sexta-feira, 28 de agosto de 2009

Etiqueta





No site do Terra saiu uma reportagem sobre etiqueta relacionada a crianças.
Reproduzo a reportagem e dou os meus pitaquinhos...

Esclareça 15 dúvidas sobre etiqueta relacionada a crianças.
Patricia Zwipp


Os filhos são uma alegria e tanto para os pais, mas trazem uma série de dúvidas quando o assunto é etiqueta, assim como aos parentes, amigos e conhecidos: "Posso falar que não gosto que apertem a bochecha da criança?", "Qualquer um pode visitar o recém-nascido na maternidade?", "Se meu pequeno recebe um presente e diz que não gostou, devo me desculpar com a pessoa?". Para responder a essas e outras questões, o Terra conversou com os consultores de etiqueta Fábio Arruda e Ligia Marques, que ensinam como driblar as possíveis saias-justas. Confira:


Recém-nascidos1 - Quando o bebê nasce, quem deve ir à maternidade, quanto tempo dura a visita e é preciso avisar o horário à família?


Os consultores afirmam que apenas pessoas mais próximas devem ir à maternidade. A visita pode demorar, no máximo, 15 minutos. Portanto, nada de colocar o papo todo em dia. Seja breve. Antes, ligue e pergunte qual é o melhor momento para ir ao hospital.
Minhas visitas foram todas educadíssimas. Todo mundo se conteve, ficou o tempo protocolar e ninguém ficou beijando ou agarrando a Marianinha. Thanks god! Só rolaram uns horários de pico, várias visitas chegando ao mesmo tempo, maternidade parecendo balada e eu lá, chapada de remédios, nem entendendo o que estava acontecendo. Nessas horas as enfermeiras se ligam e levam o bebê para trocar. Ótimo truque, enfermeiras!


2 - Quanto tempo depois que a mãe chegou com o bebê em casa pode-se visitá-los?

Segure a curiosidade de ver o bebê e espere que a mãe se costume, na medida do possível, com a nova rotina. A consultora Ligia recomenda ligar após dez dias perguntando se pode visitá-los. Arruda prefere dar um tempo maior, de um mês.
Na minha opinião, após um ano seria um prazo razoável. Antes disso, qualquer momento é o caos total! Mas vá lá, após quinze dias acho que tudo bem uma visitinha de meia hora que não espere que você vá servir o chá da tarde entre uma mamada e outra.


3 - Como deve ser a visita em casa?

Assim como na maternidade, Arruda recomenda que seja rápida, mas existe a possibilidade de se estender um pouco mais, por cerca de 30 minutos. Se quiser usar perfume, OK, mas é interessante fugir de excessos e fragrâncias muito fortes. Vale lembrar da importância de lavar bem as mãos, já que o ato pode reduzir a transmissão de doenças contagiosas, inclusive a gripe causada pelo vírus Influenza A (H1N1), conhecida como suína. Por falar nesse assunto, o consultor lembra que, por causa da disseminação da patologia, seria interessante evitar visitas.
Bom, o que dizer de um ser sem noção que visita um bebê estando minimamente resfriado? Claro que nem precisamos considerar essa hipótese, né?


4 - Vou visitar um recém-nascido. Posso pegá-lo no colo ou tocá-lo?

Não. Contente-se em olhá-lo. Além de diminuir as chances de contaminá-lo com micro-organismos que trouxe da rua, também evita situações que podem lhe deixar sem graça, como o pedido da mãe para tirar as mãos de seu filho.
Na minha modesta opinião, nenhuma mãe quer que fiquem agarrando seu precioso bebezinho. Eu ficava bem achando que iam contaminar a Marianinha o tempo todo (até hoje eu acho um pouco...)Tanto que a pobrezinha ganhou do pai o simpático apelido de “Menina da bolha”. Oras....


5 - Se fui convidada para o chá-de-bebê e levei os itens solicitados na ocasião, devo presentear a criança novamente quando for visitá-la?

Sim, é gentil. "O presente de chá-de-bebê é uma lembrancinha bem modesta, como mamadeira, fralda e chupeta. O presente da maternidade deve ser algo melhor, como uma roupinha bonita, por exemplo", disse Ligia. O consultor Arruda lembra que pode ser até flores para mãe, desde que não seja alérgica, é claro.
Não fiz chá-de-bebê. Não sei como funciona na prática. Mas, nossa, Mariana ganhou tantos presentes, desde dentro da barriga até hoje que fico até envergonhada. Tias, avós, amigas, todo mundo dá presentes sem fim para a pequena. Aê Marianinha!


6 - Na hora de escolher o presente, devo ligar para os pais e perguntar o que a criança precisa ou posso escolher o que quiser?

