando para a sogra que perdemos os enfeites, sou mesmo mãe relapsa que não cuido nem de três copinhos que nem pernas têm. Procurei, procurei, procurei. Deixa pra lá, depois vejo o que faço. Imaginei que Elvira, ao limpar nossa casa, os encontraria.
À noite chego em casa e nada dos copinhos. Tive certeza que Mariana os tinha jogado no lixo e pronto, amanhã vou ao shopping, enfrento a multidão ensandecida com as compras de Natal, procuro algo parecido, ou peço desculpas, ou sei lá, dou um jeito. Mas não custava perguntar para a Elvira se realmente ela não tinha encontrado os sumidos.
Telefonei:

- Elvira, oi-tudo-bem-como-está-etc, você não encontrou três copinhos de metal perdidos por aí?

- Olha Patricia, encontrei sim. Estão atrás da porta da cozinha. Mas achei melhor não tirar de lá...
Nossa, o que será que ela tinha pensado? Que era pra deixar três copos atrás da porta? Não era pra tirar de trás da porta por quê? Mistério...

Vou conferir e encontro os ditos cujos. Empilhados atrás da porta, com uma fitinha vermelha do Senhor do Bonfim dentro. Nem eu tiraria de lá, de tão estranha que a coisa parecia.

Certeza que Mariana anda fazendo mandinga. Resta saber para quê.

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“A menina nas lojas Americanas. É de menino?”

Ainda ontem, nas Lojas Americanas, comprando uns brinquedinhos. Peguei uns carrinhos para o filho da Elvira. Mariana quis um para ela. Peguei também. Ela tem vários carrinhos, tem bola de futebol, e também tem Barbie e Hello Kitty. Tem o que tem vontade de ter.

Aí que a meninha maiorzinha que passeava por lá vê a Mariana escolhendo o carrinho vermelho e condena:

- Tia, se ela sabesse que é de menino ela não ia querer...

terça-feira, 21 de dezembro de 2010

Enfim o espírito natalino. Ou 15 razões para ser feliz no Natal.



  1. Assista sua filha sambar junto com as passistas de uma escola de samba.

  2. Gritem, as duas, enlouquecidamente, para qualquer Papai Noel de porta de loja. Mandem beijos e avisem: - Não esqueça do meu pianinho!

  3. Encontre seus irmãos e cunhadas queridos. Dê beijos em suas sobrinhas lindas.

  4. Vá ao novo show do PatoFu e veja sua pequena cantar animadamente “É pimavera, te amo, meu amor, tago essa osa, paratidar”

  5. Encontre amigos de outras eras, agora com filhos, e tenha certeza que o tempo muda as nossas vidas e as nossas rotinas, mas não os nossos sentimentos.

  6. Veja sua filha conseguir completar sozinha, pela primeira vez, um longo percurso de um brinquedão e finalizar escorregando em um grande tobogã.

  7. Conheça os coleguinhas de escola da sua filha, dê um beijo agradecido na professora que passou os últimos seis meses dando carinho e ensinamento para o seu maior tesouro.

  8. Ganhe do seu marido uma cama king-size-enorme-gigante. Compre lençóis novos. E torça para que no Natal a cama já esteja lá, esperando por vocês!

  9. Corte o seu cabelo bem curtinho. E doe cabelo cortado para quem precisa.

  10. Arrume os armários. Separe os brinquedos em bom estado que sua filha não brinca mais. Faça o mesmo com a roupa da família. Doe tudo.

  11. Olhe a enorme lua cheia no final do dia.

  12. Finja que não percebe o mau humor dos outros, principalmente no trabalho.

  13. Corra para comprar as lembrancinhas. Fuja do shopping. Seus amigos e parentes vão entender que o que vale é a intenção!

