tag:blogger.com,1999:blog-85614026942147579912024-03-13T09:54:07.496-07:00Para MarianaPatriciahttp://www.blogger.com/profile/07925603234574891052noreply@blogger.comBlogger214125tag:blogger.com,1999:blog-8561402694214757991.post-15722882705096707392012-04-16T07:57:00.002-07:002012-04-16T07:59:20.656-07:00Conversinha antes de dormirA mãe pirando a filha:<br /><br />- Mariana, por que você saiu da minha barriga filha? Por que você não ficou lá dentro?<br /><br />Pausa. Para. Pensa.<br /><br />- Mamãe, você não gosta de ter uma filha?<br /><br />Digo que sim.<br /><br />- Então mamãe, eu saí da sua barriga para brincar com você!<br /><br />E arremata sorridente e galhofeira:<br /><br />- Ai, mamãe, você não acredita em cada coisa que eu falo, hein?Patriciahttp://www.blogger.com/profile/07925603234574891052noreply@blogger.com6tag:blogger.com,1999:blog-8561402694214757991.post-56311197714683163892012-04-05T13:33:00.002-07:002012-04-05T13:36:55.272-07:00Boa Páscoa!<a href="http://3.bp.blogspot.com/-pbf9LTca3kQ/T34B06LLn0I/AAAAAAAAAvg/hLjWFJIO2KQ/s1600/foto.JPG"><img style="margin: 0px auto 10px; width: 240px; height: 320px; text-align: center; display: block; cursor: pointer;" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5728017784542830402" border="0" alt="" src="http://3.bp.blogspot.com/-pbf9LTca3kQ/T34B06LLn0I/AAAAAAAAAvg/hLjWFJIO2KQ/s320/foto.JPG" /></a>Patriciahttp://www.blogger.com/profile/07925603234574891052noreply@blogger.com5tag:blogger.com,1999:blog-8561402694214757991.post-90254608530946001822012-03-07T16:43:00.000-08:002012-03-07T16:45:59.604-08:00Mais da filha desapegada. Ou: O vídeo que Mariana vai assistir quando completar 18 anos<iframe width="420" height="315" src="http://www.youtube.com/embed/8hueIioyecQ" frameborder="0" allowfullscreen></iframe><br /><br />O vídeo é repetição de um primeiro chilique ocorrido no dia anterior. Trocamos o carro velho por outro novinho em folha. Chego em casa animada com a troca e convido Mariana para uma volta. A <a href="http://patricia-couto.blogspot.com/2011/04/vendo-ovos-de-pascoa.html">budista</a> chilica geral: - Não gosto de carro novo! Acho muito chato carro novo! Eu só gosto de carro velho. <br />No dia seguinte, ao entrar novamente no carro e perceber que era o novo já pergunta: - É o carro novo mamãe? E ao ouvir que sim começou de novo a ladainha do vô não, quero não, gosto não. Mas dessa vez gravei. Agora vou guardar para a posteridade e quero ver reclamar de lata velha quando aprender a dirigir.Patriciahttp://www.blogger.com/profile/07925603234574891052noreply@blogger.com6tag:blogger.com,1999:blog-8561402694214757991.post-44608068222937697652012-03-01T10:15:00.002-08:002012-03-01T10:16:28.293-08:00Virando a mãe que eu sempre detestei.Quando eu era criança, sei lá, primário, hoje ensino fundamental, 8, 9, 10 anos, não sei, tinha uma coleguinha que aqui vou chamar de Ana Maria. Com o mundo globalizado talvez ela até chegue a ler esse post e reconhecer-se nos fatos, mas pelo amor, Ana Maria, não me interprete mal.<br />Pois lá no meu colégio, e creio, no de todo mundo, quando tinha passeio a criança recebia uma filipeta de papel, por meio da qual perguntavam aos pais se autorizavam a criança a ir ao passeio. A filipeta tinha dois quadradinhos. Um sim. E um não. Meus pais sempre marcaram sim. E eu ia feliz ao retiro em algum lugar perto de São Paulo, dar uma rezada e comer um lanche comunitário, ia visitar asilo de freira em Itu, enfim, esses passeios encantadores e tão típicos de escola católica. No máximo rolava circo ou feira do livro. Mas Playcenter, a meca da diversão da época, esse não tinha conversa não... Fosse qual fosse o passeio, minha filipeta vinha com o sim. E beleza, tudo certo.<br />Tinha também quem não pudesse ir. E aí a filipeta vinha com o não. Sem problema, pai não deixou, filho não vai. A regra era clara.