Não precisa ligar e pode escolher o que quiser. Se tem intimidade com os pais e não quer errar, a ligação se torna uma boa aposta, como observa Arruda.

Vivem me perguntando isso. Eu sempre respondo que não precisa se incomodar, que não precisa dar nada....Coisa de gente tímida, sabe?


7 - Se a visita chegar e o bebê estiver dormindo, devo acordá-lo ou pedir desculpas?

Nenhuma das duas alternativas. A prioridade é o conforto do bebê, que deve dormir sossegado. Não precisa ficar com peso na consciência e acender a luz do quarto ou tirá-lo do berço. Se a visita quer ver a criança acordada, nada melhor do que ligar antes e saber o horário ideal para conhecê-la, certo?
É isso aí!

8 - Os pais do bebê devem dar lembrancinhas?

É um gesto simpático, mas não obrigatório. Se optar por presentear as visitas sem gastar muito, uma lembrança por família já está ótimo.
Fiz umas lembrancinhas fofas. Precisar, não precisa. Mas com bebês, frescura pouca é bobagem.


9- Se meu filho recebe um presente e diz que não gostou, devo me desculpar com a pessoa?

Sim, com certeza. O consultor Arruda recomenda dizer algo parecido com "Desculpe, estou precisando trabalhar melhor a educação dele." E nada de brigar com o filho na frente dos outros. A situação já é desagradável e não tem por que torná-la ainda mais. Quando estiver a sós com a criança, explique o problema e como deveria ter agido.
Ai Marianinha, faça uma grosseria dessas pra você ver......


10 - Vou organizar a festa de aniversário do meu filho. Quem não posso deixar de convidar?

Ao contrário do que muitos pais fazem, a prioridade é para amigos do filho. Afinal, ele é o aniversariante. Depois, de acordo com Ligia, coloque na lista os parentes próximos e amigos, sempre pensando na quantidade de convidados que pode receber bem, por questões financeiras e de espaço. Uma dúvida que costuma surgir é se há a necessidade de chamar colegas de trabalho. Arruda recomenda responder a duas simples perguntas para descobrir como agir: "Eles conhecem seu filho? Os filhos deles são amigos de seu filho? Se a resposta é não, não precisa convidar."
Meu critério: família, amigos com filhos, amigos sem filhos, poucos colegas de trabalho com filhos. Nessa ordem e sujeito a cortes na ordem inversa.


11 - Decidi dar uma festa em casa e vi que o filho do meu amigo estava mexendo nos armários e tirando as coisas do lugar. Devo repreendê-lo, avisar ao pai sobre o fato ou fingir que não vi?

A questão causa divergência entre os consultores. Arruda opina que não se deve dar bronca nos filhos alheios, mas falar sobre o problema de maneira simpática com o amigo. "Por exemplo, diga que a criança está mexendo em alguma coisa e tem medo que ela se machuque." Ligia, por sua vez, recomenda chamar a atenção do pequeno travesso. "Não tenha medo disso e, se os pais reclamarem, seja firme em sua posição. Não precisa avisar aos pais, que na hora se sentirão envergonhados."
Ou prende a criança no armário ou finge que não viu. Discutir a educação do filho alheio não rola, penso eu.



12 - Levei meu filho para brincar em um parquinho. Quando percebi, ele estava brigando com uma criança. O que devo fazer? Repreendê-lo, reclamar com os pais da outra criança?

O consultor Arruda deixa bem claro que a hipótese de tirar satisfação com os pais da outra criança não deve nem passar pela sua cabeça. O melhor é simplesmente separar a garotada. "Procure ver o que está acontecendo e ser justo na avaliação. Se for culpa do filho, faça-o pedir desculpas. Se for culpa do outro, peça que ele também se desculpe e, caso não obtenha sucesso, afaste-se dessa criança", disse Ligia.
Pensava assim em teoria. Vamos ver se na prática eu vou ser justa e equilibrada ou voar no pescocinho do primeiro que levantar um dedo para a Marianinha. Deus me dê equilíbrio!!


13 - Decidi passear com meu filho no shopping e ele fez um verdadeiro escândalo porque não comprei o brinquedo que pediu. O que fazer nessa situação?

Não ceda aos caprichos da criança. Se não parar com a manha com uma conversa, simplesmente leve-a embora, mesmo que esteja gritando. A consultora Ligia dá a dica de que a bronca deve acontecer no carro e não no meio do shopping.
Ainda não passei por isso. No meu mundo perfeito e cor-de-rosa Marianinha vai ser super educada e nada birrenta e nunca vai dar escândalo em shopping nem em lugar nenhum. Amém.


14 - Se acredito saber uma forma de lidar bem com a situação que a criança enfrenta (como doença ou comportamento indesejado), posso oferecer ajuda aos pais dela e passar minhas experiências?