  14. Agradeça a Deus pelas todas as coisas boas que te aconteceram este ano.

  15. E agradeça também por ter conseguido enfrentar as ruins com fé, com alegria e com o apoio das pessoas queridas.


É Natal, gente. Um Feliz Natal para todos!

sexta-feira, 10 de dezembro de 2010

Nem Ebenezer Scrooge resistiria

O espírito natalino, coitado, tenta entrar em mim e eu resisto. Ano difícil merece comemoração? Mais fácil endurecer, perder a ternura, passar em branco? Mariana é pequena, não entende ainda o Natal. Já conhece, claro, a figura do Papai Noel, e até imita o típico ho-ho-ho. Mas não percebe em mim a falta de ânimo que me é tão pouco peculiar. Fomos ao shopping ontem. Quis mostrar a ela o Papai Noel. Primeiro porque hoje ele vai passar na escola dela, e uma prévia poderia evitar sustos e medos desnecessários. Segundo porque é Natal, é Natal, é Natal. E Mariana não tem culpa de que nesse ano a rena do nariz vermelho não anda lá muito minha amiga. Chegando perto da decoração natalina o olhar dela se iluminou. Falei que era a casa do Papai Noel e ela gostou, pareceu ter achado normal o Papai Noel morar lá no shopping. Fomos entrando e lá estava o velhote, sentadão no trono vermelho. Meio magro, coitado. Mas valendo, claro. Perguntei se ela gostaria de falar com ele, sentar no colo. Disse que sim. Ficamos numa filinha esperando a nossa vez. Aí avistei de longe a minha mãe, que também passeava por aquelas bandas. Olha, Mariana, a vovó! E ela, numa alegria contagiante, inebriante: - Vovóóóó, vem ver vovó!! Olha vovó, o Papai Noel!!!!!!!!!!!! Falou tão alto que muita gente ouviu e riu da empolgação da pequena. Até o próprio Noel ouviu. Chegada a sua vez, Mariana se aboletou no colo dele, bateu lá um papinho típico, Foi boazinha? Fui. Quer ganhar o quê? Pianinho. Quer um pirulito? Quero.
Saiu de lá feliz da vida. Deu duas lambidas no pirulito e me entregou porque acha ruim. Come você, mamãe. Aceitou por educação, afinal, recusar pirulito do Papai Noel é grosseria daquelas... Depois ainda sentamos em um trenó, e ouso dizer que ela gostou mais de dirigir trenó do que falar com o Papai Noel.
E diante de tanta inocência, de tanto encantamento, não há como resistir ao clima, nem à época, nem deixar de me emocionar com quanta vida essa menina trouxe à minha própria vida.

quinta-feira, 9 de dezembro de 2010

Curtíssima

Respondendo à vovó Marisa, que havia acabado de se referir à ela como 'meu amor' e 'querida':

- Vovó, não sou amor, nem querida, nem nada. Sou só filha Mariana da minha mãe.

quarta-feira, 8 de dezembro de 2010

Reportagem da Folha. O que vocês acham?

Li agora, não refleti o bastante para formar meu convencimento. Acho que é mais uma dessas matérias estilo tempestade em copo d'água. Particularmente não penso em manter o blog quando Mariana for mais velha, mas sei lá, assunto para o futuro. Só não concordei, de cara com a frase final "a mãe não só ensina que é bom se expor, como impede que essa criança saiba guardar aquilo que é intimo. E quem não se respeita possivelmente não respeita a intimidade dos outros". Com todo respeito à jornalista e à especialista autora da frase, mas achei uma bobagem sem tamanho. Coisa dos tempos atuais, todo mundo achando tudo, todo mundo teorizando até sobre a pulga que passeia tranquila no rabo do cachorro.
E vocês, o que acham?


05/12/2010 - 10h20
Mães colocam crianças em "Baby Brother" na internet; especialistas criticam
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LUISA ALCANTARA E SILVA
DE SÃO PAULO

Meu primeiro maiô. Dois meses. Três meses. Minha primeira boneca. Tentando bater palma. Minha primeira praia. Primeira Páscoa.

É publicando textos com esses assuntos em um blog que a técnica em telecomunicação Viviane Trupel, 29, quer guardar momentos da infância de sua filha.

