quinta-feira, 29 de dezembro de 2011

Dance like nobody's watching



Meu desejo é para você. É, você mesmo, você aí, parado do outro lado da tela, você que por um motivo ou por outro, laço de sangue, amizade ou por pura curiosidade, vem aqui e perde um minuto de seu tempo lendo os meus devaneios, você com quem eu compartilho minhas emoções mais legítimas, você que acha graça nas bobagens cotidianas que conto, você que às vezes chora com um post, você que gentilmente comenta os meus textos, você, que em 2011 ganhou um filho, ganhou um amor, ganhou uma nova chance, um aumento, uma viagem e para você que nesse mesmo ano perdeu alguém ou algo que gostava, você que esteve doente, ou teve problemas financeiros. Meu desejo é para você, que assim como eu, viveu esse ano intensa e apaixonadamente. Você que chorou, você que sorriu. Você que VIVEU. Meu desejo é para você sim.
Para você eu desejo, de todo meu coração, um ano inteiramente novo, assim mesmo, livre, leve e solto.
Em 2012, dance como se ninguém estivesse olhando.
Porque o resto, meu amigo, o resto, vem de brinde!

You've gotta dance like there's nobody watching.
Love like you'll never be hurt.
Sing like there's nobody listening.
And live like it's heaven on earth.


Feliz Ano Novo!!!!!

Pai nota dez






Estou trabalhando essa semana. Mariana e o pai estão de férias. E tenho o dever de registrar que o pai está dando de dez a zero na mãe. Já encheram a piscininha de água no quintal e se esbaldaram tarde afora; já foram ao shopping trocar presentes e dar uma passeadinha; já foram a Campinas visitar a família; ontem foram ao Simba Safari (acho que nem é mais esse nome, é?) com a prima Duda e o pai ainda fez churrasco à noite; os almoços e jantares da pequena são ‘gourmet’ e não o trivial básico que eu sei fazer, a menina está sempre arrumada, limpa e cheirosa e hoje, pelo que consta da programação, irão ao cabeleireiro dar um jeito na franja. Se é comigo, a piscina estava vetada para evitar resfriado, o shopping ficaria pra outro dia porque ia estar cheio, Campinas é longe, ai que preguiça, Simba Safari nem pensar, tenho que arrumar a casa, espera um pouco, tem que almoçar, toma aqui essa sopinha sem sal, esse macarrão basicão, tira o dedo do nariz, olha, cuidado, não suja, não quebra, tem que tomar banho, tem que tomar cuidado, tem que, tem que, tem que.
Tem é que aprender com o pai.

quarta-feira, 28 de dezembro de 2011

Bittersweet

De todas as impressões do Natal, a que mais me marcou foi o rosto iluminado da Mariana ao abrir o pacote com a fantasia de Branca de Neve, o presente mais esperado. A alegria, o entusiasmo, a inocência, tudo junto naquela expressão tão legítima,tão feliz, tão verdadeira. Ela abriu o pacote dando gritinhos, quase chorando, ‘ai mamãe, o Papai Noel me trouxe a fantasia!!” e pulava, e gritava, e mostrava pra todo mundo. Lindo.
Lindo e impossível não pensar em quanto desse entusiasmo a gente vai perdendo vida afora. Quanto da inocência a gente vai deixando pela estrada. E vai endurecendo, e se plastificando, e evitando chorar, ou rir demais, ou sair pulando por aí. Porquecom o passar dos anos, não fica bem ser tão verdadeiro, é esquisito se entusiasmar tanto. A vida vai passando e a gente vai ficando blasé, indiferente. Um pouco porque já passou por um bocado de coisas tristes por aí e outro pouco porque se acha adulto demais, velho demais, tarde demais para tanta coisa. Então quando você vê essa alegria legítima no rosto de uma criança é impossível não se emocionar, e ver como é bonito ser assim tão verdadeiro, tão entusiasmado com a vida. Mariana comemorou a fantasia com uma alegria tão bonita que quando vi eu estava chorando. Olhei ao redor, Fabio também chorava emocionado. Choramos por estarmos lá, reunidos, choramos pelas alegrias e pelas tristezas, choramos pela vida, tão bonita, tão surpreendente. Choramos nós, Mariana ria, feliz. E nessa época em que as emoções ficam tão estranhas, tão diversificadas, fica aqui esse pequeno registro da data. Meio doce, meio amargo.

quinta-feira, 22 de dezembro de 2011

Natal chegando

Mariana,

No seu terceiro Natal fora da barriga você já compreende bem a sistemática. Não quis visitar o Papai Noel. Lá no Shopping, só espiou o velhote dentro da casinha, mas não quis bater um papo. Na sua escola houve uma segunda visita, você disse que entregou a carta e ele já está sabendo que você quer uma fantasia de Branca de Neve. O que ele ainda não sabe é que você também quer todos os brinquedos do mundo, todas as bonecas, todos os jogos, todas as pelúcias, todos os carrinhos e bolas e também um cão e um gato de verdade, mas também serve uma tartaruga. Você quer tudo o que vê, e isso já virou até piada entre nós. Chega uma propaganda de algo e se você não pede, eu já pergunto: e aí, não vai pedir? E você sorri e diz que sim, claro que quer esse também. Fase. Fase de querer tudo, sem nem entender para quê tanto, nem para quê tudo, basta querer, querer. E eu rio. Acho graça nesse querer, nesse interesse pelas coisas, pelo mundo, pelas posses. E sei que ano que vem o querer vai estar mais direcionado, que não vai mais querer brinquedos “de menino”, e que muitas coisas vão ser de “criança pequena” e curto muito essa fase sem critério e tão entusiasmada que é a que você se encontra e que logo vai passar, como todas as outras estão passado, assim, num piscar de olhos. Montamos também a árvore de Natal, e pela primeira vez você se encantou com o ritual, e se interessou pelos enfeites, gostou de saber que alguns deles foram feitos pela minha bisavó, olha que legal, e outros por mim mesma, junto com os meus irmãos. Montou uma árvore bem pequenininha só para você e também uma maior, para a família toda. Nossa casa tem duas árvores, portanto. E muitos enfeites Natalinos e também luzinhas piscantes, meias esperando presentes e um calendário contagem regressiva para o Natal pendurado na lareira. Não quis falar muito que Papai Noel desce pela chaminé porque tenho medo que você se assuste, tal e qual aconteceu com o Patati Patatá na festa da sua amiga no sábado passado, coisa que te causou um medo inacreditável. Medo de Papai Noel e de palhaço é bem comum, melhor evitar. Sabe também o que é amigo secreto. Sabe que na casa da Tia Pri sua amiga secreta é sua prima Bruna, e torço muito para que saiba guardar segredo até a hora da festa. Em resumo, esse sem dúvida, é o Natal que você mais participou. Outro dia mesmo chamava Papai Noel de Pel e agora já está assim, toda participativa, toda empolgada. E nós, os seus pais, e claro, também os avós, não paramos de nos encantar com esse seu jeito tão alegre e entusiasmado de ser. Continuo achando que essa é a sua melhor fase e a cada dia me apaixono mais por você. É um amor tão grande filha, e tão infinito, que quando a gente acha que não dá para amar mais, no segundo seguinte ama mais um pouquinho. E se no Natal a gente já fica mais emotivo, com uma filha assim tão especial e encantadora, tudo se torna ainda mais mágico. E é esse amor tão grande que torna todo o resto, tudo mesmo, tão menor, tão sem importância, tão irrelevante, que a gente nem liga que pegou trânsito, nem que a casa está uma bagunça, nem que tem que trabalhar tanto, nem nada. Porque a gente tem você, e isso é melhor que tudo junto nesse mundo, meu amor.

Esses são os registros do seu Natal aos três anos. Espero que somente bons momentos fiquem guardados na sua memória e que essa data, tão especial, seja sempre motivo de comemoração entre nós.

Te amamos minha filha.

quinta-feira, 1 de dezembro de 2011

A gente se acha esperto.

A Mariana vai mudar de escola. Esse assunto da troca de escola eu conto depois, em outro post.

O assunto é a mudança em si.

Desde que a gente decidiu pela mudança, vamos falando, sutilmente, nela. Olha, Mariana, que bonita essa escola... Sabe Mariana, seus amigos gêmeos estudam nessa escola linda, você queria estudar nela? Sabe Mariana, tem tanta escola legal por aí...

E por aí vai.

Eu acho, juro, que sou sutil. E pensava em contar mais objetivamente depois que as férias começassem, quando o vínculo com a escola antiga já estivesse mais enfraquecido.

Mas minha sutileza insiste.

Ontem, conversando no carro, começo de novo.

Como foi a escola, filha? Boa? A Joyce (professora) tava lá? Você gosta dela, né filha? Então, mas sabe, ano que vem, a Joyce não vai ser a sua professora. Sabe filha, a Joyce é professora de pequenos, e agora você já está moçona, e vai ter outra prô, e nesse mundo tá cheio de prô legal.

Ela:

- Mamãe, para com essa coisa de falar que eu vou mudar de escola. Você toda hora fala isso. Você já me falou disso segunda-feira. Deixa eu ficar sossegada, mamãe! Me deixa sossegada!!! Humpf.

E amarrou o maior bico.

Ju-ro.

Então que eu não sou sutil. Que filho é mais malandro do que a gente pensa. E estou aceitando sugestões de como abordar o assunto de alguma outra forma.

sexta-feira, 25 de novembro de 2011

Para terminar a semana

No episódio anterior, telefonamos para a escola da Mariana e comunicamos a meningite. As médicas do hospital garantiram não ser contagioso, mas achamos por bem informar a escola mesmo assim. E a escola, de maneira muito transparente, informou aos pais do caso de meningite viral, que ficassem atentos, etc.

Aí ontem Mariana acordou sem fome, com febrinha e se queixando de dor de garganta. Achei melhor levar ao médico. Acabou de sair da meningite, não vamos bobear. Aproveitei para mudar de pediatra, ir a um muito antigo e conhecido na região, alguém de bastante confiança.

