domingo, 28 de fevereiro de 2010

De volta às origens.

Mariana anda com mania de se enfiar no meio da minha saia. Brinco dizendo que ela quer voltar para dentro da minha barriga. Só assim para ficarmos ainda mais grudadas. Ultimamente andamos na fase 'chicletinho e super bonder perdem fácil'.
Bom, mas já que quer voltar às origens, a levamos para conhecer a maternidade onde nasceu. Fomos visitar a pequena Luisa, filha dos nossos amigos Ana e Renato. Luisa é a segunda filha do casal, que já tem a linda Gabi. Muito diferente a chegada do segundo filho. A mãe, o pai, até os avós já têm uma cara descolada, todo mundo já sabe o que fazer. E também tem o primeiro filho na área, então tem que tomar cuidado pra não fazer ciúme e tals. Mas apesar de toda essa experiência, o que não muda é a alegria que é a chegada de um filho. Tivessem 10 filhos e Ana e Renato teriam 10 vezes a mesma cara de alegria, uma alegria tão legítima, tão verdadeira, que só vendo pra entender.
Aproveito para desejar para a Luisa, e para a família toda, muita saúde e muitas bençãos. Tudo de bom, queridos!
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Depois de conhecer o local onde nasceu, e aproveitando que estávamos nos arredores, fomos levar Mariana para conhecer a Avenida Paulista, cartão postal da nossa cidade. Renderam as fotinhos aí de cima, registro do momento turístico da família Couto.

quinta-feira, 25 de fevereiro de 2010

A estreia nos palcos!



Como plateia, né gente? Fomos ao teatro no domingo. A peça se chama “100 mais nem menos" e é indicada para crianças a partir de um ano e meio. Era a última apresentação, mas em breve entrarão em cartaz novamente. A Mariana curtiu muito e aplaudiu de pé! Depois teve aula de dança para crianças, outra folia. Tudo no Sesc Ipiranga. Programa BBB. Bom, bacana e barato. Delícia de domingo!

terça-feira, 23 de fevereiro de 2010

Desculpa aí, Suri Cruise

Eu não uso salto. Eu me lambuzo de sorvete. Eu brinco na pracinha.
Só não largo minha bolsinha, que é para não perder a pose.
Mesmo assim os paparazzi me perseguem!


Mariana.



Look do dia: shorts do pijama, regata aparecendo a barriga e tênis sem meia. Linda!

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Brincadeiras à parte, essa é Mariana curtindo o final de sexta-feira com seu papai. Passearam juntos na praça. Brincaram com o Zeca. E ela experimentou seu primeiro picolé de abacaxi. Claro, não largou a bolsinha!

sexta-feira, 19 de fevereiro de 2010

A volta do arado (Rubem Alves).



Segundo os poemas sagrados que contam das nossas origens, eu fui feito de coisas bem deste mundo: a terra, a água, o vento. E acredito que sim, pois eu amo essas coisas. Amo a terra, amo o vento, amo a água, e me sinto feliz no meio delas, minhas irmãs, continuação do meu corpo. Não sinto nostalgia dos céus. Assustam-me as sobrehumanas companhias. Quero o barco, a gaivota, o mar, as árvores, o vazio onde navegam as nuvens, planam as aves, flutuam as pipas, e os seus cheiros, cores, barulhos, gostos, memórias...

Amo também as coisas urbanas. A praça com os namorados, velhinhos e crianças, O coreto vazio, cheio de saudades, onde se ouvia a banda tocar. A mesa do bar, sorvete e refresco, conversas sem fim, as falas de amor. O concerto, o teatro, o cemitério. Já notaram como os cemitérios são tranqüilos? Os relógios param, respira-se um ar de muitos anos atrás. E as feiras e mercados, derramados de frutas e verduras – que continuam a ter as mesmas cores e cheiros, a despeito da inflação. Todas essas coisas moram dentro de mim. Acho, inclusive, que nós somos as coisas que moram dentro de nós. Por isso há pessoas que são bonitas. Não pela cara, mas pela exuberância do seu mundo interno. Há a estória da linda princezinha que foi enfeitiçada e, sempre que abria a boca, dela só saíam cobras, sapos e lagartos. Outras, quando falam, delas sai um arco-íris.