Os consultores discordam na resposta dessa questão. Enquanto Arruda fala que não se deve interferir, Ligia sugere dizer com delicadeza que passou por situação semelhante e que, se os pais permitirem, pode dar alguma dica, sem insistir no assunto.
E viva os blogs para dar pitacos na vida alheia! Acho que o critério é esse mesmo, quem expõe sua vida (seja em blogs, seja em conversas abertas) dá abertura para comentários.

15 - Se não gosto que apertem a bochecha do meu filho ou que toquem nele, posso falar para parar?

Sim, mas sempre de forma delicada. Peça para que não faça isso dizendo que o filho fica irritado ou não gosta. Afinal, quem acha legal que apertem suas bochechas? Não é à toa que os pequenos costumam fugir dos parentes com esse costume. Caso tenha mania de querer tocá-los, controle-se tanto com recém-nascidos quanto com crianças maiores.
Acho que dá pra fazer isso sem ser explícita. Eu confesso que não sou chegada a agarramentos e até hoje consegui me sair bem sem parecer grosseira. Mas um apertãozinho na bochecha não mata ninguém, né?

Agora que estamos todas muito finas, sabendo de todas as etiquetas, voltemos à nossa programação normal.

quarta-feira, 26 de agosto de 2009

Corujices - Da série "Vindo do meu filho até um pum é lindo"





Mariana,

Um update das suas novas gracinhas:

Você pega meus colares, coloca no seu pescoço e sai toda toda, se achando a moça do pedaço.

Você pega o meu descongestionante nasal (muito em uso ultimamente, em razão do resfriado chato que peguei) e faz que está pingando remédio no meu nariz.

Você me dá comida, me dá mamadeira, me dá chupeta e morre de rir. Opa, quem é a mãe, quem é a filha?

Outro dia você bateu a cabeça na parede bem de leve. Eu fingi que não percebi, para evitar o seu choro. Você me olhou e TUM bateu de novo para ver se eu percebia. De novo eu ignorei e TUM, lá foi você bater a cabeça de novo. Até que levou uma bronca e chorou. Preciso de umas aulas de psicologia infantil.

Estávamos assistindo desenho animado, você no meu colo. Seu pai mudou de canal. Você desceu do meu colo, pegou o controle-remoto e me entregou resmungando, como que querendo dizer alguma coisa. Nós nos entreolhamos pensando que não seria possível que você estava pedindo para mudar de canal. Peguei o controle e voltei para o desenho. Você voltou para o meu colo e continuou assistindo. Tranquilamente. Desde que aprendeu essa técnica, você faz assim sempre que quer que eu mude de canal.

Você aprendeu a fazer sim com a cabeça. Agora todo “qué” é acompanhado de movimentos exagerados com a cabeça. Muito engraçado!


Você aprendeu a falar turco. Ou paquistanês. Ou russo. Ou alguma outra língua que eu me esforço para entender, mas tá difícil.

segunda-feira, 24 de agosto de 2009

Aventuras de trocador



A primeira fralda que troquei na vida foi a da Mariana. Aprendi com a enfermeira da maternidade e pus em prática assim que chegamos em casa. Minha mãe se ofereceu para ajudar. Elvira, que trabalha em casa, também estava lá de prontidão. Mas, oras, algum dia eu teria que trocar, não é mesmo? Que fosse a primeira, então!
E claro, depois da quinta fralda, a gente já faz o serviço de olhos fechados. Hoje, inclusive, trocar fraldas exige muito mais habilidade, já que a pequena não para quieta um minuto. Então dá-lhe rapidez e agilidade para evitar desastres, à exemplo do que já contei aqui.
O mais difícil, na minha opinião, é trocar a fralda quando a gente está fora de casa. Afinal, nem todo lugar tem o aparato necessário. E hoje fiquei me lembrando de algumas situações mais bizarras em que tive que trocar fralda.

Lá vão os meus TOP 5:

Festa de aniversário do pai da cunhada. Festa fina. Mariana com pouco mais de três meses. Fomos em homenagem ao aniversariante Sr. Levi, pessoa muitíssimo querida. Mariana não economizou. Fez cocô quatro vezes. A primeira, estávamos conhecendo o apartamento novo do seu Levi. Tranquilo, troquei a fralda no quarto, tudo certo. As demais já estávamos no salão de festas. Troquei a pequena na pia do lavabo, o maior malabarismo do mundo. Ela foi na festa só para fazer cocô, coitada. E eu, só para trocar fralda.