Chegamos lá, ele pergunta o que houve.

Conto. Teve meningite viral semana passada.

Ele, com cara de Sherlock Holmes: - Ah é? E em qual escola ela estuda?

Eu, inocentemente: escola tal.

Ele, tipo, matei a charada: Então foi você dona Mariana! Estou a semana toda recebendo ligações dos pais de todos os meus pacientes dessa escola de-ses-pe-ra-dos! Sabia que eu ia descobrir quem era!

Então que Mariana agora é persona non grata nas rodinhas infantis.

E agora a novidade é a amigdalite. Repouso, antibiótico, e vamo que vamo.

quinta-feira, 17 de novembro de 2011

O feriadão e a mudança de planos

Ainda no hospital com o papai, sorrisão no rosto e acesso na veia.

A idéia era o feriadão no hotel fazenda com um grupo de amigos queridos. Criançada reunida para brincar até cansar. Mas houve mudança de planos. Mariana passou mal na sexta-feira, e no sábado cedo foi diagnosticada com meningite viral. Foi internada e ficou o feriadão todo no hospital. Tivesse eu escrito esse texto no sábado mesmo, ainda estaria forte, dessas forças que a gente tira não sei de onde quando o caso é sério. Mas hoje, quase uma semana depois que tudo começou, choro cada vez que penso na minha pequena chorando de dor de cabeça, vomitando tudo e mais um pouco e apática, abatida, mal mesmo. Momentos antes de irmos viajar ela já se queixava da cabeça e achamos por bem passar no pronto-socorro para ver se era algo sério. Um doce para quem adivinhar o que a médica disse. Virose, claro. Disse que ela não tinha sintomas de nada grave, tirou um raio-x da face para descartar sinusite, deu-lhe um analgésico e nos desejou boa viagem. Chegamos ao hotel fazenda e Mariana – talvez sob o efeito do remédio – se animou. Disse que não doía mais nada. Brincou com as crianças, mas sempre um pouco cansada e abatida. Fomos dormir à meia noite e às duas e quarenta ela acordou gritando de dor de cabeça. Estávamos em Taubaté. Fomos até o pronto-socorro local. No caminho começaram os vômitos e o início da febre. De novo a médica insistiu na virose, porque não havia a rigidez da nuca, principal sintoma da meningite. Deu-lhe uma injeção de analgésico/antitérmico/anti-enjoo e pronto. Chegamos de volta ao hotel quase de manhã. Mariana dormiu umas duas horinhas e acordou pior. Muito abatida, chorando de dor. Voltamos para São Paulo, direito para o hospital. Fizeram exame de sangue para descartar alguma infecção. Em seguida, não tinha jeito, teve que ser feito o exame do liquor, aquele mesmo que todo mundo teme, aquele mesmo que fura a espinha, aquele mesmo que você nunca imaginou ver sua filha fazendo. Meningite viral constatada. Mariana chorou bastante, cansada, com dor, desidratada. Mas foi forte, cooperou, entendeu até que não podia se mexer nas vinte e quatro horas seguintes por conta do exame que tinha feito. Ficou de cama, boazinha, brincando deitada. Explicamos tudo a ela e ela entendeu. Logo se acostumou com o acesso à veia, com a luvinha que colocaram. Logo aceitou o soro e as visitas constantes das enfermeiras. Depois da primeira bolsa de soro e do exame de liquor voltou a sorrir. Foi forte como eu gostaria que ela fosse. E foi melhorando a cada dia. Agora está ótima, ainda um pouco abatida, mas sem mais nenhuma dor ou mal estar. Ficou triste, muito triste, por ter que deixar o hotel. Mas prometemos voltar.

Eu tentei achar o lado bom da história, costume desse meu jeito Pollyana de ser. Podia dizer que pelo menos choveu no feriadão. Poderia dizer que pelo menos foi meningite viral. Poderia achar bom que o hotel devolveu o dinheiro pago. Poderia agradecer porque temos plano de saúde e acesso rápido a bons tratamentos.

Mas definitivamente não há nenhum lado bom em ver o filho doente.

Esse é o lado ruim de ser mãe. Muito ruim.

quarta-feira, 9 de novembro de 2011

Os contos de fadas

Eu não gosto de ecochatices, nem militâncias, nem de coisas muito politicamente corretas. Particularmente detesto a nova versão de atirei o pau no gato. Acho desnecessária e não acredito que alguém tenha atirado pau no gato por conta da musiquinha. De verdade.

Mas tenho tido várias restrições aos contos de fadas.

Essa fase chegou lá em casa. Mariana adora as princesas. E eu questiono muita coisa que tenho lido...

A Chapeuzinho que desobedece a mãe e vai justo na floresta que não devia ir. Belo exemplo, Chapeuzinho. A Cinderela, a Branca de Neve e a Bela Adormecida que têm o príncipe como salvação de suas vidas. Daí, no futuro, vai explicar pra filha que homem não é salvação de ninguém...Pior ainda é a Bela, que ensina que você pode mudar um homem com seu amor. Ou seja, o cara é mau caráter, violento, e você lá, amando, amando, até ele virar príncipe. Sei... Igual à história da Bela, tem a do sapo que vira príncipe quando beijado. Sério. Quem foi que nesse mundo de meu Deus beijou sapo e encontrou príncipe? Ninguém, gente. Beija sapo, namora sapo, casa com sapo. E engole sapo a vida toda. Tem ainda a Rapunzel do Enrolados, filminho adorável, mas que peca no argumento de que a flor que trazia vida poderia ser retirada da velhinha para salvar a vida da rainha. Por quê? Porque a rainha merece a flor da vida e a velhinha pobre merece morrer? Juro que não entendo. A realeza merece viver mais que o proletariado? Ai, ai. E tem ainda a Princesa e a Ervilha, história onde a princesa só é reconhecida como tal por notar uma ervilha embaixo de seu colchão. Ou seja, tem que ser fresca, fresquíssima, fricoteira e chata para ser nobre. Ai Jesus! E o pior. Tudo gira em torno de homem. Só homem. Só para casar no final e ser feliz pra sempre. Eu não tenho absolutamente nada contra o casamento, acho válido, ótimo, lindo, sou feliz no meu, mas daí a achar que casar é sinônimo de felicidade pra sempre, ou único jeito do final ser feliz... menos né?

Em casa tenho mudado um ou outro final, alterando um ou outro enredo. Mas quando ela começar a ler...haja argumentação pra dizer que na vida não é bem assim.

segunda-feira, 7 de novembro de 2011

Piece of cake




Pegue uma mãe e uma filha, numa tarde de sábado ociosa. Pegue ainda quatro ovos, três cenouras grandes, uma xícara de óleo, três xícaras de farinha, três de açúcar e uma colher de sopa de fermento. Junte a mãe e a filha. No liquidificador, vão as cenouras, o óleo e os ovos. Mãe e filha ficam do lado de fora, assistindo a transformação dos ingredientes. Bata tudo e coloque a mistura num recipiente. Adicione a farinha, o açúcar e o fermento. A filha mistura tudo. Vale espalhar um pouco de farinha por todo lado e respingar bolo pela cozinha. Deem risada juntas da meleca que vocês estão fazendo. Mistura feita. Prepare as assadeiras. Se tiver aquelas para cupcakes, ótimo. Sua filha coloca as forminhas nos respectivos buraquinhos. Se tiver outro tipo, sua filha unta a forma, achando a maior graça em colocar a mão na manteiga e depois enfarinhar tudo. Bolo na forma, forno até cozinhar. Acho que trinta minutos a duzentos graus é uma boa medida. Enquanto aguardam, é a hora do brigadeiro, que todo mundo sabe a receita desde que o mundo é mundo. Aí sua filha conhece aos três anos o leite condensado e decreta que adora e que eu vou ter que comprar todo dia. Na segunda colherada enjoa e larga o resto. A filha mistura os ingredientes do brigadeiro e a mãe os leva ao fogo. Bolo e brigadeiros prontos, vem a parte mais legal. Cobertura nos bolinhos e a decoração é por conta da pequena. Estrelinhas coloridas, granulado, raspas de chocolate. Vale tudo para enfeitar a receita. Os bolinhos ficam deliciosos e rendem um montão. Divida com familiares, se não quiser engordar muito.

Post dedicado à minha avó Hebe, que me ensinou a cozinhar e, lá de cima, deve ter sorrido muito nesse dia.

sexta-feira, 28 de outubro de 2011

Porque...


Porque hoje é sexta-feira.

Porque o dia está ensolarado.

Porque minha enxaqueca foi embora.

Porque acordei mais tarde, com a filha linda ao meu lado.

Porque nesse final de semana comemoraremos mais um ano de casados.

Porque uma amiga querida está grávida.

Porque o sorriso de um filho ilumina o nosso dia.

Porque a vida é linda, minha gente!


Um lindo final de semana a todos!

terça-feira, 25 de outubro de 2011

O saci e a filha valente.

Na escola da Mariana comemoram o Dia do Saci ao invés do Halloween, coisa que eu bem admiro.

Então que imagino que essa seja a temática da semana, já que o dia 31 é logo aí.

Aí ontem à noite, quase já adormecendo...

- Mamãe, sabia que eu fui na escola hoje?

- É mesmo filha? E foi legal?

- Foi sim. Eu aprendi sobre o Saci.

- A é? É porque vai ser o dia do Saci, né filha?

- É mamãe, mas eu não quero que ele esconda as minhas coisas, nem a minha mala, nem a minha lancheira.

- Filha, Saci é só uma brincadeira. Ele não existe, igual a Moranguinho, a Hello Kitty, a Cuca... Saci é assim. Não existe.

- É mas eu não quero que ele mexa nas minhas coisas. A Joyce (professora) disse que ele vai lá na escola.

- Filha, se algum Saci aparecer na escola vai ser uma pessoa fantasiada de Saci. Não tem Saci nenhum.

- Mas eu não quero que ele pegue a minha lancheira.

- Então filha, eu vou escrever um bilhete na sua agenda pra professora não deixar o Saci pegar as suas coisas. Tá bom assim?