<br />Mas tinha a Ana Maria. A filipeta vinha sempre com um não. E no verso, praticamente uma monografia no pouco espaço que havia. Eu, com minha mente fértil de sempre, imaginava a mãe ou o pai dela esculhambando a escola e esclarecendo tim tim por tim tim as razões da negativa. Nem sei se Ana Maria ligava para o não, nem sei se ela se importava com a monografia no verso. Mas eu, ah gente, eu morria por dentro. Em tempos em que não existia o termo vergonha alheia eu claramente sentia vergonha alheia. Pensava indignada que os pais bem podiam só não deixar e não fazer a menina entregar aquele bilhete vexatório, cheio de esclarecimento. Gente, pra que tanto discurso? Nossa, era isso e a garrafinha de toddy que um outro garoto tomava todo recreio. Para mim, garrafinha de leite com toddy era a morte. Juro. Podia ser suco, chá, água ou até cachaça. Mas leite. Ai, leite me fazia ter dó imediata da criança. Era isso, uma dó imensa da Ana Maria, uma dó porque ela não ia nos passeios divertidos, não cantava no ônibus, não comprava borracha gigante em Itu e, mais que tudo, porque ela tinha que passar por aquilo que eu achava ser o maior vexame. Naquele tempo eu só queria ser igual. Só queria ir aos passeios, ou talvez não ir, mas não queria chamar atenção pra coisa nenhuma, muito menos pra pai e mãe que fazem discurso. <br />Tudo isso pra dizer que hoje, quase meio século e uma filha a tiracolo depois, eu estou pra virar a própria mãe da Ana Maria. <br />Como Mariana é pequena, traz consigo todo dia uma agenda, meio de comunicação entre a escola e os pais. Ai gente, aquela agenda tão novinhas, aquelas linhas tão tentadoras... Nossa, como eu queria fazer uma monografia por dia. Como eu queria contestar cada linha, tecer uma teoria para cada um dos recados inocentes que recebo, opinar sobre cada mínimo detalhe. Tenho texto pronto até para o que ainda não é recado. Tenho resposta pra tudo, inclusive para uma autorização de passeio, que ainda que decretasse o sim, viria com um MAS no verso, cheio de opiniões e recomendações. Mãe quer mesmo falar. A mãe da Ana Maria falava, enquanto as outras mantinham a linha. Vamos ver até onde me seguro.<br /> (Por ora sigo escrevendo aqui, até Mariana aprender a ler e descobrir que no blog o que faço não é muito diferente daquilo que sempre condenei. Patricia Couto. Há décadas cuspindo pra cima.)Patriciahttp://www.blogger.com/profile/07925603234574891052noreply@blogger.com12tag:blogger.com,1999:blog-8561402694214757991.post-22072879884726860072012-02-17T09:52:00.002-08:002012-02-17T09:59:46.825-08:00Conversinhas<a href="http://2.bp.blogspot.com/-6Z29bpiY_dY/Tz6UI67KwbI/AAAAAAAAAvM/RQK_qLrhno0/s1600/mariana%2Bfesta%2Bescola%2Bbuenos%2Baires%2Be%2Bniver%2B3%2Banos%2B140.JPG"><img style="margin: 0px auto 10px; width: 320px; height: 240px; text-align: center; display: block; cursor: pointer;" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5710164258529657266" border="0" alt="" src="http://2.bp.blogspot.com/-6Z29bpiY_dY/Tz6UI67KwbI/AAAAAAAAAvM/RQK_qLrhno0/s320/mariana%2Bfesta%2Bescola%2Bbuenos%2Baires%2Be%2Bniver%2B3%2Banos%2B140.JPG" /></a>Tirando a pequena do banho e corujando:<br />- Filha, ninguém nesse mundo tem uma filha tão linda quanto a que eu tenho.<br />- Tem sim, mamãe. O papai tem.<br /><br /><br />Pedindo que eu lhe desse a mão:<br />- Claro filha, te dou todas as mãos que você quiser.<br />- Não mamãe, você não pode me dar todas as mãos que eu quiser que você não é um polvo!<br />(tá bom que eu não sou polvo, tá bom...)<br /><br /><br />Puxando um papo.<br />- Filha, você está aprendendo a história da Cachinhos Dourados na sua aula de inglês?<br />- É mamãe. Ela se chama Gold LOPES (Goldilocks seria o correto).