Banheiro do restaurante do hotel fazenda. Nesse banheiro tinha um daqueles trocadores que ficam presos na parede. Comecei a trocar a fralda da Mariana. A luz do banheiro era por sensor. De repente a luz apagou. O trocador ficava longe do sensor que, portanto, entendia que o banheiro estava vazio. Como acender novamente a luz no meio da troca da fralda? Tentei me mexer um pouco, pra ver se o treco se ligava que estávamos lá. Nada. O jeito foi continuar segurando a bebê no trocador e ir estendendo a perna para trás até que o raio do dispositivo percebesse meu movimento. Praticamente um balé para a troca da fralda. Detalhe: a luz apagou umas três vezes durante a troca.

Fraldário do Shopping Center Norte. Pra quem não conhece, o Center Norte é um dos shoppings mais lotados de São Paulo. Um verdadeiro formigueiro de gente. Num ato de imprudência fomos almoçar lá em um feriado. Nunca vi tanta gente junta. Mariana, claro, fez cocô. Aí soubemos que o shopping inteiro só tem um fraldário, que fica numa parte externa. Só para chegar lá já foi um calvário, no meio daquele povo ensandecido. Chegamos no fraldário e vimos uma fila gigante, pais, mães e bebês com fraldas sujas esperando a hora da troca. Nem pensar. Demos meia volta, fomos trocar a fralda no carro e aproveitamos para ir embora do programa de índio.

Mocotó. Mocotó é um restaurante de comida nordestina na Zona Norte da cidade. Lotado. Lotado. Lotado. Mariana, claro, não perdoou. Quando perguntei se tinham trocador, o garçom quase riu. Me levou para o escritório e a troca da fralda foi lá mesmo, entre os documentos e papeladas do lugar.

Paella do Pepe. Esse é um restaurante de Paellas, no Ipiranga. Praticamente uma casa que, por sinal, estava em reformas. Mariana de novo quis conhecer o fraldário. A garçonete, muito simpática, disse que tinham sim um trocador. Aleluia. A garçonete foi nos guiando até o banheiro, pedindo desculpas pela reforma. Só esqueceu de me avisar a existência de um buraco no chão, estrategicamente escondido por um tapete. Não deu outra, estatelei no chão e sabe Deus como a bebê não fez nenhum arranhãozinho. Meu joelho, em compensação, dói até hoje. O pai acabou trocando a fralda da bebê, enquanto eu me recuperava da dor e do susto. Resultado: 20% de desconto na conta e um joelho roxo por várias semanas.


E você? Também tem aventuras de trocador?

sexta-feira, 21 de agosto de 2009

Marcelo Parte II - O batizado

Comadres, afilhado e filha - Que dia feliz!
Filha,

De novo um post para o afilhado Marcelinho. O dia do batizado dele, como já contei, foi muito lindo, muito feliz , enfim, um dia para guardarmos na nossa memória.
Só que tenho que contar sobre o batizado propriamente dito, para que a parte, vamos dizer, cômica, do dia, não se perca nas nossas memórias.
Senta que lá vem história.

Dia do batizado. Igreja Nossa Senhora do Brasil. Família e amigos reunidos. Tudo perfeito. Chega o padre, visivelmente entediado/mau humorado. Distribui os folhetos com o roteiro do batizado e inicia a leitura em tom monocórdico e beeem baixinho.
O Marcelinho começa a chorar. Eu, madrinha de plantão, logo dei a ele o folheto do batizado para ver se ele se distraía. Pareceu surtir efeito. Ele até se distraiu com o folheto. Em seguida, o Padre me fulmina com o olhar e adverte:
- Cuidado, a criança vai amassar o papel.
Levei o pito e tirei o papel da mão dele, já achando engraçado o mau humor do Padre e a bronca que havia levado.
E aí começou o berreiro.
O Marcelinho berrava sem parar. Sem parar mesmo. Nem um segundinho. Eu até tentei achar alguma coisa na minha bolsa que o distraísse. Encontrei um presentinho que você ia dar para ele mais tarde. Até que ele se distraiu com a embalagem por uns, digamos, 10 segundos. Em seguida reiniciou o berreiro.
O Padre, alheio ao choro, continuava a leitura monocórdica e cada vez mais baixo. Parecia estar em estado meditativo ou em transe, sei lá, o pequeno se esgoelando e o Padre fingia que não percebia.
Eu e a Silvana nos olhávamos com cara de “quequeéisso?” e prendíamos o riso. Assim foi toda a cerimônia. Marcelinho chorando horrores, o Padre robô lendo o folheto e nós nos entreolhando de vez em quando e morrendo de vontade de cair no riso. Mais tarde até comentamos que nos lembramos do tempo de colégio, quando tomávamos pitos das freiras e fingíamos estar super concentradas na bronca, quando na verdade estávamos morrendo de vontade de rir.
Fato é que Marcelinho, tadinho, chorou até o final. Fez-se o sacramento, foi ungido com óleo, devidamente abençoado por todos e, por fim, batizado. Terminado o ato o Padre disse lá um “sigam em paz” e foi embora sem dizer palavra.
Um Padre robô. Era o que faltava pra esse mundo acabar de vez.
A história rendeu boas risadas tarde adentro, durante o delicioso almoço na casa da Silvana.
O importante é que Marcelinho está batizado e eu sou uma madrinha orgulhosíssima do presente que ganhei.
O resto, é história pra gente relembrar sorrindo.