- Não mamãe, deixa que eu escrevo um bilhete pro Saci falando pra ele não mexer nas minhas coisas.

Num dia larga a mamadeira e no outro cuida sozinha do Saci.

Não tô preparada não...

segunda-feira, 24 de outubro de 2011

Deixar crescer.

Nesses últimos tempos vinha recebendo algumas broncas de pediatras porque Mariana ainda tomava mamadeira. Disseram que devia ter parado há tempos. O pediatra dela é da linha do deixa prá lá, então não ligava muito. Outro dia no pronto socorro, comentei com o plantonista por conta do receio de nova otite de mamadeira e lá vem o olhar de reprovação, a bronca, a culpa. E semana passada foi na nova médica, homeopata, um broncão daqueles de ficar vermelho. Tenho grande facilidade em admitir culpas. Basta alguém dizer que eu estou errada que eu aceito na mesma hora.

Então a doutora homeopata me mandou ir correndo comprar copos para a Mariana. E fomos as duas pro Alô Bebê mais próxima e eu deixei que ela escolhesse os copos que gostasse. Viemos para casa com copo de Hello Kitty, Marie e um de canudo. Na hora da consulta ela até chorou de ouvir a doutora dizer que ela devia jogar as mamadeiras fora, que já era grande e coisa e tal.

Na loja disse que não queria os copos.

Em casa baixou a guarda e disse que à noite experimentaria leite na Hello Kitty e eu sempre dizendo que se não gostasse tudo bem, teríamos as mamadeiras.

O bico da Hello Kitty se revelou muito duro e ela não se ajeitou. Ofereci um outro copo que já tínhamos em casa, com bico de silicone. Gostou. Tomou o leite. Dormiu bem em seguida.

No dia seguinte, na escola, tomou o leite na Hello Kitty e foi tudo certo. Voltou com elogio na agenda.

E desde então não toma mais mamadeira. Nem nunca mais pediu.

Ao contrário, ontem disse que eu podia dar todas as mamadeiras para o bebê pobre. Onde você ouviu isso filha? Na doutora, ela disse. Guardou um comentário que eu nem havia notado.

Foi tão simples que até parece que eu devia ter feito antes.

Mas arrumando gavetas no sábado encontrei a agenda do ano passado. No dia 28 de outubro, há um ano portanto, um pedido meu para que o leite fosse oferecido no copo. O mesmo copo que ela aceitou agora. Disse também que se ela recusasse, sem problemas, que lhe oferecessem a mamadeira. E a resposta da professora foi de que tinha tentado, mas que Mariana se recusou e que só tomou o leite na mamadeira.

Ou seja. Cada coisa a seu tempo. Sem forçar, sem estressar, sem grandes dramas. A doutora homeopata nos culpou, nos chamou de permissivos, nos acusou de estarmos criando uma criança sem limites. Mas ouso discordar. Estamos criando uma criança no tempo dela. Respeitando os limites, as capacidades, os desejos. Não sei ser de outro jeito. Não sei ser radical. E só vou conseguir criar minha filha dessa forma.

Então é isso. Mais uma parte do bebê ficou para trás. Chegada a hora certa, tem que deixar crescer.

quarta-feira, 12 de outubro de 2011

Táxi, trem, barco e avião. Nossas andanças por Buenos Aires.


Mariana, meu amor.

Voltamos de Buenos Aires no domingo. Você sempre pediu para andar de avião e lá fomos nós, para o destino próximo, que testaria sua resistência às suas próximas andanças pelo mundo. A viagem de avião foi um sucesso. Você adorou cada minuto e só isso já teria valido a viagem. Lá em Buenos Aires as delícias continuaram. A programação diária sempre incluía um passeio infantil e terminava com um jantar adulto. Fomos ao Zoo, ao Museu de Los Ninos, ao Jardim Japonês, ao Rosedal e ao Tigre. Em poucos dias você estreou vários meios de transporte, como bem diz o título lá em cima. Curtiu muito o trem ao Tigre e o barco que continuava o passeio. E também adorou andar de táxi, já que podia passear no meu colo. Escolhemos um hotel com cozinha, antevendo que não poderíamos sair para jantar. Mas ledo engano. Você se mostrou animada todas as noites e acabamos jantando fora todos os dias. A programação incluiu até mesmo o restaurante Las Cabras bem tarde da noite, com direito a uma hora de espera e você animadona. Como eram poucos dias de viagem, fizemos exceção à boa alimentação e você comeu o que vinha pela frente, fossem empanadas, sorvete do Freddo ou macarrões cá e lá. Só não comeu carne, item que nós duas não apreciamos. No último dia você já clamava por sua casa, dizia ter saudades dos avós e do Pablo e da Uniqua e só falava em voltar. Ou seja, acertamos também no tempo de duração da viagem. Um test drive e tanto.
Em resumo, a viagem foi deliciosa, na medida do que queríamos e podíamos. Podemos repetir sempre!

terça-feira, 20 de setembro de 2011

O mais legal de ser mãe.

Dá trabalho. Cansa. Dorme-se menos. Ouve-se mais choros. Mas é tão legal ser mãe que merece o registro, antes que a adolescência de Mariana chegue e eu esqueça as boas memórias.

É legal, quero dizer, é incrível quando o filho mexe na barriga. É incrível quando a barriga começa a aparecer, e a minha eu percebia no começo só de manhã, ainda deitada na cama. Tinha emagrecido bastante por conta dos enjôos, mas logo cedo percebia um calombinho abaixo do umbigo. E sabia que ali tinha um bebê. Muito legal.

Depois foi legal, muito legal,, legal mesmo amamentar. É uma sensação de prazer mesmo dar leite para seu filho. Quando a gente amamenta, só de pensar no ato o peito já começa a vazar. Muito legal, muito incrível, muito sensacional.

Depois, pela ordem, meio cronológica, meio emocional, é legal ver seu filho sorrir. Na memória tenho um dia que Mariana olhou para o móbile e sorriu para os ursinhos que rodavam acima do berço. Ver que ela já percebia o mundo foi muito legal e fiquei ali, um tempão, dando corda no móbile e vendo o risinho dela ir e vir. Coisa linda, coisa mais linda, gente.

As primeiras vezes também são muito legais. Primeira papinha, primeiras palavrinhas, primeiros passos, primeira vez que viu o mar, primeiro dia na escola. Esse sentimento de apresentar o mundo é muitíssimo legal.

E legalzíssimo mesmo é o aniversário de um ano.É um sentimento de vitória tão doido, que não sei nem explicar. A gente se sente meio “olha como eu consegui”. Me deram na maternidade um bebezinho e doze meses depois ela estava lá, lindona, risonha, limpa, penteada, banhada, trocada, alimentada. Quer vitória maior? Muito muito muito legal.

Também legalzão é se reconhecer no filho. Em atos, palavras, traços. Acho incrível quando reconheço algo meu na Mariana, seja um gosto alimentar, uma expressão, um olhar. É egóico, mas é legal.

E a partir de um ano, acho que fica mais legal a cada dia. Falo aqui, bem baixinho pra ninguém ouvir, que não gosto muito de bebês pequenos. Gosto de crianças, principalmente crianças falantes. Então desde que Mariana começou a falar é só alegria. Cada dia fica mais fácil, cada dia é mais leve, cada dia é mais legal. Muito legal. Muito legal ser mãe gente!

E para você? O que é legal na maternidade?

sexta-feira, 16 de setembro de 2011

Virou número


Mariana, é isso aí.

Agora você é um número para o instituto de identificação ricardo não sei das quantas daunt. Faz parte da multidão. Tem RG e já tinha CPF. Pra falar a verdade, tá com a documentação mais em ordem do que a minha. Te achei linda no RG, assim toda sorridente, pronta pra vida civil.

Tomara todo mundo sorrisse no RG. Não mudava nada. Mas que ficava mais alegre, ah ficava.

Um fim de semana sorridente para todo mundo!!!!!!

quinta-feira, 15 de setembro de 2011

Dos piqueniques e dos perfeccionismos bobos que devemos evitar sempre.





Mariana,
Com algum atraso, o registro de mais uma primeira vez.
Primeiro piquenique no parque. Combinamos na véspera com tios e tias. No dia seguinte correria para chegar no Ibirapuera antes da multidão ávida pelo feriadão da independência. Na pressa e no improviso, saquei uma manta do armário, fiz uma rapa na geladeira. Tia Pri levou a maior parte do lanche, também feito de rapa de geladeira.
Estava feito o piquenique.
No meu mundo perfeito e estereotipado, a toalha seria xadrez e a mochila seria uma cesta dessas do Zé Colméia. A comida seria muito mais do que bisnaguinhas, biscoitos, água de côco e guaraná. No meu piquenique perfeito teríamos frutas delicadamente picadas, teríamos sanduichinhos feitos por mim de forma artesanal e até mesmo um bolo recém tirado do forno. Teríamos suco natural e até mesmo umas flores enfeitando a toalha. Mas entre sonho e realidade, fomos de realidade. Entre não fazer o piquenique por falta de pompa e circunstância ou fazê-lo à nossa moda, melhor fazê-lo, claro.
Então, filha, que seja nosso lema. Melhor imperfeito, porém verdadeiro, palpável, real, do que perfeito e imaginário. Melhor aproveitar o momento. Melhor agir ao invés de sonhar. Melhor fazer do que passar a vida esperando o dia certo, a hora exata, o momento adequado, o quem sabe, o talvez.
E no imperfeito surge o perfeito. Eis a segunda lição do dia.
Porque perfeito foi o encontro de primas e irmãos e cunhados e cunhadas. Perfeito foi o dia ensolarado. Perfeito foi ver as meninas brincando e sorrindo. Perfeito foi pular corda como se eu fosse criança. Perfeito foi ver você sorrindo. Perfeito foi nossa família de mãos dadas no parque, eu, você e papai. Perfeito é ter irmãos, cunhadas e sobrinhas tão queridos, tão amados, que fazem de um simples piquenique um dia mais do que especial.
E nem teve formiga.
Perfeito né?

sexta-feira, 2 de setembro de 2011

O mundo não tem protetor de tomada.