Fico triste pensando que, morrendo, não estarei mais aqui para cuidar dessas coisas e para dizer a elas que elas são belas. Gostaria que alguém houvesse que delas cuidasse. Dizem que isso é bobagem. Morreu, acabou. Mas, por enquanto estou vivo, e não posso deixar de pensar naqueles que tomarão o meu lugar. Desejo que as coisas que eu amo continuem a ser amadas e cuidadas, mesmo depois da minha partida. Sei que retomarei ao mundo vegetal- mineral de onde saí. Mas acontece que em mim vivem coisas que esse mundo mineral-vegetal não entende, pois ele mora no esquecimento. Estórias, poemas, canções, sonhos, rostos. Essas coisas são a alma do meu mundo e só sobreviverão se houver alguém que as ame como eu as amo. E é isso que as gerações mais velhas esperam dos jovens: uma cumplicidade nos objetos de amor. E é por isso que geramos filhos – não por acidente biológico –, mas porque em nós existe o desejo de alguém a quem possamos entregar o mundo que amamos, como herança. Eles cuidarão dele depois da nossa partida. Mas parece que as coisas não acontecem assim. E se a psicanálise elegeu o mito de Édipo como protótipo das relações entre filhos e pais, foi porque ela descobriu ódio e inveja, vingança e morte a separar as gerações. E até as estórias infantis dizem a mesma coisa: a madrasta envia a Branca de Neve para a floresta para ser morta pelo caçador. E assim as gerações se sucedem, sob a maldição da inimizade. Mas há um outro mito. Quando a Grécia se preparava para a Guerra de Tróia, mandou convocar seus heróis para as batalhas. Agamenon, Palâmades e Menelau foram encarregados de trazer Ulisses. Mas ele havia se casado, fazia pouco, e se deleitava com o filhinho recém-nascido. Nada lhe parecia mais terrível que uma guerra que o separasse da esposa e do menino. Resolveu passar- se por louco. Pôs um chapéu cônico na cabeça, atrelou um boi e um burro a um arado e pôs-se a arar a areia, onde semeava sal.

Palâmades desconfiou. E tratou de desfazer o embuste. Agarrou a criancinha e a colocou na direção da lâmina do arado que se aproximava. Ulisses fez o arado desviar-se em semicírculo, em torno da criança. E com isso se revelou. Teve de ir para a guerra...

Estória de ternura: um pai se trai para salvar o filho.

Sempre que se anuncia a geração de uma criança, anuncia-se também a repetição dessa estória imemorial. Muitos arados serão desviados... E com isso se anuncia a coisa mais bela que pode existir: os laços de amor que ligam as gerações que vão passando. E ficamos sabendo que haverá alguém para cuidar das coisas belas que amamos...

É POR ISSO QUE GERAMOS FILHOS – NÃO POR ACIDENTE BIOLÓGICO -–, MAS PORQUE EM NÓS EXISTE O DESEJO DE ALGUÉM A QUEM POSSAMOS ENTREGAR O MUNDO QUE AMAMOS, COMO HERANÇA
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Mariana,
Foi lendo esse texto, em agosto de 2006, na revista Bons Fluidos, que pensei pela primeira vez que gostaria de ter um filho. Naquele tempo acreditei que poderia dar o mundo de presente a alguém. Mas hoje sei que quem ganhou o maior presente do mundo fui eu mesma.
Obrigada, minha filha.

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Um grande beijo para outra Mariana, a Paduan, que ontem foi presenteada com a chegada da pequena Catarina.
Para a nova mãe, para a nova filha e para a nova família, meus desejos de muita alegria, muito amor e muita paz!

quinta-feira, 18 de fevereiro de 2010

Sentimentalismos exagerados. Carnaval. Saudades.

Princesas!

Campeonato de cara feia!


We're family!

Sem confete não tem Carnaval!



Mais princesas!


Hula Hula!





Acaba não mundão!