<br />(E eu viajo imaginando uma cachinhos dourados latina e com a cara da J-LO)Patriciahttp://www.blogger.com/profile/07925603234574891052noreply@blogger.com4tag:blogger.com,1999:blog-8561402694214757991.post-64825244433551977072012-02-09T05:06:00.002-08:002012-02-09T08:23:17.923-08:00Normais!?<div><div>Mariana, revirando os DVD's de casa, encontra um e decreta:parece você e o papai, mamãe!</div><div> <img style="margin: 0px auto 10px; width: 220px; height: 220px; text-align: center; display: block; cursor: pointer;" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5707122061142317778" border="0" alt="" src="http://2.bp.blogspot.com/-gymYRhgrpI4/TzPFRugu2tI/AAAAAAAAAu0/nL4gSE3jlFg/s320/normais.jpg" />Será que ela tem razão?</div><div> <img style="margin: 0px auto 10px; width: 240px; height: 320px; text-align: center; display: block; cursor: pointer;" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5707122355638161122" border="0" alt="" src="http://1.bp.blogspot.com/-YM2LMWHx0bg/TzPFi3mAzuI/AAAAAAAAAvA/COpWh69SuiI/s320/164.JPG" /></div></div><br />(foto tirada pela Mariana, claro!)Patriciahttp://www.blogger.com/profile/07925603234574891052noreply@blogger.com5tag:blogger.com,1999:blog-8561402694214757991.post-2477736980852330662012-02-08T04:15:00.000-08:002012-02-09T03:10:18.411-08:00O parto do Para Mariana. Blogagem coletiva.<a href="http://4.bp.blogspot.com/-cZ2U-DWG00E/TzOpjjDkmKI/AAAAAAAAAuo/s-n6apqL_RM/s1600/BLOGAGEM%2BCOLETIVA%2B-%2BNASCIMENTO%2BBLOG.jpg"><img style="margin: 0px auto 10px; width: 133px; height: 200px; text-align: center; display: block; cursor: pointer;" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5707091580979288226" border="0" alt="" src="http://4.bp.blogspot.com/-cZ2U-DWG00E/TzOpjjDkmKI/AAAAAAAAAuo/s-n6apqL_RM/s320/BLOGAGEM%2BCOLETIVA%2B-%2BNASCIMENTO%2BBLOG.jpg" /></a><br /><div><br />Começou lendo o Leve um casaquinho, esse lindo blog da Bibi da Pieve, que veio ao meu conhecimento não me lembro como. Só sei que comecei a ler e achar incrível. Quis fazer igual. Um relato desses momentos tão ricos que a maternidade proporciona. Então lá pelos dez meses da Mariana comecei a escrever. Aliás, acho que foi lá por essa época que eu dei o primeiro respiro, depois do mergulho fundo que é a maternidade. Só nesse momento fui capaz de olhar um pouco mais de longe a relação mãe e filha e consegui um pouco do distanciamento necessário para poder escrever. Coincidiu com a época em que a Mariana já engatinhava, ou seja, ngatinhávamos as duas, uma rumo à independência, outra rumo ao que? À vida blogueira? Pode ser.<br />O primeiro post, como a maioria dos demais, saiu do coração. Não precisava escolher palavras. Elas já moravam aqui dentro de mim, querendo se tornar frases que se aproximassem ainda que minimamente da grandeza dos meus sentimentos. Feito o blog e o primeiro post, contei ao marido, aos pais e aos sogros. Meio vergonha de mostrar o que estava fazendo, podia ser entendido como corujisse desnecessária, exposição desnecessária, desnecessário, enfim. Mas essa minha platéia fiel aprovou e até hoje acompanha as bobagens que escrevo. Aí vieram as primeiras leitoras que não eram família. Acho que a Paloma, do Peripécias, e a Lia, do Saco de Farinha, foram as primeiras. E vieram outras tantas, todas amigas tão virtuais tão carinhosas, tão cúmplices de sentimentos, tão passando pelas mesmas fases que era impossível não viciar nessa vida de blogueira. Depois do início, o blog passou por fases. Ora de contar gracinhas, ora de militar um pouco, ora de dar conselhos àquelas (um pouco) menos experientes do que eu.