quinta-feira, 20 de agosto de 2009

Comprei e não usei


Minha gravidez foi uma TPM que durou nove meses. Meu mau humor era tanto que eu evitava todo e qualquer assunto que se relacionasse com gestação. E antes que as dúvidas surjam, esclareço que a Mariana foi muito, muito desejada e esperada. O mau humor era só resultado dos hormônios, nada mais.
Mas, voltando ao assunto, devido ao super mau humor, evitava os assuntos gravídicos. Não lia blogs de grávidas, não li nenhum livro de gravidez, não fiz curso de gestante, não conversava sobre o assunto. Nada. E por conta disso, acabei me dando mal em alguns quesitos. Principalmente no de compras. Comprei bastante coisa que não usei. E como algumas grávidas leem este blog, acho que contar sobre as minhas compras inúteis pode ser útil para alguém.

O que eu comprei e não usei:

Sling.Esse eu comprei depois da Mariana nascer e depois de ler algumas matérias sobre as maravilhas do sling. Li que podia carregar o bebê e continuar com as mãos livres. Que isso, que aquilo. Comprei pela internet e quando chegou o sling eu não sabia como usar. O folheto até que era bem explicativo mas na prática a Mariana não encaixava no negócio. Usei uma única vez no shopping e nunca mais consegui deixar na medida/posição correta. Assim, se você pretende comprar um sling, sugiro que você primeiro experimente. Há várias reuniões de mães slingueiras por aí. Vá até alguma delas e peça para usar. Experimente na prática para ver se se adapta antes de gastar quase 100 pilas e deixar o negócio de lado.

Haberman feeder. Já ouviu falar? É uma mamadeira que custa mais de cem reais e que, segundo ouvi dizer, muito se assemelha ao peito. Pelo que me contaram qualquer bebê se adaptaria a essa mamadeira e, melhor, não largaria o peito. Comprei na mesma hora. Na realidade, a mamadeira é feita para crianças com necessidades especiais (prematuros, bebês com problemas de sucção, etc) e parece que uma tal encantadora de bebês (que eu não sei quem é, mas acredito que seja um tipo de super nanny) indicou para os demais bebês pelas razões que eu já mencionei. O fato é que a mamadeira tem um monte de mini pecinhas, uma coisa super complicada de montar e de limpar. Usei umas 2 vezes e nunca mais. Não sei se a Mariana não teria deixado de mamar no peito se eu tivesse insistido nessa mamadeira, mas que foi dinheiro jogado fora, isso foi.

Higiapele. Achei que ainda se usasse mas aprendi na maternidade que o melhor é limpar o bebê somente com algodão e água. Nada mais. E é assim que eu faço até hoje. Nem lenços umedecidos eu uso. O frasco de Higiapele está lá, fechado. Alguém sabe de alguma outra utilidade para ele?

Seis roupinhas para a maternidade. No site da maternidade que a Mariana nasceu dizia para levar seis roupinhas. Mas faça a conta comigo. O bebê fica três dias na maternidade. Eles trocam a roupa uma única vez por dia. Quantas roupas são usadas? Três. Isso mesmo. Aí comprei seis roupinhas chiquetosas que mal couberam nela depois de sair da maternidade. Sugiro que você compre três bonitinhas, para usar durante o dia e leve outras três mais simples, tipo body e culote, para o bebezinho usar à noite. Assim, no final do dia você pede para a enfermeira trocar a roupa do seu bebê e ele dorme todo limpinho e confortável. Mais economia, mais higiene e mais conforto. Quer mais o quê?

Coisas RN. Não se empolgue no RN. Mariana nasceu com quase 4 kg e, obviamente, perdeu quase que instantaneamente tudo que era RN. Inclusive as fraldas. Assim, espere para comprar as coisas pequenininhas mais para o final da gravidez. O peso do bebê estimado no ultrassom varia em 15%, para mais ou para menos. Faça as suas contas e compre sem exagero.

Termômetro de banheira. Nem preciso explicar muito. Sua mão e o seu bom senso são o seu termômetro. Eu comprei um termômetro ultra fofo de patinho que só serve para ficar boiando no banho da Mariana. Economize outros tantos suados dinheirinhos.