Assim como ela, muitas outras mães, e pais, fazem o mesmo: divulgam na internet, com textos, fotos e vídeos, informações íntimas de seus filhos recém-nascidos.

Se, por um lado, deve ser bom ter registrados momentos que normalmente não lembramos, por outro, gera uma superexposição, criticada por especialistas.

Além da segurança, eles falam da questão psicológica, já que depois a criança pode achar ruim a divulgação de sua vida na internet.

"Qualquer evento do desenvolvimento da criança, sempre que colocado em ambiente público, como a internet, dá margem a que outras pessoas tenham acesso", afirma Aderson Costa, professor do Departamento de Psicologia Escolar e do Desenvolvimento da UnB.

Costa cita "situações de gozação" e associadas ao bullying. "A rotina da criança não deve ser disponibilizada em ambiente público em hipótese alguma", diz.

Mas, como no caso de Viviane, os pais só pensam em registrar todos os momentos. "Minha ideia era fazer um álbum do bebê para mostrar para a família", diz a mãe.

Ela conta que, como a página é pouco visitada, não se preocupou em invadir a privacidade da filha, hoje com um ano e cinco meses.

COMO UM DIÁRIO

A mãe Giovana Reobol, 35, afastada do trabalho por motivo de saúde, pensa no blog de seu filho como um diário. "Acho que tem mais ponto positivo que negativo", diz ela, que já teve cerca de 200 mil acessos desde o início da página, há cerca de três anos, quando engravidou.

Ricardo Nogueira/Folhapress

Giovana Reobolo com o filho Lucca, 2, em seu apartamento em Santos, litoral sul de SP.
Luciana Rufo, do Departamento de Psicologia da USP, questiona a prática. "Por que essa mãe alimenta essa necessidade? Se a ideia é fazer um diário, ele não tem que ser público. Antigamente diário tinha até chave."

"A criança vai crescer possivelmente achando que é bom expor a própria intimidade, porque ela dá valor ao que os pais valorizam", afirma Luciene Paulino Tognetta, pedagoga e pesquisadora do Grupo de Estudos e Pesquisas em Educação Moral da Unicamp e da Unesp.

E não é só isso. Segundo ela, "a mãe não só ensina que é bom se expor, como impede que essa criança saiba guardar aquilo que é intimo. E quem não se respeita possivelmente não respeita a intimidade dos outros".

terça-feira, 7 de dezembro de 2010

Leitura desta madrugada

Mariana acordou às duas chorando. Berrava. Até agora não entendi se foi sonho, alguma indisposição, ou dor. Chorava muito, bem nervosa. Troquei a fralda, pus no colo, fiz carinho, dei uma mamadeira, cantei, contei história, sugeri assistirmos tv, e a cada uma dessas tentativas ela ficava ainda mais nervosa. Quase uma hora depois ela fala entre lágrimas, algo que soava assim:
- qué-eite-tóia-éia...buáááá
- Oi?!?!
- eite-tóia-éia...buáááááá
- Leite filha?
- tóia-éia...buáááááá
- Como filha?
- Coéia!!!!!! Coéia...buáááááá
Aí matei a charada.
- História da Coréia filha?
Milagrosamente ela se acalmou. Fiz o leite. Peguei o livro "A Jovem Coréia", que tem muitas fotografias tiradas por um amigo, que nos presenteou com o exemplar. Mariana tinha pedido para eu ler antes de dormir, e eu acabei deixando de lado, porque já estava muito tarde. Parece que não esqueceu.
Folheei as páginas enquanto a pequena mamava. Contei da história da linda Ilha de Jeju, favorita dos casais em lua de mel, do kimchi, prato típico daquelas bandas, geralmente preparado com acelga, contei do bulgogi, o churrasco coreano, e da grande festa que eles fazem quando a criança completa 100 dias de vida. Contei dos lindos templos e das roupas típicas, tão coloridas.
Quando dei por mim, ela dormia o sono dos justos novamente.
E eu virei expert em Coréia.
Filho também é cultura.