Tia Rô no test-drive



Minhas sobrinhas são lindas!!!!!!


Outro dia li aqui, no incrível blog do Nicolau, uma advertência para o risco de, ao escrevermos sobre filhos, incorrermos em sentimentalimos exagerados. Há quem saiba se sair bem nessa tarefa. Nicolau, por exemplo, sabe com maestria.
Refleti sobre isso e percebi que esse blog da Mariana é um poço de sentimentalismos exagerados. Não consigo escrever nada que não seja me derramando em amores e lágrimas e sentimentalidades. Porque é assim que me sinto. Porque é assim que a maternidade se revela em mim.
Não sei quanto a você, mas não consigo conter lágrimas quando me vejo diante do milagre que é ter filhos. Outro dia, na piscina, chorei ao ver Mariana se sustentar sozinha na água com aquelas boias de braço. Chorei por vê-la independente, livre, sorrindo por estar sozinha na piscina. Não consigo não projetar essa pequena conquista para o futuro, para a independência, para uma filha criada para o mundo, e não para mim. E assim sigo me emocionando, por vê-la crescer, por vê-la se desenvolver e por querê-la tão minha e ao mesmo tempo, tão independente.
E vou prosseguir nos sentimentalismos exagerados porque não sei ser diferente.
Agora o Carnaval.

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O Carnaval foi uma delícia. Só de estar quatro dias ao lado da pequena, do marido e dos queridos já seria ótimo. Quando tudo isso acontece no sítio delicioso, com um sol lindo, piscina e cerveja, ah meu amigo, aí vira Mastercard...não tem preço!
Fomos para o Sítio do pai da minha cunhada, nosso reduto oficial de Carnaval.
As crianças se fantasiaram, teve confete, marchinha e alegria sem parar. Claro que com cinco crianças reunidas teve também muito chororô, muita briga por panelinha, teve tombo, teve febre no meio da noite, teve criança que não dormiu, teve criança que acordou cedo, enfim, tudo o que rodeia esse incrível universo particular.

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Maravilhoso poder estar mais perto de meus irmãos, cunhadas e sobrinhas queridas. São Paulo é uma cidade muito grande. Moramos longe uns dos outros e os contatos se reduzem aos finais de semana. Impossível não pensar como seria gostoso poder conviver mais, ter mais dias assim deliciosos. Mariana ama as primas Bruna e Victoria. Depois do Carnaval fala delas sem parar. Como seria bom se elas pudessem conviver mais, hein, hein?

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Menção honrosa ao meu irmão Beto e minha cunhada Roberta, futuros candidatos a futuros pais, que se saíram muitíssimo bem no test-drive que lhes foi oferecido. Testaram desde bebê de sete meses até criança de cinco anos. Conheceram o “dark side” da coisa. Ouviram choros no meio da noite. Viram quantas fraldas precisam se trocadas. Quantas papinhas precisam ser feitas. Viram a realidade nua e crua e não se assustaram. Tia Roberta desempenhou com destreza a habilidade de embalar bebês, que dormem automaticamente em seus braços. Criou ainda uma incrível competição anti-chororô que funcionou muito bem.(Mariana perdeu a competição, Rainha do Chororô nomeada e entronada). Mas eles também conheceram mais de perto a alegria que é ter um filho ao alcance da mão e, tenho certeza, muito em breve vão mudar de time.
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Hoje minha avó Hebe faria aniversário. Já morreu faz muitos anos, mas lembro dela quase todos os dias. Coisa melhor da vida é ter avó. Saudades imensas.

quinta-feira, 11 de fevereiro de 2010

Crônica de um avô

Apenas para situar.
Mariana é cuidada pelos avós, como todos já sabem. Os avôs são super participativos, à exceção do quesito "troca de fraldas" que é restrito às avós. Vovô Mario até sai do recinto quando o assunto é cocô.
Hoje recebi esse e-mail dele. Chorei de rir e acho que vocês também rirão.
O assunto do carro é porque o avô acha mico passear com a Mariana na praça com o carrinho novo. Acha que os aposentados que jogam dominó vão rir da cara dele. Mas pelo jeito foi vencido pela neta, que adora o veículo.