<br />Hoje escrevo com pouca freqüência, de um fôlego só e sem rascunho. Não faço nada muito elaborado ou pretensioso. Não quero me tornar escritora ou famosa por meio do blog. Não quero impactar ninguém ou ganhar multidões de leitores. Não quero escrever livro, virar filme ou tema para minissérie da Warner. Não comento para ser comentada, não visito para ser visitada, não faço graça para ser pop, não faço nada para ser pop, não quero ser pop afinal. Não faço média. Faço tudo à minha moda. Não quero nada além do que já tenho. O blog é apenas um fim em si mesmo. E se presta muito bem a esse fim. Não tenho tantas seguidoras, nem recebo chuvas de comentários. Mas amo cada comentário que recebo. Fico feliz com cada seguidora que me adiciona. Ultimamente tenho tido um pouco de preguiça de escrever. Uma pena, porque Mariana está numa fase tão deliciosa, que é um pecado não registrar. Mas vivenciar tem sido ainda melhor, então aguardemos a inspiração voltar.<br />A vida blogueira deu bons frutos. Fiz amigas virtuais. Muitas me ajudaram na vida real, ora dando um conselho, ora fazendo indicações, trocando idéias valiosas sobre tantos assuntos, inclusive a recente troca da escola (valeu Silvia e Mari!), o blog rendeu tanto que eu saí até em revista, olhem só! E esse ano, com o ingresso no facebook, o blog ficou ainda mais conhecido, pessoas do trabalho lendo, amigos lendo, um receio dessa exposição, mas acho que pesando prós e contras, o blog trouxe mais coisas positivas do que negativas. Já pensei em parar de escrever, por preguiça, por falta de vontade, mas quando releio os registros antigos me dá tanta alegria, que vejo que vale mesmo a pena continuar. Nesses quase três anos de blog fiz amigas, recebi muitas energias positivas, muita informação de fontes legítimas, conheci opiniões e pontos de vista diferentes dos meus, aprendi muito e, mais importante que tudo, tenho um super registro desses primeiros anos da Mariana, que foram sem dúvida nenhuma, os momentos mais intensos da minha vida.<br />Viva a blogosfera!</div>Patriciahttp://www.blogger.com/profile/07925603234574891052noreply@blogger.com10tag:blogger.com,1999:blog-8561402694214757991.post-34174350760415468342012-02-01T06:16:00.000-08:002012-02-01T06:17:05.816-08:00A nova escola- Foi muito legal mamãe!<br />Foi esse o primeiro comentário da Mariana sobre a nova escola. Saiu entusiasmada e sorridente, disse que gostou muito das professoras e disse que quer voltar hoje sim. Embora cedo para avaliar qualquer coisa, parece que a decisão foi acertada.<br />A ideia da mudança sempre existiu. Queríamos colocar a Mariana numa escola onde ela pudesse estudar até o ensino médio. A anterior não dava essa possibilidade e essa aqui não a aceitava antes por conta da idade. Então agora está na escola onde, se quiser, pode seguir até entrar na faculdade. A mudança também levou em consideração todos esses fatores que todo mundo considera ao escolher a escola: espaço físico, proximidade de casa, infra-estrutura, proposta educacional, valores, princípios, conceitos, enfim, essa gama de possibilidades incertas que a gente só pode avaliar mesmo é na prática. Então é tiro no escuro, ou na penumbra no máximo. Mas a gente se esforça para acertar, porque acho que não existe pai que escolha para errar. No fim das contas penso que mudar de escola é como mudar de emprego, mudar de namorado, mudar de cidade. Mudam os defeitos e mudam as qualidades. Perfeita nenhuma é, mas vamos apostando naquela que nos parece a melhor para a nossa realidade e certos de que sempre se pode mudar. Vamos ver no que dá.<br />Voltando à Mariana, o primeiro dia foi moleza. Fomos levá-la, eu, o pai e o avô Mário. Ela foi com uma carinha de assustada, tudo novo afinal. Sorriu para as professoras, pediu colo por um tempo e quando viu já estava indo para a classe com o grupo. Fiquei por lá, espiava de vez em quando e a via sorrindo e brincando normalmente. Uma hora depois da entrada a professora me disse para ir embora tranquila, que estava tudo bem. Tirou de letra a adaptação relâmpago. Claro que eu sei que às vezes, passada a novidade, a criança começa a estranhar e tal e coisa – aconteceu na outra escola inclusive –, mas acho que vai dar tudo certo. Voltei um pouco antes do horário da saída e vi que a pequena também saiu sorridente, mãos dadas com a professora e animada porque tinha um trabalho feito no dia para me mostrar. Foi embora saltitante e então disse que foi muito legal, como contei aí em cima.