Ainda sobre o caso da queda da escada.
Por que Mariana caiu da escada?
Porque quero que ela aprenda a subir e a descer sozinha. E isso ela já faz há bastante tempo, sobe e desce as escadas sozinha, longe de mim. E até então não tinha caído. Riscos de ensinar e não só proteger. Um acidente que poderia ter sido grave, eu sei. Mas não dá para evitar tudo, não dá para adivinhar tudo, é da vida, das coisas que tinham que ser para nos ensinar outras, do ramo do imponderável, do imprevisível. Enfim, caiu. Triste, mas já passou.
Tivemos portãozinho no topo da escada até quando ela pôde entender minimamente que descer e subir as escadas requer cuidado. Ela compreendeu e o portão, único item de segurança que adquirimos além da rede nas janelas, foi retirado. Ela tem que aprender, de novo, que escada é perigoso, porque a vida tá cheia de escadas e eu não posso colocar portãozinho em tudo o que vir pela frente. Infelizmente não posso. E se pudesse? Faria? Não sei, mas acho que não.
Minha casa nunca teve trava de gaveta. O cuidado que tivemos foi só retirar objetos cortantes e remédios do alcance dela. O resto fica lá. Mariana desde sempre soube abrir e fechar gavetas. Nunca prendeu o dedo. Talvez prenda. Mas só assim vai aprender. E, de novo, eu estou sempre por perto. Melhor vigiar e ensinar, novamente. Não pode ter preguiça. Seria imensamente mais fácil lacrar gavetas.
Minha casa não tem protetor de quinas. Mariana sabe que quinas machucam, e até já se machucou em algumas. Mas terá que aprender a se defender de quinas, e batentes de porta e coisas que não deveriam estar onde estavam. Tem que andar atenta, tomar cuidado, prestar atenção. A nós, cabe ensinar. Proteger não é ensinar.
Por fim minha casa não tem protetor de tomada. Por duas razões principais. A primeira, porque o mundo não tem protetor de tomada. Melhor ensinar que tomada dá choque, do que proteger a sua casa. Porque, de novo o raciocínio, não dá para colocar protetor de tomada no Universo. Segundo porque prefiro ficar de olho na minha filha. É mais trabalhoso ficar vigiando do que tornar sua casa um ambiente seguro. Opto por vigiar e ensinar. Assim crio uma pessoa independente. Proteger a tomada e ir folhear revista é mais cômodo, mas muito menos recomendável, ao meu ver. Maternidade ativa para mim é isso, mais do que tudo.
Estou tentando seguir assim. Mostrar o mundo. Mostrar as tomadas. Ensinar que às vezes ela vai levar choques, e aqui falo metaforicamente. É um risco que estamos correndo. Mas é o jeito que entendo certo de criar um ser humano, um cidadão, uma pessoa responsável. Bom pai, boa mãe, para mim, são aqueles que ensinam, repetem à exaustão, veem o erro e ensinam novamente, deixam cair e ajudam a levantar, mostram o risco e ficam por perto, advertem dos perigos e na adversidade consolam, mostram o caminho certo, mas estão de braços abertos se o caminho tomado for o errado.
Que estejamos certos nas escolhas que estamos fazendo.

quinta-feira, 1 de setembro de 2011

Eu me desenvolvo e evoluo com meu filho

O filho, na verdade, é um conserto para a pessoa. Desde que se descobre grávida, a pessoa dá um upgrade no saudável way of life. Se fumava, para de fumar. Se bebia, troca vários chopps semanais por uma tacinha de vinho eventual ou nem isso. Diminui o café. Corta o refrigerante. Passa a usar filtro solar e hidratante, olha só para que serve isso afinal. De cara vira um ser desintoxicado. Aí o bebê nasce e seus hábitos só continuam a melhorar. Nada de torrar no sol. Agora bronzeado é até às 10 ou depois das 4, junto com a cria. E o refrigerante, então, sumiu da sua casa, porque a gente ensina é dando exemplo. E as frutas e legumes do bebê ficam lá dando sopa, e você acaba comendo mais frutas e vegetais em poucos meses do que comeu em décadas de vida. Arrisca até almoçar papinha de nenê, orgânica, pouco sal, saudável, já que tá lá pronta, e jogar comida fora não é legal. Também não volta a beber, porque alguém tem que ficar sóbrio para cuidar do bebê. E depois você dorme cedo, porque embalos de sábado à noite são, no máximo, embalar o próprio bebê. E a sua programação fica mais cultural porque, de novo, você cria dando exemplo. E ninguém mais fala palavrão, nem faz nada de muito errado. Exemplo, exemplo. E o casal, enfim, começa a poupar, porque o filho terá que cursar a faculdade, e vai que inventa de ser dentista igual ao pai, eita curso caro meudeus. E você tenta ser mais sustentável e ecológico, porque o mundo tem que durar para seu filho viver nele. Recicla o lixo, economiza água, preocupa-se com a poluição. E quando você pensa que nada mais pode melhorar, seu filho começa a entender suas falas com seu marido – inclusive as meias palavras – e vocês optam por falar inglês quando o assunto não é para ser entendido. Então o filho começa a se interessar pela língua, e quer aprender as cores, e os números e algumas outras coisas que, em pouco tempo, darão a ele total compreensão das falas proibidas. Então você pensa em aprender alemão, só para usá-lo como segunda língua na sua casa. E aí você tem certeza que ter um filho foi o melhor negócio da sua vida.

quarta-feira, 31 de agosto de 2011

Extremamente frágil

Estávamos subindo a escada, nós duas. Eu com três copos de suco nas mãos, equilibrista, como sempre. Ela, um degrau atrás de mim. Levou uma fração de segundos entre eu tentar conter a sua queda, e uma eternidade vendo que não conseguiria largar os copos e evitá-la. Mariana tropeçou e foi rolando escada abaixo. E aqui sugiro aos avós que não leiam o relato da queda, para não se impressionarem mais do que já se impressionaram. Mariana foi rolando os cinco primeiros degraus, batendo o corpinho na escada dura, como se fosse uma boneca de pano. Os próximos cinco ela deu uma cambalhota, bateu a cabeça, quicou na parede e seguiu a curva da escada, continuando a cair até chegar na sala. Nos segundos que essa queda durou eu deixei os copos em cima do lugar mais próximo e gritei para o Fabio, que chegou até ela antes de mim. Gelei. Não desmaiou, não sangrou, mas o rosto ficou roxo na hora e gritava de dor no pé. Pediu leite, dei uma mamadeira e no primeiro gole recusou. Quando tirei a mamadeira da boca dela vi uma gota de sangue. Frio na espinha. Pedi para abrir a boca e vi que tinha feito um cortinho na língua. Corremos para o pronto-atendimento perto de casa, mas chegando lá Mariana já tinha se acalmado e estava conversando normalmente. Até ser atendida já parecia ótima, mas a pediatra achou melhor fazer uma tomografia, já que o rosto dela estava bastante roxo e as batidas na cabeça poderiam ter causado algo. Fomos ao pronto-socorro mais próximo e ali a outra pediatra também confirmou a necessidade da tomografia. Por sorte Mariana dormiu antes da hora do exame – já era quase uma da manhã – e nem percebeu quando a colocaram na máquina. Meu coração gelou pela segunda vez, ao vê-la assim, imóvel, indefesa, naquela máquina. Choro só de pensar. Felizmente foi só um grande susto, e alguns hematomas pelo corpo. Nada sério na cabeça, como atestou a tomografia. Ontem ficou em observação, mas graças a Deus passou o dia super bem. Uma fração de segundos e você percebe o quanto tudo ao seu redor é assim tão frágil.

sexta-feira, 19 de agosto de 2011

Foi bonita a festa, pá


Filha,

Foi linda a sua festa. Foram lindas, corrijo. De novo teve a oficial, no próprio dia do aniversário, para avós e tios, e no dia seguinte, para todo mundo. Teve tema bruxa, teve tema princesa, teve bolo, teve brigadeiro, teve família, teve amigo de longe, teve amigo de perto, amigo da escola e amigo da pracinha, teve vovô, teve vovó, teve tio, teve prima, teve alegria, teve amor, teve tudo que tem que ter quando uma menina linda como você completa três anos.

Porque se tem uma coisa que a gente gosta, é comemorar!

Um super final de semana para todo mundo!

quinta-feira, 18 de agosto de 2011

Incredible Threes. Ou: eu sobrevivi aos terrible twos.

Mariana,

Ligaram a sua chavinha da fofura. Coincidência ou atributo da idade, ao completar três anos você se tornou uma criança EN-CAN-TA-DO-RA. Sério. É tanta fofice que não dá nem para elencar. Você nos abraça, nos beija, colabora, CONCORDA, veja bem, CONCORDA com várias coisas que dizemos. Outro dia estávamos subindo para o quarto e esqueci de pegar o suco que você havia pedido. Você me disse, docemente: - Pode ir lá pegar mamãe, que eu fico aqui quietinha te esperando. Eu fui e voltei e você estava sentadinha no degrau me esperando, exatamente como prometido. E cenas assim agora são mais freqüentes. Claro que ainda há NÃOS e nem quero mesmo que você seja uma criatura que só diz SIM. Mas agora há razoabilidade de sua parte, se é você me entende. Parece que enfim estamos nos conectando, parece que você compreende o que te dizemos e deixou prá trás esse lado bebê que segue mais instintos do que racionalidades. Resultado disso é um convívio mais fácil, tudo flui melhor quando não há gritarias, e berros e resistências injustificadas a situações tão corriqueiras quanto colocar um pijama ou pentear o cabelo. Acho que passamos bem pelos terrible twos, já que você de fato não é uma criança encrenqueira. Mas dá um super alívio ver que essa fase do não, não, não está passando. Outra coisa que está vindo junto é a devolução, com juros e correção monetária, de todos os carinhos e beijinhos e elogios que te demos e fizemos até aqui. Você agora me chama de mamãe linda, diz que me ama muito, me adora tanto, que eu sou engraçada e maluca e me beija gratuitamente, faz carinhos, e essa reciprocidade é tão deliciosa que não dá para não preferir essa nova fase. A maternidade até aqui havia sido doação pura, e receber algo em troca faz um bem imenso. Porque por mais abnegada que seja a mãe, e olha que não tem ser mais abnegado que mãe, é tão bom quando o filho devolve o amor, é tão bom esse retorno, que tudo parece ficar mais leve e colorido. Claro que nem tudo são rosas, e nessa noite você acordou umas quatro vezes, chorou, gritou, me chutou, um caos total. Também tem a questão intestino preso, que ainda não se resolveu por completo e que nos rende muita preocupação. Ou seja, há delícias e há preocupações, como era mesmo de se esperar. O post, enfim, serve de registro do que, parece, ser um novo marco no seu desenvolvimento. Serve também para quem está no meio do furacão dos dois anos saber que existe um horizonte animador bem próximo. Se os dois anos foram pura montanha russa de emoções, os três, parece, serão uma fase bem mais tranqüila.

quarta-feira, 17 de agosto de 2011

O blog. Os blogs. A Egotrip, Para Livia. Para Paula. E, claro, o MMQD!