O e-mail:

Os "micos" do dia:

1- Me encontrei fazendo minha caminhada matinal na praça,

levando a reboque o "carro" de minha neta, por várias voltas.

A vizinhança deve ter adorado!

2- No almoço , eu a Mariana , o pai dela, e a avó, sentamos à

mesa, e todos, com exceção dela, tentando fazê-la almoçar.

Os esforços foram em vão, os motivos se explicam em seguida.


Após a higiene bucal, o pai se mandou com a avó necessitada

dos préstimos profissionais do boticário.


O avô foi assistir os programas favoritos dele junto com a neta,

o "cocoricó" , pablo, etc.etc..


Não custou muito , lá foi ela para o "cantinho", e não foi por pouco

tempo.


Pronto, a necessária inspeção, que "obreira" , 360o de pura

matéria processada.


Cadê o pai, nada , cadê a vó, nada , olhei para o Zeca que balançou

a cabeça , querendo dizer não vem não, restou-me a minha mãe

que sendo centenária não escutou ou não quis escutar meus berros.


Nunca me disseram que avô é também para isso.


Fechei os olhos , pregador no nariz, seja o que Deus quiser.


O mais espantoso era a cara que a Marina fazia pra mim , o que será que

ele vai fazer?


A constatação, pelo material encontrado , o depósito deveria estar

lotado , daí a impossibilidade de almoçar , por pura falta de espaço.


A despi convenientemente , tirei os excessos , acredito eu, fomos

para o chuveiro , aiii tá quente vô , percebi que antes tinha que

regular a temperatura , mas não podia demorar pois havia resíduo

em locais que não deveria ter, tinha que agir com toda presteza.


Seguiu-se a necessária colocação de xampu, enxaguamento,

secagem , dobras , retrancas, e finalmente untá-la com os cremes

terapêuticos, tudo isso preocupado que o comandante Hamilton e o

Datena não vissem as cenas , pois certamente estaria no jornal

das sete como um miserável pedófilo , em seguida o senador

evangélico abriria uma sessão da CPI em minha casa.


Após esse calvário ela estava novamente acesa brincando e em seguida

capotou para o merecido repouso , e o avô tendo toda a semana do carnaval

para se refazer deste tsunami que enfrentou.


quarta-feira, 10 de fevereiro de 2010

Que coisa louca. Que coisa linda. Que os filhos são.




Mariana,

Final de tarde ensolarado. Cheguei na sua avó Marlene para te buscar. Ela me disse que você estava lá na praça com seu avó. Fui lá encontrar vocês. De longe avisto uma menina (veja bem, uma menina, não um bebê) passeando pela praça. De vestido curto e boné virado para trás. Quando a distância se encurta vejo que é você, minha filha, tão grande quando vista assim à distância.
E aí seu avô te avisa:
- Olha quem chegou.
E você me vê, abre um sorriso e vem correndo em minha direção, de braços abertos e gritando:
- Mamãe! – Mamãe! – Mamãe!
O pai que passeava de bicicleta com o filho parou para ver a cena. Olhou com olhos de quem tem filho e sorriu, sabendo o valor daquele momento.
Você veio para os meus braços. Te ergui para o céu e depois girei com você, que deu gritinhos de alegria. Te abracei. Feliz por você existir. Feliz por ser sua mãe. Feliz por você ser minha filha. E agradeci silenciosamente, pela vida ser tão boa assim comigo.
Tem dias que a vida da gente ganha contornos de comercial de margarina.

segunda-feira, 8 de fevereiro de 2010

Três aniversários.