Pagãozinho. Acho que é assim que se chama. São aquelas blusinhas que não fecham atrás. Eu ganhei alguns assim e não rolou. A bebê se embolava toda naquela blusa aberta. Mil vezes um body, vai por mim.

Sapatinhos. Outra coisa que a gente compra mil porque acha fofo e não usa nunca. Geralmente o bebezinho bem pequeno usa macacão, que dispensa o sapato. E aí os sapatinhos fofos ficam todos guardados. Contenha-se!

É o que me vem na memória agora.
E você? O que comprou e não usou??

segunda-feira, 17 de agosto de 2009

Marcelo

crédito da foto: Fernanda Bozza

Mariana,

não bastasse a chegada da Beatriz, neste fim-de-semana ainda tivemos o batizado do Marcelinho e eu tive a honra de ser a madrinha.
Foi um dia feliz, ensolarado e cheio de pessoas queridas.
E o bom da vida, filha, é isso, amigos, família, dias de sol, comida boa, conversa boa e Deus lá de cima, a nos proteger.

Agora um recado para o meu amado afilhado:


Marcelo,

Tenho certeza que fui das primeiras a saber que você estava a caminho.
Vi a barriga da sua mãe crescer, e esperei ansiosa o dia da sua chegada.
No dia que você nasceu, lembro, telefonei para a maternidade e seu avô disse com a voz cheia de orgulho: “Ele é lindo”.
E no dia seguinte confirmei a informação do seu avô.
Você é lindo. E esperto. E cheio de saúde. E muito, muito amado por todos.
E sua mãe me deu a honra de ser sua madrinha.
Espero corresponder à altura do cargo que me foi confiado.
Que os anos passem e você entenda que eu estarei sempre ao seu lado.

Meu querido afilhado,

Que Deus te abençoe, e os anjinhos da guarda te protejam.

Um beijo da sua madrinha que te ama muito,

Pat

Beatriz


Mariana,

Na sexta-feira, dia 14, chegou ao mundo a sua prima Beatriz.
Vamos deixar um recadinho para ela?

Beatriz,

Você foi muito esperada. Soubemos que você estava a caminho no dia 30 de dezembro do ano passado. Penúltimo dia de um ano que foi marcado por emoções variadas, umas muito felizes, umas muito tristes.
A notícia da sua chegada deu nova esperança ao ano de 2009. Sabíamos que a sua chegada traria a felicidade que faltava na família.
Enfim você chegou, linda, loira e muito cheia de saúde!
Seja bem-vinda a este mundão cheio de coisas incríveis para você ver e aprender!

Que Deus te abençoe,

Um beijo dos seus tios Pat e Fabio e de sua prima Mariana.

quinta-feira, 13 de agosto de 2009

Soberbinha



Mariana,

Não raro escuto por aí mães se gabando de filho que “-Tem 3 anos e nunca comeu doce”, “ -Mamou até 2 anos”, “ - Nunca tomou refrigerante”, “- Não come nada industrializado”; “ - Adora brócolis”, “- Não gosta de desenho animado” e por aí vai.
Não discuto as escolhas ou opções. Ao contrário, muitas delas são bem salutares até.
O que vejo como problema é a soberbinha que vem nas entrelinhas dos comentários. Noto um ar de superioridade ao ouvir alguém dizer “Meu filho não toma refrigerante”. Ok, super ótimo que ele não toma refrigerante, mas no que isso faz você ou o seu filho melhor que os outros?
E essa soberbinha, claro, não existe só no mundo da maternidade. Frequentemente vejo pessoas se gabando porque não fumam, não bebem, não comem carne vermelha, só comem alimentos orgânicos, blá, blá, blá.
E de novo noto o ar de superioridade, um arzinho de “olha como eu sou melhor que você porque não como carne vermelha nem tomo refrigerante”. Será mesmo que alguém é melhor ou pior pelo que come ou deixa de comer? Claro que não! Peloamordedeus!
Então filha, escute a sua mãe, não se deixe dominar por essa soberbinha boba, esse jeito tolo de tentar dizer ao mundo que se é melhor por isso ou por aquilo.
Fica o recado: suas escolhas pessoais não te fazem melhor ou pior do que ninguém, e só a você dizem respeito.
De gente chata, o mundo está cheio. Tente não ser mais uma. Conforme você for me conhecendo melhor, verá que detesto patrulhas, gente que se acha dona da verdade, enfim, que quer ditar regras para o mundo. Se eu posso desejar algo para você é que cresça autêntica, ética, e livre.
Falei?

Em tempo: você nunca tomou refrigerante, nunca tomou sopa de potinho e nem gosta de TV tanto assim. Eu não fumo, quase nunca bebo, não sou fã de carne vermelha e adoro uma coca-cola. Mas que fique entre nós, ok?

quarta-feira, 12 de agosto de 2009

Ainda sobre seu pai. O golpe da troca da fralda.