O título é quase maior que o post. ‘Cês vão ver.

Esse blog não tem pretensões. É um fim em sim mesmo, feito apenas, como o nome bem diz, Para Mariana, minha filharazãodomeuvivercoisalindadamamãe.. Mas aí que um dia você lê o seguinte comentário:

“Olá Mãe da Mariana,

Quero que saibas que minha filha de 11 anos é assidua leitora do seu blog...ela te segue atraves de mim, mas dei autorização , ela nao comenta por vergonha, mas ela le o blog inteiro, adora as travessuras de Mariana. Ela acompanha o seu e de mais 4 maes, ela ri e adoraaa, ainda lê em voz alta pra mim...aff rsrs

Achei que ia gostar de saber que todo dia ela passa os olhinhos por aqui...

Se chama Lívia... bjsss meusss a ti e a sua cria

Catita

Não é sensacional saber que a Lívia, menina de 11 anos, vem aqui espontaneamente, lê os posts e ainda gosta? Gente, é muito pra minha auto-estima!!!!!

E domingo à noite a prima do marido (oiê Paula!) também disse que é leitora do blog. Vocês acreditam? Eu sei, vocês nem ligam, mas vejam só. A Paula, moça solteira, sem filhos, bonita e descolada, para pra ler o que eu escrevo e ainda disse que se diverte. Não incrível?

Enfim, é muito maluco esse negócio de blog. Eu aqui, viajando na maionese e pessoas por aí lendo. Tá bom, essa é a essência do blog, mas demorou pra cair a ficha, vai?

Então, dada a super audiência (Lívia e Paula, respectivamente) vou tentar atualizar o blog com maior freqüência. Paula, Lívia, um beijão para vocês e muito obrigada pelo estímulo!

Outra meta vai ser comentar no blog das amigas, coisa que não faço faz tempo (embora leia tudo, viu?) Primeiro porque o Explorer não deixa, segundo porque não tenho encontrado tempo. Mas para isso existe o Google Chrome, porque tempo a gente acha, né não?essa eu quero ver

Por fim, como boa advogada que não perde prazo jamais, nos 45 do segundo tempo divulgo o MMQD, também conhecido como o Google Mom. Até marido, que não curte tanto essa coisa de blog riu muito com o último vídeo dos anos 80. Essas meninas são umas gênias, tem que ir lá pra conferir! E aproveitem para participar da SUPER PROMOÇÃO que tá rolando até amanhã (ou hoje, tem que ver isso direito). Para seguir a regra, vai a frase: É claro que estou participando do sorteio de lançamento do Minha Mãe que Disse!"

E do jeito que ando pop por aqui, certeza que em breve estarei por lá também.

Sonhar não custa nada minhas queridas!

beijos nesse dia especialmente ensolarado!


segunda-feira, 15 de agosto de 2011

Mea culpa

- Não coloca a menina de ponta cabeça que ela vai vomitar.
- Não agita a menina antes de dormir pelo amor de Deus.
- Faz o leite da Mariana?
- Faz a comida da Mariana?
- Você pegou a bolsa da Mariana?
- Não pega ela na escola mais cedo que atrapalha a professora.
- Você tá olhando a Mariana?
- Olha a Mariana um minutinho por favor?
- Olha a Mariana!
- Olha a Mariana!
- Olha a Mariana!
- Não irrita a menina.
- Não faz isso com a menina, coitada
- Olha a cabeça dela!
- Ai, vai machucar.
- Pelo amor de Deus parem vocês dois.
- Vocês dois vão me deixar louca!
- Eu não sei qual dos dois é meu filho. Juro.
- Não ensina isso pra menina.
- Não fala assim pra menina, coitada
- Presta atenção.
- Cuidado.
- Não é assim.
- Deixa que eu faço.
- Não precisa mais, eu já fiz.

Ser pai é fácil.

Difícil é aguentar a mãe.

Um beijão para o papai Fabio, que segundo disse um amigo outro dia, fugiu à regra e traiu a classe. Ajuda, participa, compartilha, sofre e se alegra como poucos. Às vezes é mais mãe que eu.
E tem uma paciência de Jó.

Te amamos!

sexta-feira, 5 de agosto de 2011

Três!!!!!

Hoje você completa três anos. E eu, que sempre detestei aniversários, posso dizer que o seu aniversário é sem dúvida o dia mais feliz do ano para mim. Comemorar o seu nascimento e, porque não dizer, o dia que ganhei o meu maior presente, é de uma alegria que não dá para descrever. Parece clichê, parece bobagem de mãe babona, mas um dia talvez você tenha o seu, ou os seus filhos, e nesse dia, somente nesse dia, vai entender o quanto o que eu te digo hoje faz sentido. Com três anos você é a menina mais falante que conheço. Usa verbos difíceis, palavras pouco usuais, argumenta, conta, explica e fala, fala, fala, fala sem parar. Usa “nunca mais”, “vou te contar uma coisa séria”, “vamos combinar uma coisa”, “eu tenho certeza que”, “eu prometo que” e outras expressões copiadas dos adultos que nos fazem sorrir. Inventa palavras, diz que nosso carro é “pulento” e “balançador”, que a comida estava “deliciante” e que não iria fazer tal coisa “nunquíssima”. Ainda fala umas poucas palavras erradas. Continua falando ônbius ao invés de ônibus e degavar, ao invés de devagar. Tem olhos grandes e cheios de vida. Cabelos longos e encaracolados. Para nós é a Mariana, para as primas, a Mari, para alguns a Maricota. É ainda a Maricleide, a Maricleusa, a Filha, a Filhinha, a Fifi, a Princesinha e outros tantos apelidos que inventamos todos os dias. Segue amando os Backyardigans e se refere ao Pablo e à Uniqua como seu filho e sua filha, respectivamente. Adora a cor vermelha, porque é a cor da sua mochila, oras. Quer muito que compremos um carro vermelho, portanto. Já ouviu milhares de vezes “vai devagar”, “toma cuidado” e “olha a cabeça” e ainda ouvirá outras tantas milhares. Tem preferências alimentares engraçadas. Adora jiló, brócolis, azeitonas, alcachofras e alcaparras. Ultimamente desenvolveu também um gosto especial por chocolate, coca-cola, pão de queijo e pizza. Detesta pirulito e nunca chupou uma bala. Comem em poucas quantidades, mas adora leite mais que tudo no universo. Toma litros. Leite sem sabor, como você diz, que fique claro. Chora pra entrar no banho, chora pra sair do banho. Chora sempre, invariavelmente, pra lavar os cabelos. Detesta secador, tem medo até. Não para quieta por muito tempo, e nisso se parece comigo. Assiste TV brincando, correndo e ‘lendo’ ao mesmo tempo. Adora dançar. Anda pela casa toda rebolativa, inventando dancinhas malucas e engraçadíssimas. No resto, é igual seu pai. Fisicamente vocês são iguais desde os tempos da barriga. Hoje vejo cá e lá pequenas semelhanças físicas comigo. Mas continuamos ouvindo dia sim outro também que você é “a cara do pai”. Também no jeito vocês se parecem, ambos extrovertidos, puxando papo com todo mundo. Dormem na mesma posição, gostam de acordar e ficar na cama, no escuro, até a preguiça matinal passar. Adora cães, embora se irrite às vezes com o Zeca e com o Squash, os cachorros dos vovôs. Teve um único peixe de estimação por 24 horas – batizou-o Gugu – , que teve o triste fim de ser jogado no ralo pela Elvira, que não viu que a vasilha sobre a pia continha um ser vivo. Ama ouvir histórias, principalmente as da galinha azul, personagem maluco que eu criei e que se mete em grandes aventuras junto com você. Adora desenhar, rabiscar e brincar de massinha e tintas. Ama bolhas de sabão e ri alto cada vez que vê aquelas bolinhas flutuando no ar. Outro dia assistiu Rio conosco e disse que “gostou metade”, porque se assustou um pouco com o pássaro do mal. Sua música preferida ainda é Primavera, e sempre que entramos no carro você nos pede para ouvi-la, cantando junto animadamente. Tem, até o momento, três primas: Bruna, Vic e Bia e é louca por elas. Vocês todas juntas, brincando, são um sonho de se ver. Você adora seus avós e passa com eles a maior parte do seu tempo. Também é louca por seus tios e tias. Você já foi diversas vezes à praia e a cada vez parece gostar mais do mar. Sendo uma branquela nata, não gosta muito de sol, e de novo saiu ao seu pai, outro branquelo convicto. Já foi ao teatro, shows, museus, aquários, fazendinhas e sempre gosta desses passeios, embora, acho eu, o efeito diversão seja quase o mesmo do que uma ida ao mercado ou à pracinha. Na verdade, você filha, se diverte sempre, com muito ou com muito pouco. Isso é um fato. Você é uma criança verdadeiramente alegre, e talvez essa seja a particularidade que melhor lhe defina. Uma alegria que contagia, que irradia. Se tivesse que resumir todas essas linhas em uma só, diria então, que você, aos três anos, é a menina mais alegre que eu já vi. E você nem imagina, filha, como isso nos faz felizes.