Primeira festa. A força atrativa dos pinguins.
Fomos a três festas de aniversário. A primeira foi a do Lorenzo, vizinho da vó Marisa e atual colega de natação da Mariana.
Antes, pela manhã, fomos comprar umas mudas para a horta. Na loja, Mariana viu um pinguin de geladeira, desses de louça. Pirou no pinguim, bicho que ela adora por causa da música do Toquinho. Comprei.
Na hora da festa Mariana agarrou no pinguim e não soltava por nada. Desencanei. Quer levar pinguim na festa, que leve. Meio bizarro a criança chegando na festa com um pinguim de geladeira, mas beleza, cada um no seu quadrado.
Chegando lá, para nossa incrível surpresa, muitos pinguins espalhados pela casa. Uma infinidade deles. O pai do Lorenzo coleciona pinguins. A mãe do Lorenzo, aproveitando que o pai está na Antártica, resgatou a coleção, que virou o tema do aniversário. Pinguins de todo o tipo espalhados pela casa. Lindo. E o pinguim da Mariana se juntou ao grupo e fez parte da decoração.
Na hora de ir embora levamos o pinguim conosco. Mas acho que ele devia ter ficado ali, tão bonito, junto do seu grupo. Vou discutir o caso com a Mariana e despachamos o nosso querido Pin para lá.

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Segunda festa. Marcelinho meu afilhado lindo. Mariana se diverte. Estamos famosos!
O primeiro aniversário do Marcelinho, meu afilhado, foi mais do que comemorado. Uma festa linda, para comemorar com muita alegria a chegada desse menino que iluminou a família. Mariana se fartou. Brincou na cama elástica, na piscina de bolinhas, andou no trem e até naqueles elevadores que despencam (claro que na velocidade 1). Muita diversão. Uma delícia.
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Agora o episódio da fama.
Esse blog tem basicamente três categorias de leitores: minha família, alguns amigos e mães blogueiras.
Eis que na festa uma amiga da Sil, mãe do Marcelinho, me vê e pergunta: -Você é a Pat? E no que eu digo que sim ela diz: - Sou leitora do seu blog! Já chama o marido falando: - Olha, a Pat, do blog! E ele vem, me parabeniza pelos textos e querem conhecer a Mariana e o Fabio, grandes protagonistas desse diário virtual.
Então, Ju, minha querida leitora, tenho que dizer que você é a primeira leitora voluntária, e que não se encaixa em nenhuma das categorias acima.
Muito obrigada pela audiência e um beijo para a sua filha que é uma boneca!
Observação: me senti o próprio Paulo Coelho.

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Terceira festa. Uma lição de vida.
Refleti muito antes de escrever sobre esse terceiro aniversário. Mas penso que uma história de fé pode auxiliar alguém que esteja em situação semelhante. Para quem acompanha esse blog, sabe que há três meses perdemos uma criança na família. Ele faria aniversário hoje. No sábado, sua mãe, num ato de bravura, amor, fé e superação, preparou a festa que seria para seu filho em um orfanato, e proporcionou a crianças carentes um dia inesquecível. Estampava um sorriso no rosto. A família estava lá também. Sabemos que não foi fácil. Mas a alegria que ela proporcionou àquelas crianças, hipnotizadas pelo teatrinho, as fantasias, a decoração, os doces, tudo, devem ter ajudado um pouco a melhorar essa dor. Ela poderia estar trancada em um quarto chorando. Mas transformou dor em amor. Pedro estava lá no sábado. Tenho certeza disso. Um exemplo de mulher. Um exemplo de força admirável.

E foi esse o final de semana. Cheio de emoções. E com três exemplos de grandes mães. Parabéns para todas!

Fico devendo fotos!

sexta-feira, 5 de fevereiro de 2010

Polemizando um pouco.