Mariana,

A história de hoje é sobre seu pai e a troca da sua fralda.
Estávamos nós bem no início da sua existência, talvez um mês, ou nem isso. Eu, de licença-maternidade, cuidava de você o dia todo. Seu pai, com uma certa culpa de não poder dispor desse tempo todo, ao chegar em casa queria colaborar.
Assim, chegou em casa e decretou:
- A próxima fralda é minha.
Eu, exausta pela jornada mamar-trocar-mamar-trocar, concordei e nem me levantei do sofá para fiscalizar.
Lá foi ele para o quarto. Sua avó Marlene foi junto, de plateia.
De repente começo a ouvir um certo falatório, uma agitação....
- Xi, ela ta fazendo xixi. Ai caramba, pega a fralda! Xi, ta fazendo cocô. Ai, e agora?
Fui lá ver.
No quarto, a cena não podia ser pior. Hoje dou risada, mas no dia, cheia de hormônios puerperais, juro que quis chorar.
O que aconteceu.
Seu pai foi te trocar. Tirou a fralda suja. Não colocou uma outra limpa embaixo do seu bumbunzinho poderoso. Veio o xixi. Ele se desesperou e te pegou no colo...xixi espalhado pelo trajeto. Aí, no colo dele, veio o cocô. Que para quem não sabe, é bem líquido quando se é bebê. Ele pegou uma roupinha sua e colocou no seu bumbum, tentando conter a sujeira. Claro que não adiantou.
Quando cheguei no quarto, era você, seu pai, a camisa do seu pai, o trocador, sua roupinha e até o tapete sujos. Uma lambança.
Dez da noite e lá fui eu. Te dar banho, lavar tapete e colocar as roupas de molho.
Hoje ele troca fraldas com habilidade. Se bem que esse episódio o livrou da tarefa por um bom tempo.
Se foi golpe, deu bem certo.

sábado, 8 de agosto de 2009

Seu pai.


Mariana,

Seu pai,

parecia criança ao saber que eu estava grávida.
acompanhou a gravidez passo a passo.
foi a todas as consultas médicas e assistiu a todas as ultrassonografias.
se pudesse, teria parido no meu lugar.
ficou completamente atordoado quando você nasceu.
te exibe para todos como um troféu.
se emociona todas as noites, quando te vê dormindo.
pensa que você faz parte do Cirque du Soleil, e te arremessa no ar, mesmo depois de uma mamadeira inteira de leite.
compõe músicas para você.
carrega todas as suas malas, malinhas, casacos e bolsinhas, de cá para lá, de lá para cá.
te carrega de cavalinho, te dá banho e te faz papinhas.
mostra para todos as quase mil fotos que tem de você.
te enche de beijos, até você chorar irritada com tanta agarração.
é alguém com quem você pode contar.
é alguém em quem você pode confiar.
te ama muito mais do que você possa compreender.
é muito mais feliz porque você chegou.

Já que você não sabe falar, te ajudo a dizer Feliz dia dos Pais!

Aproveito para mandar um beijo para o meu próprio pai e te dizer, filha, que se seu pai for para você, metade do que o meu é para mim, você já pode ter certeza de que tem o melhor pai do mundo!

sexta-feira, 7 de agosto de 2009

Ela já anda?




Mariana minha pequena,

Se eu ganhasse um tostão cada vez que tivesse que responder se você já anda, seus estudos já estariam pagos até a faculdade!
E você já anda?
Bom, você definitivamente fica em pé sem apoio por vários segundos.
E também consegue dar dois passinhos, bem cambaleantes, até cair no terceiro.
Se isso é andar, minha filha, eu cá tenho minhas dúvidas...mas fica o registro fotográfico do início da sua vida sobre dois apoios.
Pronta pra ganhar o mundo.
Pronta pra bater pernas por aí.
Não tenha pressa Marianinha! Um passinho de cada vez, para a gente se acostumar com a ideia de que nossa bebê -tão rapidamente - está se tornando uma pequena menina.



quinta-feira, 6 de agosto de 2009

Amigas queridas. Homenagem no Blog Gal Jalilah

Mamãe, Gracinha e Betinha - Amigas queridas


Filha,


a Gracinha, amiga super querida da mamãe, fez um post para você no blog dela.

Nem bem fez um ano e já tá ficando famosa!

Amigo, filha, é a família que a gente escolhe . E nesse quesito, graças a Deus, estou muito bem servida.

Espero que a vida também te presenteie com amigas tão maravilhosas quanto as minhas.




terça-feira, 4 de agosto de 2009

1 ano!