Mariana, meu amor,

Você é uma benção. Uma dádiva de Deus.

Hoje você faz três anos. E o presente continua sendo nosso.

Parabéns, minha filha amada!

terça-feira, 2 de agosto de 2011

Ontem à noite no supermercado. Ou: cuidado com o que você fala com seu filho.

Primeiro preciso explicar que eu gosto mesmo é de supermercado arrumadinho caro. Mas tem dias que tem que encarar a compra do mês, e pagar produto de limpeza em euros não dá não. Então fomos ao supermercado bagunçadinho. Lotado. Feioso. Horror total.

Mariana no carrinho. Eu na direção. E o senhor suíço que vinha logo atrás, bufando com a minha demora nos corredores. Dei passagem para o educadinho bufando em resposta. Pode passar, senhor, tá com pressa vai pra p.... passa logo. O senhor passou e eu desabafei pra Mariana (desconto, por favor. TPM, dia péssimo, etc...):

- Sabe filha, por isso que a mamãe detesta esse mercado. Só tem gente mal educada. Veja esse moço que mal educado, reclamando de tudo, só pode ser mal casado, mal amado, mal, enfim... Mariana ouviu meu desabafo de forma muitíssimo compreensiva.

E, a seguir disse para QUATRO (eu disse QUATRO) pessoas distintas, em momentos distintos, em corredores distintos e em alto em bom som:

Sabe moço(a), a minha mãe DETESTA (frisando o detesta) esse mercado, porque aqui só tem gente mal educada.

Assim. Sem tirar nem por.

Tá????

sexta-feira, 22 de julho de 2011

Rindo de bobagens

Antes de dormir, conto a história do dia. Mariana me pede para rezar (valeu vovó Marlene!).
- Claro filha, quer rezar para o anjinho da guarda?
Fez que sim e rezamos.
- Agora a da Maria, mamãe.
E rezamos Ave Maria.
Agora a do Papai do Céu
- E rezamos para o Papai do Céu.
Agora, mamãe, vamos rezar para o PAPAI NOEL.
E pra explicar, hein?
****************************
Mais cedo ainda, eu estava conversando com a vovó Marisa no telefone.
Mariana quis falar.
Escuto minha mãe dizendo:
- Mari, amanhã você vem na casa da vovó e vamos passear o dia todo. Vou te levar onde você quiser. Onde você vai querer ir Mari?
Pausa para pensar.
- Na Disney, vovó. Você me leva na Disney?
Fóin, fóin, fóin, fóin....
*****************************
Bom final de semana!

quinta-feira, 21 de julho de 2011

Tá tudo assim tão diferente.

Mariana,

Tanto tempo sem postar filha. Em parte é mesmo porque a vida lá fora anda bem atraente. Acho que o início da maternidade é mais contemplativo, tipo viagem para a Europa, vê museu, vê ponte, vê monumento, vê o bebê sorrir, mamar, dormir. E aí a gente escreve sobre os sentimentos e emoções que, no início, transbordam loucamente. Depois a vida vai tomando esse aspecto Disney, 5 parques em 4 dias, montanha russa, tudo com emoção, e quase não dá tempo para parar, respirar e tirar foto. O filho vai crescendo e se tornando mais interativo. E você é assim, como li em outro contexto, um copo cheio de vida a cada dia. A gente agora conversa, debate, brinca e ri juntas o tempo todo. A gente também briga muito. Seu pai morre de rir de nós duas andando pela casa, uma atrás da outra, reclamando, brigando, resmungando de pequenezas e bobagenzinhas. Essa é uma casa de mulheres faladeiras, e seu pai já está se acostumando com o barulho que a gente faz. Também nesses quase três anos tenho me tornado uma mãe diferente. Cada dia consigo me sentir mais à vontade com todos os papéis que assumi e entendo mais o quanto preciso te criar independente, livre, solta. Vou trabalhar feliz, volto para casa feliz, cansada, sem dúvida, mas feliz. Dou conta de tantas tarefas no dia a dia (claro que com a ajuda de papai e de todos os avós) que nem eu mesma acredito. Desenvolvi a incrível habilidade de aproveitar cada minuto, tirar horas da cartola só para conseguir dar conta de tudo. Hoje, três anos após seu nascimento, consigo ser sua mãe, ser advogada, ser mulher do seu pai, ser filha dos meus pais, consigo trabalhar dez horas por dia e ainda brincar com você quando chego em casa. Consigo ir à academia e estou tentando e quase conseguindo voltar a dançar pela décima vez. Vez ou outra ainda encontro amigas, faço as unhas semanalmente, ainda cozinho eventualmente e tudo vai bem obrigada. Aos finais de semana continuamos grudadas e aproveitando cada minutinho disponível. Não vou ao cinema faz três anos, porque é um passeio em que você não pode nos acompanhar. No mais, fazemos tudo com você ao lado. E que fique claro, consigo tudo isso porque quero tudo isso. E, tenho absoluta certeza, serei sempre um bom exemplo para você. Cansativo? Muito. Sinto falta de minha vida livre e independente? Às vezes. Sou a mesma pessoa de antes? Com certeza não.
Por outro lado, não sou a mesma mãe de um ano atrás. Também sou muito diferente da mãe de dois anos atrás. Estou crescendo com você. Aprendendo a te criar e aprendendo a viver com você. O chavão “um filho muda tudo” vai me acompanhar para sempre. Muda mesmo. E não acredito em que diz o contrário. Mas sem nenhuma dúvida, sem pestanejar, sem piscar, nem pensar, ter um filho é a maior benção dessa vida.

Te amo minha pequenininha.

domingo, 10 de julho de 2011

Há tanta vida lá fora...








...que fica difícil andar por aqui!
Mas eu volto, ah eu volto!

segunda-feira, 6 de junho de 2011

Conversinha

- Mamãe, faz um leitinho pra mim?
Eu, não resistindo à carinha meiga:
- Ai filha, você é tão linda...mamãe te ama tanto, sabia?
Ela:
- Então faz o leitinho pra mim, vai?

sexta-feira, 3 de junho de 2011

Sashimi

No restaurante japonês.

Pediu:
- Quero aquele peixinho rosa.
- Nos entreolhamos. Será que ela pode comer peixe cru? Será que faz mal?
E depois de outro olhar do tipo paradebobeiraedálogoessesashimipramenina mergulhei o salmão no shoyu e ofereci.
Primeiro lambeu o shoyu. Gosto conhecido. Aprovou.
Depois chupou a fatia de peixe. Não fez careta.
Experimentou uma micro mordidinha. Também não fez careta.
Uma nova mordida, dessa vez maior e disse:
- Gostei.
Comeu a fatia toda e mais outra em seguida.

Além disso adora jiló e detesta bala e pirulito.
Exótica.

bom final de semana!!!!!!

segunda-feira, 30 de maio de 2011

Conversa matinal.

Pegando um café para papai, em uma xícara cheia de sorrisos e dentes e bocas, presente de uma paciente dele.
Explico as alusões à Mariana, que está careca de saber que o pai é dentista, já que frequenta o consultório e tals.
- Então filha, o papai é dentista. E eu, você sabe o que eu sou?
- O que mamãe?
- Eu sou advogada, filha.
Meio emburrada:
- Você não é advogada. Você é MÃE!

Tem razão filha, eu sou MÃE!

quinta-feira, 19 de maio de 2011

Banalidades

Mariana,

Hoje é quinta-feira, o meu dia do brinquedo. O dia que saio mais cedo do trabalho e te pego na escola. Hoje achei que não ia conseguir, acabei me atrasando no escritório e pegando trânsito, mas no final tudo deu certo, sofrimento à toa. Da escola fomos ao mercado, um dos seus passeios preferidos. Compramos as coisar para o jantar, você escolheu maçãs, quis macarrão de letrinha e algumas outras coisinhas. Foi simpática com a caixa do mercado e com o empacotador e terminamos as compras com dois novos amigos. Chegamos em casa, te fiz uma sopa de legumes que você comeu com gosto, embora na quantidade pouca que lhe é peculiar. Ontem foi aniversário de seu pai e saímos para jantar fora. Sábado vamos receber a família em casa para comemorar. Comemorar filha, porque ano passado não deu, e este vai dar. Graças a Deus. No final de semana passado fomos para campos do jordão como suas primas Bruna e Vic e seus tios Matheus e Pri. A farra foi grande, vocês três juntas valem por umas trinta. Você andou à cavalo e de charrete. Adorou. As meninas também adoraram. Foi bem gostosa essa viagem, primeira que a gente vai assim, para pousada sem copa da mamãe nem espaço kids, nem nada. Estamos evoluindo, penso. Voltando a hoje, depois do jantar subimos para ver tv, e assim continuamos enquanto papai não chega. Vamos fazer raclette, estreando a racletteira nova que comprei. Também vamos acender a lareira, porque a gente tem que curtir os poucos dias de frio como manda o figurino. Enquanto papai não chega estamos nos acabando de comer ovo de páscoa, coisa que nunca mais acaba nessa casa. Você está me enrolando para tomar banho, mas assim que eu publicar essa postagem te pego de jeito e te dou um banhão. E é isso filha. Você ao meu lado, nada grandioso para contar ou comentar, apenas banalidades que tornam a vida tão especial.

sexta-feira, 13 de maio de 2011

Neologismos

As novas da semana:

Café de amanhã (café da manhã)
Campos do Jornal (Campos do Jordão)

Bom final de semana!