<br />Chegou em casa bem cansada. Ótimo sinal. Dormiu a noite toda, coisa que não fazia há um tempão. Ótimo sinal 2. Hoje cedo perguntei se ela queria ir à escola e ela: - é isso que eu quero sim! Ótimo sinal 3. No caminho para a avó passamos em frente da escola nova e eu disse: - olha a sua escola nova, filha e ela: - essa é a minha escola nova. Referiu-se à outra escola como “escola velha” e decretou: - eu não gosto de escola velha! Ótimo sinal 4.<br />Para esgotar o assunto da escola nova. Até agora tudo me parece bom. O que me preocupa um pouco é a questão da alimentação, já que o lanche das crianças é liberado, ou seja, eventualmente algum coleguinha pode levar fandangos e aí já viu. Não que incentivem a má alimentação, longe disso. Eles também têm o dia da fruta, para incentivar o hábito de comer frutas e cultivo de hora, mas o lanche é liberadão mesmo e eu sei lá o que pensa cada mãe de cada coleguinha, então... É aqui que entra a família e o criar pelo exemplo. Mariana vê balas e pirulitos e fala “eca”. Porque em casa não temos o costume de chupar balas nem de comer essas guloseimas. Aquelas que ganhamos em festinhas eu nem mostro à ela, dou para alguém que goste. Então ela aprendeu que não é legal, que faz mal. Por outro lado, gosta de refrigerante porque em casa tomamos refrigerante, shame on us. Ou seja, quem cria, quem educa, quem dá exemplo, é pai e mãe (e avós no nosso caso!). Não adianta colocar a menina numa redoma. Também não posso delegar à escola a responsabilidade pelos bons hábitos da minha filha. Vou com fé na boa alimentação que ela já tem em casa e correndo o risco de interferências externas. Acho que criar é isso, afinal!<br />Então tudo lindo até agora. Que bom!Patriciahttp://www.blogger.com/profile/07925603234574891052noreply@blogger.com6tag:blogger.com,1999:blog-8561402694214757991.post-34931786735186326472012-01-30T12:30:00.000-08:002012-01-30T12:32:26.901-08:00Feliz 2012!<p class="MsoNormal"><span style="line-height: 115%; " ><span>O</span><span> ano começou sem feriado e o primeiro dia útil foi logo uma segunda-feira. Nem deu tempo de fazer a lista de resoluções que eu tinha programado. Aliás, o ano começou mesmo assim de sopetão e agora já estamos quase em fevereiro. Passei a virada com Mariana dormindo no meu colo, capotou faltando meia hora para a virada. Na meia noite mesmo não parei para pensar em nada, nem agradecer, nem pedir ou coisa nenhuma. Estava mais preocupada em tapar os ouvidos da pequena para que não acordasse com a barulheira e beijar sua cabecinha, abençoando sua vida. Maternidade é assim. É desligar do mundo e ligar no filho. Parecia mesmo cena de filme, todo mundo na festa se abraçando e se beijando e nós lá, grudadas, mais nada importando ao redor. Cheguei até a escrever para a minha mãe dizendo exatamente isso. Mas importa sim, tem o papai, que eu amo tanto, tem meus pais, minha família, meus amigos queridos, tem tanta gente que importa de verdade e tanta coisa pelas quais temos que agradecer e pedir e compartilhar, e a maternidade também é isso, ir reaprendendo a lidar com o mundo ao redor depois de se ter filhos.</span></span></p> <p class="MsoNormal"><span style="line-height: 115%; "><span >O ano começou meio tortinho, coisinhas materiais se quebrando, Mariana dando cabeçada e parando no pronto socorro, um carro no funileiro e outro na concessionária que não quer consertar apesar da garantia, empregada que falta ou que leva o filho arteiro para bagunçar com tudo e uma chuva gente, uma chuva que chateia tanto, ai janeiro, que mês mais chato meu filho!