Bora polemizar.
Paloma começou o tema. Roberta abraçou a ideia. E aí chovem comentários sobre parto domiciliar, humanizado, natural, normal, vertical, horizontal e oblíquo.
Ninguém aqui quer discutir o que é melhor ou pior. Para o bebê, ninguém discute, parto normal é infinitamente melhor que cesárea. Suas variantes? Não sei realmente qual a melhor.
Mas esse é realmente o ponto da maternidade?
Penso que não.
Desde que me descobri grávida, meu único foco era ter minha filha nos meus braços. Cheguei no médico, comemoramos a notícia e minhas primeiras palavras foram “adoraria ter um parto normal, mas você é quem sabe o que é melhor para mim e para o meu bebê.” E seguimos nesse pensamento sempre.
Eu sei que para ter o parto normal eu teria que ser mais ativa do que deixar nas mãos do médico. Claro que para ele, marcar um parto é mais confortável do que aguardar horas a fio até que o bebezinho nasça. E pode ser que ele tenha realmente preferido a cesárea. Mas aguardou 41 semanas, não marcou antes e para mim foi o suficiente.
Minha filha hoje completa 18 meses. É a razão da minha vida. Não há nada que se compare ao amor que sinto por ela. E tenho certeza que esse amor imenso não seria um milímetro maior se ela tivesse saído de mim pela minha vagina ou chegado em minha casa dentro de uma cestinha.
Não sei se a idade faz diferença mas, talvez, ter engravidado aos 36 anos tenha me feito ver o que realmente é importante nessa vida. Com a idade a gente percebe que a essência é o importante. Forma, meio, processo, tudo se dissipa para atingir o fim. Fins são mais importantes que meios. O modo como você vai viajar, se trem, carro ou avião, não determina a qualidade das suas férias. Fazem diferença, sim, mas não definem. E o parto, penso, é um meio para atingir o fim maior, que é o filho. O parto é um meio como tantos outros, dentre eles o processo de adoção. Ter parto domiciliar, humanizado ou qualquer outro, não te faz mais mãe do que eu. E acho que é nesse ponto que a discussão perde seu rumo. O que é melhor em termos médicos não significa melhor em termos de amor. As opções de parto que você fizer não influenciarão a mãe que você vai ser. Claro, dirão muito sobre o que você quer da vida, dirão muito sobre sua determinação, mas tenho certeza absoluta que não te farão uma mãe melhor.
Por isso, antes que você se culpe (a culpa, de novo a culpa) pelo seu parto não ser do jeito que você idealizou, seja por questões de saúde, financeiras ou quaisquer que sejam, saiba que ser mãe é muito, muito, muito mais do que isso.

quinta-feira, 4 de fevereiro de 2010

Ela.


A cada três posts que leio ela está lá.
A culpa materna.
A mãe vai, conta um fato e culpa. A outra vai, contra um feito, e culpa. Culpa por trabalhar, culpa por não ter tempo, culpa pela bronca atravessada do outro dia. Culpa. Acho que a culpa nasce junto com o bebê. Sai o bebê, a placenta e a culpa. Ela estava lá, no útero, desde o primeiro dia que você se soube grávida e pensou “ai meu Deus, tomei cerveja ontem, fez mal para o bebê”. E ela não aparece no ultrassom, mas mora nos seus pensamentos. E se, ao nascer, dos seus peitos não jorra leite de uma vaca holandesa, culpa. O que foi que eu fiz de errado para o leite não ser tipo A? E aí seu filho tem a primeira febre e você revê seu dia anterior, procurando onde errou, que vento ele tomou por culpa sua.
Culpa. Cada uma tem a sua. Eu, por exemplo, não tenho culpa de trabalhar. Mas tenho culpa por ficar muitas horas ausente. Tenho culpa de dançar. E atraso a volta às aulas porque acho que essa hora e meia dançando farão falta para minha filha. Tenho culpa de banhos longos. Culpa por estar cansada. Culpa por ela não dormir tão bem, coisa que cabia a mim ensinar. Se não ganhou peso, minha culpa. Se foi picada por um mosquito, onde eu estava que não matei o dito cujo? Culpa. Se está chorosa, ai meu Deus, que foi que eu fiz para deixá-la assim? Que atire a primeira pedra aquela que não sentiu culpa.
E tem remédio?
Não sei.
Porque esse não é um post com resposta. É só uma reflexão.

quarta-feira, 3 de fevereiro de 2010

Tecla SAP

Mariana fala muito. E geralmente muito bem. Mas às vezes podia vir com uma tecla SAP para dar uma ajudinha.

Alguém traduz essas novas palavras?
Papo
Potcha
Potio
Pita
Chem
Achão

Um ponto para cada acerto.