Mamaço


Já contei aqui mil vezes que perdemos todas as nossas fotos quando computador quebrou. Tenho duas únicas fotos amamentando a Mariana, uma impressa e essa daqui. Mas fica o registro desse momento lindo da maternidade. Amamentar para mim sempre foi muito instintivo. Mariana grudou em mim assim que a puseram para mamar e permaneceu nessa posição por muito tempo. Quando a gente amamenta em livre demanda, a impressão é que há sempre um filho grudado em você. No meu caso específico, Mariana mamava por curtos períodos e em curtos intervalos. Ou seja, o tempo todo eu tinha essa bebezinha pendurada no meu peito, e o melhor foi sempre amamentar em público, sem momento reservado, sem pudor, sem frescura. Peito de mãe não é peito, gente!

domingo, 8 de maio de 2011

Obrigada

Obrigada Mariana, por me escolher para ser sua mãe. Obrigada por me tornar mãe e me permitir conhecer o maior amor do mundo. Obrigada por me ensinar tantas coisas todos os dias. Obrigada por me permitir te ensinar o pouco que sei dessa vida. Obrigada por me amar de volta, assim tão gratuitamente. Obrigada por colorir meus dias. Obrigada por iluminar a minha vida. Obrigada por trazer leveza ao meu cotidiano. Obrigada por você ser assim tão maravilhosa quanto você é.
Hoje é dia das mães. Obrigada minha filha, por me fazer assim tão feliz.

um beijo da sua mamãe.

sábado, 7 de maio de 2011

A festa na escola e outras coisinhas bobas que me fazem sorrir

Hoje foi a comemoração do dia das mães na escola. Não podia ter sido mais delicioso. Fomos juntas para a escola, e realizamos juntas algumas atividades que os pequenos costumam fazer no dia-a-dia. Depois todos cantaram algumas musiquinhas, inclusive aquela que Mariana já havia adiantado, e foi muito gostoso conhecer cada coleguinha que eu conheço só de nome (exceção para um ou outro que já vem do ano passado), ver a cara das outras mães babonas, ficar um pouco no espaço onde Mariana passa as suas tardes. Também foi bom ver o quanto ela gosta da escola, e das professoras e dos amiguinhos. Foi só sorrisos o tempo todo. E por fim gostei muito da forma como o dia foi comemorado, sem pompa nem circunstância, apenas uma comemoração para mães e filhas, como penso que deveria ser. Sei que outras escolas optam por grandes comemoraçoes, com fantasias, e teatros, e luzes. Particularmente acho que não precisa de tanto, e fico feliz em ter escolhido uma escola que pensa como eu. Quero criar Mariana com simplicidade, quero que ela saiba que a gente não precisa de grandes coisas para ser feliz. E estou muito muito satisfeita por ter escolhido uma escola que compartilha desse pensamento. Enfim, foram momentos incríveis, desses que nos fazem sorrir cada vez que nos lembramos deles.

Apenas duas outras coisas para registro.
Primeiro, a palavra errada da vez: termóteto (termômetro). Fala se não é fofo?

E outra foi o diálogo maluco de ontem à noite:
- Mamãe, eu vou te comprar uma meia de vaquinha bem linda pra te dar de dia das mães.
- Ah, é, filha?
- É mamãe, e aí você vai colocar a meia e fazer MUUUUUU...porque você é uma vaquinha. Você é uma princesa vaquinha.
- Filha, não precisa de presente. Você é o meu maior presente, filha.
- Não mamãe, eu não sou uma meia. Eu sou sua filha.

Então tá,né?

quinta-feira, 5 de maio de 2011

Prévia do dia das mães

- Mariana, sabia que no sábado, para comemorar o dia das mães, eu vou com você na escola e vou ficar lá com você?
- Você vai ficar comigo na escola, mamãe? (com cara de quem acabou de ganhar uma viagem volta ao mundo tudo pago all inclusive plus double free max)
- Vou filha! Vai ter uma atividade na sua classe e mamãe vai participar.
Sorrindo muuuuuito e me abraçando loucamente:

- Ai que delícia!!!!!!


Ser mãe é isso. Além de tudo, se achar a última bolacha do pacotinho do filho.

Um viva a todas as mães antecipadamente!



Em tempo: Também já roubei e perguntei para a Mariana qual seria a musiquinha do dia das mães. Ela já cantou e fez toda a coreografia. Chorei pacas. Me diz e já me perdoa, por que não antecipar um momento assim tão feliz?

quarta-feira, 4 de maio de 2011

Desconcertando a mãe

Hoje, ao deixá-la na avó:

- Mamãe, você já vai trabalhar?

E eu, já esperando choro, desespero, lágrimas e drama de toda sorte respondo:

- Vou filha, vou trabalhar sim.

- Então VAI LOGO, mamãe.

E quando estou saindo ela me segura (penso: rá, agora vai chorar) e diz:

- Espera mamãe, deixa eu te falar tchau e bom trabalho.

E recebo um abraço apertado e um lindo "bom trabalho, mamãe".

Fala se não é um momento mastercard?

terça-feira, 3 de maio de 2011

Sarando da virose

- Mariana, como está a sua barriga, filha?

- Tá Ó-TE-MA mamãe.

segunda-feira, 2 de maio de 2011

Registro para a posteridade. Momento gourmet.


Já foi no mês passado, mas vale o registro. Primeira salsicha e primeira Fanta (tá, nem aparecem direito na foto, mas é isso que ela tem nas mãos). Porque a gente tem que registrar tudo, né?

Boa semana a todos!!

domingo, 1 de maio de 2011

A semana recomeça.

Mariana,

você já melhorou bastante da virose. Acho que amanhã vai estar 100%, espero. Passamos o dia em casa. Dia chuvoso, frio, feioso. Pijamamos o dia inteiro. Comemos em casa mesmo, você continua comendo pouco. Brincamos de uma coisa ou de outra, bem calmamente. E você é outra criança quando está assim, na nossa casa, só conosco, de pijaminha. Não que você não seja uma criança adorável portas afora. Mas nesses momentos de só nós três é que você se mostra mesmo adorável, tranquila, brincalhona. Uma graça de ver. Uma coisa que você tem gostado ultimamente é de me ouvir te contar como você falava errado uma palavra ou outra quando era menor. Se diverte ao saber que dizia teti ao invés de leite, cacaão, ao invés de macarrão, coisas assim. Hoje ficamos um bom tempo na minha cama conversando sobre essas bobagenzinhas. Aliás, uma coisa incrível de você estar crescendo é podermos conversar. Agora temos diálogos, você conta umas coisas, pergunta outras, uma delícia. E hoje, de tão calmo que foi o dia, você dormiu às nove e meia, coisa rara, raríssima. A semana recomeça. Estou soprando forte para que tudo o que foi chato na semana passada vá embora e dê lugar a dias bem menos conturbados.
Agora vou dormir, porque acharam por bem transferir a Fórmula Indy para a segunda-feira, e piorar de vez com o trânsito já absurdamente caótico da Zona Norte. Muito obrigada Sr. Prefeito, ou seja lá quem quer que teve essa incrível idéia.

boa noite meu anjo.

sábado, 30 de abril de 2011

A semana que não tem fim

Começou na terça. Mariana não jantou. À noite teve febre. Acordou às três e meia da manhã e assim permaneceu até às seis e meia, quando meu despertador tocou. Entre largar a filha doente e ir trabalhar fiquei na coluna do meio: trabalhei em casa das sete da manhã até ela acordar, lá pelo meio dia. Acordou ainda com febre, mas aí eu tinha que ir trabalhar, não tinha jeito. Ficou com minha mãe e lá fui eu, zumbizando quarta-feira afora. Aí a febre se confirmou virose e começou a dor de barriga. E quarta à noite foi recheada de choros de dor. O pediatra medicou por telefone, mas ela não tomou remédio nenhum. Faltou na escola todos os dias. Minha semana de trabalho foi caótica, tudo acontencendo de um jeito meio errado, tudo urgente, tudo atrasado. E entre um prazo e outro liga pra casa e pede o boletim médico: continua com febre, continua com dor de barriga, diarréia, não come, essas coisas. Na sexta pareceu melhorar. No trabalho também, tudo meio se acertando. Combino um chopp com amigas, afinal, a semana merecia um descanso. Chego em casa e Mariana ainda está acordada, tomou um leitinho e dormiu ao meu lado. Às uma e meia acordou chorando, não deu nem tempo de pensar. O jato de vômito veio em cima de mim. E toca a trocar eu, filha, lençol, o pai e tudo ao redor. Acordou ainda com diarréia e se queixando de dor de ouvido. Levamos ao pronto-socorro e ganhamos uma receita de antigases, um anti enjoo e duas broncas: uma porque ela ainda mama à noite e outra porque ela ainda toma mamadeira. Tentamos almoçar no final do pronto-socorro, mas ela chorou o tempo todo de dor de barriga. Agora parece ter melhorado.
Será que acabou?

segunda-feira, 25 de abril de 2011

O saldo da Páscoa

No fim das contas ficamos rodeados de ovos por todos os lados. Não os escondi como prometido, porque achei que Mariana ia pegar bronca do coelho, esse malandro que não para de mandar ovos para quem não quer. Deixei os ovos que eu havia comprado em cima do sofá e culpei o coelho. Como era esperado, ela disse que não queria, que já tinha, o que vocês já sabem. Só se rendeu ao ovo da Moranguinho, porque vinha com um batom e, sabe, batom é golpe baixo com menina de dois anos. E nossa casa agora tem diversos ovos de páscoa, coisa que não acontecia há décadas, já que nem eu nem Fabio gostamos muito de chocolate. E vi em algum programa dominical que a distribuição dos ovos na Páscoa representa a vida. E foi impossível não concluir que é isso mesmo. Que nunca nossa casa teve tanta vida. Tudo por conta dessa pequena que passou quatro dias grudada com mamãe, brincando, cantarolando e bagunçando cada canto de cada cômodo.

E a Páscoa foi isso. Vida. Bagunça. Ausência total de programação. Uma criança que vale por mil. Banhos curtos. Refeições frias. Comilança. Família. Uns quilinhos a mais. E muito, muito amor.