Minha filha,

Hoje você faz um ano.
Há exatamente um ano acordamos às cinco e meia da manhã e fomos para a maternidade. Parto marcado, após 41 semanas de espera. Chegando lá, formalidades de praxe, check in, formulários, escolhe quarto, faz exames, mede pressão, põe soro, põe avental, coloca touca, deita na maca e vamos. Tudo assim mesmo, prático, mecânico, automático.
Chega na sala de cirurgia. Um desinfeta, outro anestesia, um auxilia, outro abre a barriga, e de repente uma certa agitação:


- Vai nascer!


Um pouco mais de movimentação na sala e, de repente, o seu choro.
Neste instante tudo se humaniza. Tudo se transforma. O milagre da vida se sobrepõe a tudo e a todos.
Você chora porque nasceu. Nós, atônitos, sequer choramos. Um grande alívio por você ter nascido bem, com saúde, perfeita.
Colocam você entre nós dois, momento registrado nessa foto. Sinto o seu cheiro, beijo o seu rostinho, me apresento para você. Estava meio grogue por causa da medicação, tudo meio embaçado na minha cabeça. Só me lembro de agradecer a Deus pela benção recebida.
Nasceu a filha. Nasceram os pais. E nesse momento, um ano atrás, a nossa vida ganhou outra dimensão.

Hoje, olhando para trás, vejo que esse primeiro ano passou voando. Amamentação, fraldas, choros, noites sem dormir, visitas ao pediatra, fica de bruços, mamadeiras, vacinas, fica sentada, primeira febre, come frutinhas, toma suquinho, primeiros dentes, fica em pé, bate palminhas, tenta falar, tenta andar... Tanta coisa se passou em um ano. Tanta novidade, tanto aprendizado. Foi um ano e tanto. E por isso, hoje só temos que comemorar!



Parabéns minha filha! Que a sua vida seja sempre iluminada!

Há um ano.


Mariana,


Amanhã é o seu primeiro aniversário.
Ano passado, nesta data, era seu último dia de moradora da minha imensa barriga.
Lembro que passei o dia meio que bestamente. Tudo parecia banal demais, ante a grandiosidade do acontecimento do dia seguinte.
Almocei na sua avó. À tarde fomos a uma doceria. Comi uma torta de morango. Fui à perfumaria, comprei umas bobagens. À noite fui para casa com seu pai, que ontem me contou que aquele foi o dia de maior ansiedade da vida dele. Chegando em casa, a luz acabou. Ficamos nós dois, no escuro, meio quietos, muito apreensivos com o dia seguinte. Logo a luz voltou. Fomos deitar. Mas nessa noite, ninguém dormiu direito.
Parece que foi ontem. Mas, por outro lado, parece que você sempre existiu.

segunda-feira, 3 de agosto de 2009

Semana Mundial do Aleitamento Materno



Mariana,




o que eu tenho para te contar sobre amamentação?


Você mamou bem por quase quatro meses. Deixou, por conta própria, assim que foi apresentada ao mundo da mamadeira, quando voltei a trabalhar. Tive culpa por não te amamentar mais. O peito não rachou tanto quanto eu imaginava que iria rachar. E também não doeu tanto quanto as pessoas falavam que doeria. A pomada Lansinoh ajudou bastante. As conchas de amamentação também. Você mamava quanto queria e, talvez por isso, tive bastante leite. Mas houve noites em que você mamou, mamou, mamou, até o leite acabar e hoje penso que nessas noites você sentiu fome. Hoje me sinto culpada por isso também. Quando comprei a primeira lata de NAN, também senti bastante culpa. Parecia que estava te comprando crack. Concluo que amamentação e culpa parece que são duas coisas que andam juntas. Não acho que tem que ser assim; e se posso te ensinar alguma coisa desde agora, devo dizer que amamentar não determina o amor que se sente pelo bebê. Claro que devemos nos empenhar, claro que o leite materno é importantíssimo. Em um mundo de tanta informação, todo mundo sabe da importância e das vantagens de amamentar. Mesmo assim, a patrulha do aleitamento é, na minha opinião, insuportável. Informação é legal, patrulhamento sucks. As xiitas do aleitamento materno que me perdoem, mas essa discussão mais tortura as mães do que auxilia. Eu, felizmente, não tive problemas para amamentar. Nem por isso concordo com a vinculação amor/aleitamento.Do mesmo modo, acredito que parto normal, cesárea, cócoras ou domiciliar são apenas meios para atingir o fim maior, que é ter o filho. Mas essa já é uma outra conversa...
Assim minha filha, entenda que meu amor por você não está relacionado com a maneira como amamentei, nem por quanto tempo, nem com a forma que você saiu de mim.
É assim que eu penso. Pronto, falei.
Estamos conversadas?