Pela ordem: sapo; bolsa; copo; periquita; vem e avião.


Não basta ser mãe, tem que saber traduzir.

terça-feira, 2 de fevereiro de 2010

O projeto Dorme Mariana. Atualizações.

Iogurte faz bem para a pele

Já que me comprometi com o projeto, tenho que registrar que as duas primeiras semanas foram muito melhores do que esperávamos. Mariana tem dormido muito mais cedo do que de costume.
O que foi decisivo para melhorar a questão do horário de dormir:
- Estabelecer a rotina
- Controlar as sonecas diurnas
- Diminuir o ritmo da casa 1 hora antes do horário previsto para dormir
- Substituir a TV por um livrinho
E seguido este roteiro, os carneirinhos chegam de mansinho e quando vamos ver Marianinha dorme o sono dos justos.

Tiro o meu chapéu para o livro Soluções para noites sem choro, que dá dicas sensatas para melhorar toda essa questão. As oito dicas principais eu reproduzo aqui e você, que me lê, que compre o livro e engorde a conta bancária da Sra. Elizabeth Pantley.
As dicas:
1. Mantenha horário consistentes para dormir e levantar sete dias por semana
2. Incentive cochilos regulares todos os dias
3. Ajuste o relógio biológico do seu filho
4. Desenvolva uma rotina consistente para dormir
5. Crie um ambiente aconchegante para dormir
6. Ofereça a nutrição certa para melhorar o sono
7. Ajude seu filho a permanecer saudável e em forma
8. Ensine seu filho a relaxar para adormecer

Agora a real. E que Mariana não nos ouça. Já falei e repito. Detesto rotina. Detesto. Abomino. Gosto das coisas desordenadas. Gosto da liberdade. Gosto de um dia diferente do outro. E essa coisa de rotina para dormir está é bem chatinha. Todo dia a mesma coisa. Todo dia eu e Mariana naquela conversinha mole, naquela luz baixa, silêncio até que ela acaba dormindo. Deve é ficar entediada com esses dias todos iguais. Monótonos....Saudades dos dias que ela pulava feito louca até dizer “qué naná mamãe” (tudo bem, eram 2 da madrugada...) Mariana agora dorme cedo. E eu tenho saudades de ficar mais com ela. Tenho saudades das farras noturnas. Da música alta. Das brincadeiras animadas. Agora nossa casa é quieta. Agora somos todos zen depois das oito e meia. Chato. Chato. Chato.
Mas sei que o melhor para ela é dormir mais cedo. Então, entre a diversão e a obrigação, sigo no meu dever de mãe, que é colocá-la nos bons trilhos sempre.
E não me peçam coerência, que coerência não está entre as minhas dez maiores qualidades.

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Agora a Fase II do projeto. (esse post está se alongando demais...)
Conforme também prometi, assim que Mariana engrenasse nessa de dormir mais cedo iríamos começar a Fase II que seria (ia...ia..ia..) fazer com que ela não acordasse mais no meio da noite.
Mãããs.....
Primeiro que a Sra. Soluções para noite sem choro disse que é normal a criança até 3 anos acordar no meio da noite. Na verdade, há dados estatísticos sobre isso. Pode comprar o livro. Está tudo lá.
Segundo que essa mesma Senhora diz que a coisa mais difícil é tirar essa mamada noturna.
Terceiro que está me dando preguiça até de pensar em começar o projeto que eu mesma criei.
Entonces, cancelada a Fase II até segunda ordem.
Já basta a pequena dormir cedo. Por mim está mais do que suficiente.

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Agora para você, minha filha querida,

Não vou mentir e dizer que dormir oito horas ininterruptas não é uma coisa maravilhosa. Mas, filha, não é o fim do mundo acordar uma vez, te pegar nos braços, te dar um leitinho e ver você voltar a dormir, como um anjinho. O projeto Dorme Mariana funcionou tão bem, que, tenho certeza, se quiséssemos, a Fase II também funcionaria. Mas vamos adiá-la. Cada coisa a seu tempo.
E às vezes, filha, a gente sossega só de saber que há solução. Só isso.