Espero que a de vocês tenha sido assim tão boa.

quinta-feira, 21 de abril de 2011

Vendo ovos de Páscoa.

Comprei alguns ovos de páscoa para a Mariana.
Achei que seria divertido escondê-los pela casa e essa coisa toda que se faz na Páscoa. Essa que é a primeira que ela entende de verdade. Mas eis que, perguntada pela avó sobre o que ela queria de Páscoa, disse que queria um ovo bem pequenininho e vermelhinho. Pediu e ganhou, já na semana passada.
Desde então diz que não quer mais ovos. Que já ganhou o seu.
Hoje fomos almoçar na vovó Marlene e ela ganhou vários ovos. Da avó. Da tia. Da prima de Campinas. Da tia avó.
E RECUSOU TODOS.
Isso mesmo. Para cada ovo que ganhava, respondia: - Não quero, eu já ganhei um ovo. Eu só quero um ovo. Eu não quero um monte.
E agora temos os ovos ganhados hoje, e os outros que eu já havia comprado, e uma filha budista que se contentou com apenas um.

Pois é.

quarta-feira, 13 de abril de 2011

Descomplique

A vida tem dessas sincronicidades. Comecei o dia conversando com minha amiga Sil. Dessas conversas que desopilam o fígado. Nós duas não somos perfeitas, nem como mães, nem como coisa nenhuma. Mas estamos aprendendo a conviver com isso. Foi a tônica do bate papo matinal. Em seguida recebo o texto abaixo. Tão a calhar. Então divido com vocês que, tenho certeza, também vão se identificar com ele, seja em maior ou menor medida. E que também sirva de ensinamento para Marianinha, que está aprendendo desde cedo que ninguém é perfeito, muito menos a mamãe dela.


Se eu tivesse que escolher uma palavra - apenas uma - para ser item obrigatório no vocabulário da mulher de hoje, essa palavra seria um verbo de quatro sílabas: DESCOMPLICAR. Depois de infinitas (e imensas) conquistas, acho que está passando da hora de aprendermos a viver com mais leveza: exigir menos dos outros e de nós próprias, cobrar menos, reclamar menos, carregar menos culpa, olhar menos para o espelho. Descomplicar talvez seja o atalho mais seguro para chegarmos a tão falada qualidade de vida que queremos - e merecemos - ter. Mas há outras palavras que não podem faltar no kit existencial da mulher moderna. Amizade, por exemplo. Acostumadas a concentrar nossos sentimentos (e nossa energia...) nas relações amorosas, acabamos deixando as amigas em segundo plano. E nada, mas nada mesmo, faz tão bem para uma mulher quanto a convivência com as amigas. Ir ao cinema com elas (que gostam dos mesmos filmes que a gente), sair sem ter hora para voltar, compartilhar uma caipivodca de morango e repetir as histórias que já nos contamos mil vezes - isso sim, faz bem para a pele, para a alma então, nem se fala! Ao menos uma vez por mês, deixe o marido ou o namorado em casa, prometa-se que não vai ligar para ele nem uma vez (desligue o celular, se for preciso) e desfrute os prazeres que só uma boa amizade consegue proporcionar. E, já que falamos em desligar o celular, incorpore ao seu vocabulário duas palavras que têm estado ausentes do cotidiano feminino: pausa e silêncio. Aprenda a parar, nem que seja por cinco minutos, três vezes por semana, duas vezes por mês, ou uma vez por dia - não importa -e a ficar em silêncio. Essas pausas silenciosas nos permitem refletir, contar até 100 antes de uma decisão importante, entender melhor os próprios sentimentos, reencontrar a serenidade e o equilíbrio quando é preciso. Também abra espaço, no vocabulário e no cotidiano, para o verbo rir. Não há creme anti-idade nem botox que salve a expressão de uma mulher mal-humorada. Azedume e amargura são palavras que devem ser banidas do nosso dia a dia. Se for preciso, pegue uma comédia na locadora, preste atenção na conversa de duas crianças, marque um encontro com aquela amiga engraçada - faça qualquer coisa - mas ria. O riso nos salva de nós mesmas, cura nossas angústias e nos reconcilia com a vida. Quanto a palavra dieta, cuidado: mulheres que falam em regime o tempo todo costumam ser péssimas companhias. Deixe para discutir carboidratos e afins no banheiro feminino ou no consultório do endocrinologista. Nas mesas de restaurantes, nem pensar. Se for para ficar contando calorias, descrevendo a própria culpa e olhando para a sobremesa do companheiro de mesa com reprovação e inveja, melhor ficar em casa e desfrutar sua salada de alface e seu chá verde sozinha. Uma sugestão? Tente trocar a obsessão pela dieta por outra palavra que, essa sim, deveria guiar nossos atos 24 horas por dia: gentileza. Ter classe não é usar roupas de grife: é ser delicada. Saber se comportar é infinitamente mais importante do que saber se vestir. Resgate aquele velho exercício que anda esquecido: aprenda a se colocar no lugar do outro (empatia), e trate-o como você gostaria de ser tratada, seja no trânsito, na fila do banco, na empresa onde trabalha, em casa, no supermercado, na academia. E, para encerrar, não deixe de conjugar dois verbos que deveriam ser indissociáveis da vida: sonhar e recomeçar. Sonhe com aquela viagem ao exterior, aquele fim de semana na praia, o curso que você ainda vai fazer, a promoção que vai conquistar um dia, aquele homem que um dia (quem sabe?) ainda vai ser seu, sonhe que está beijando o Richard Gere... sonhar é quase fazer acontecer. Sonhe até que aconteça. E recomece, sempre que for preciso: seja na carreira, na vida amorosa, nos relacionamentos familiares. A vida nos dá um espaço de manobra: use-o para reinventar a si mesma. E, por último (agora, sim, encerrando), risque do seu Aurélio a palavra perfeição. O dicionário das mulheres interessantes inclui fragilidades, inseguranças, limites. Pare de brigar com você mesma para ser a mãe perfeita, a dona de casa impecável, a profissional que sabe tudo, a esposa nota mil. Acima de tudo, elimine de sua vida o desgaste que é tentar ter coxas sem celulite, rosto sem rugas, cabelos que não arrepiam, bumbum que encara qualquer biquíni. Mulheres reais são mulheres imperfeitas. E mulheres que se aceitam como imperfeitas, são mulheres livres. Viver não é (e nunca foi) fácil, mas, quando se elimina o excesso de peso da bagagem (e a busca da perfeição pesa toneladas), a tão sonhada FELICIDADE fica muito mais possível.

(desconheço o autor do texto, se alguém souber, por favor indique)

beijos!

segunda-feira, 28 de março de 2011


E porque eu me levanto para recolher você no meu abraço, e o mato à nossa volta se faz murmuroso e se enche de vaga-lumes enquanto a noite desce com seus segredos, suas mortes, seus espantos - eu sei, ah, eu sei que o meu amor por você é feito de todos os amores que eu já tive (...) porque você é linda, porque você é meiga e sobretudo porque você é uma menina com uma flor. (Vinícius de Moraes - Para uma menina como uma flor)

sexta-feira, 25 de março de 2011

Aprendendo a ser forte

Outro dia contei aqui o drama da Mariana para que eu pudesse sair para trabalhar. Como contei também, geralmente ela está dormindo quando eu saio, então, no mais das vezes a coisa toda é sem stress.

Hoje a deixei na minha mãe semi-acordada. Quis lhe dar um leite e ela disse: - A vovó dá. Coisa que nunca tinha acontecido.

Aí fiquei mais uns minutinhos esperando e resolvi sair de fininho.

Ela me chamou de volta: - Mamãe, vem aqui pra eu te dar tchau.

E aí me abraçou, me deu um beijo, me disse vai com Deus, bom trabalho e eu te amo. Forte, impávida.

E quem desmoronou fui eu. Deixei uma lagriminha escapar. A beijei de volta.

E aí danou-se.

Mariana foi fazendo biquinho, e repetindo tudo de novo. Vai com Deus mamãe, te amo, bom trabalho. E nitidamente prendendo o choro. E continuava me dando beijos de despedida. E finalmente desabou a chorar.

Mas foi um choro diferente. Choro de quem entendeu que eu tinha que ir. Não era mais a manha do outro dia. Era um choro sentido, aquele que todo mundo já chorou na vida; tenho que ser forte, é triste mas tenho que suportar. Coisa de gente forte.

Fiquei mais um bom tempo com ela. Até que expliquei que tinha realmente que ir. E novamente ela chorou esse choro sentido.

Triste?

Não.

Minha filha está crescendo. E aprendendo a viver.

Sinto orgulho de você, meu anjo.

segunda-feira, 21 de março de 2011

Mais curtas (editado)

Mariana, calçando os sapatos.
-Filha, esse é o esquerdo e o outro é o di...
- Di uva!!!!

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Fomos assistir a um show de rock de uma banda adolescente.
Na entrada, revistaram minha bolsa.
O que encontraram?
- Meias infantis, uma colher e um xarope da Mariana.

Me diz. Tô velha ou não tô?

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Saí do chuveiro. Mariana quis sair da banheira na mesma hora.
Fui pegá-la sem roupa.
Ela:
- Mamãe, porque o seu peito balança?

O que eu faço?
Choro?

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Fomos até a garagem da vovó Marisa, ver o carro novo que compraram.
Subindo para dentro de casa Mariana perguntou:
- Por que a gente tá subindo mamãe? (fase dos porquês mode on total)
Eu: (estressada, cansada, sem paciência, tá eu sei, me culpa logo de uma vez):
- Ai filha, sei lá porque a gente tá subindo.
Ela:
- Porque a gente já viu o carro, né, mamãe?

Toma, mamãe!!

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Mais uma que eu lembrei.
Agora a moda é não usar fralda na escola, mas usar fralda em casa.
Questiono:
- Mariana, por que na escola você não usa fralda, faz xixi na privada e tal e aqui em casa só quer ficar de fralda?
- Porque na escola eu sou moçona e aqui em casa eu sou bebezona.

Alguma dica?


Boa semana!