<o:p></o:p></span></span></p> <p class="MsoNormal"><span style="line-height: 115%; "><span >Mas o ano foi se ajeitando, as coisas foram se consertando, tudo bem comigo, tudo bem com todos, tirei a última semana de férias e passei uns dias na praia com Mariana, dias de sol deliciosos e tranqüilos. Hoje volto ao trabalho, começo o regime, Mariana volta às aulas em uma escola nova, tenho um monte de pequenas e grandes decisões a tomar, enfim, novo ciclo. Hoje 2012 começa pra valer. Hoje é o meu réveillon. <o:p></o:p></span></span></p> <p class="MsoNormal"><span style="line-height: 115%; "><span>Um feliz ano novo pra você também!</span><span style="font-size: 9pt;"><o:p></o:p></span></span></p>Patriciahttp://www.blogger.com/profile/07925603234574891052noreply@blogger.com5tag:blogger.com,1999:blog-8561402694214757991.post-45969501839872493802011-12-29T15:45:00.000-08:002011-12-30T02:49:22.144-08:00Dance like nobody's watching<iframe height="315" src="http://www.youtube.com/embed/MLmk-LT8onI" frameborder="0" width="420" allowfullscreen=""></iframe><br /><br />Meu desejo é para você. É, você mesmo, você aí, parado do outro lado da tela, você que por um motivo ou por outro, laço de sangue, amizade ou por pura curiosidade, vem aqui e perde um minuto de seu tempo lendo os meus devaneios, você com quem eu compartilho minhas emoções mais legítimas, você que acha graça nas bobagens cotidianas que conto, você que às vezes chora com um post, você que gentilmente comenta os meus textos, você, que em 2011 ganhou um filho, ganhou um amor, ganhou uma nova chance, um aumento, uma viagem e para você que nesse mesmo ano perdeu alguém ou algo que gostava, você que esteve doente, ou teve problemas financeiros. Meu desejo é para você, que assim como eu, viveu esse ano intensa e apaixonadamente. Você que chorou, você que sorriu. Você que VIVEU. Meu desejo é para você sim.<br />Para você eu desejo, de todo meu coração, um ano inteiramente novo, assim mesmo, livre, leve e solto.<br />Em 2012, dance como se ninguém estivesse olhando.<br /><strong>Porque o resto, meu amigo, o resto, vem de brinde!</strong><br /><br /><em>You've gotta dance like there's nobody watching.<br />Love like you'll never be hurt.<br />Sing like there's nobody listening.<br />And live like it's heaven on earth.</em><br /><br />Feliz Ano Novo!!!!!Patriciahttp://www.blogger.com/profile/07925603234574891052noreply@blogger.com6tag:blogger.com,1999:blog-8561402694214757991.post-39196970775204868792011-12-29T05:44:00.001-08:002011-12-29T05:53:53.078-08:00Pai nota dez<a href="http://1.bp.blogspot.com/-ruaftBXNxq0/TvxvV2a7Q7I/AAAAAAAAAuU/vZUdr3VG4pI/s1600/P1060180.JPG"><img style="margin: 0px auto 10px; width: 180px; height: 320px; text-align: center; display: block; cursor: pointer;" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5691546450265850802" border="0" alt="" src="http://1.bp.blogspot.com/-ruaftBXNxq0/TvxvV2a7Q7I/AAAAAAAAAuU/vZUdr3VG4pI/s320/P1060180.JPG" /></a><br /><div><a href="http://4.bp.blogspot.com/-mmyujdSGirs/TvxvSCJNOnI/AAAAAAAAAuI/Pyd3__wC7RE/s1600/P1060163.JPG"></a><br /><div><a href="http://1.bp.blogspot.com/-67LcDPNXGks/TvxvNF8mETI/AAAAAAAAAt8/dJyoujQoftQ/s1600/P1060172.JPG"><img style="margin: 0px auto 10px; width: 320px; height: 180px; text-align: center; display: block; cursor: pointer;" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5691546299814777138" border="0" alt="" src="http://1.bp.blogspot.com/-67LcDPNXGks/TvxvNF8mETI/AAAAAAAAAt8/dJyoujQoftQ/s320/P1060172.JPG" /></a><br /><div><a href="http://1.bp.blogspot.com/-Cs8qk_EW9cM/TvxvJR4No5I/AAAAAAAAAtw/YNatWJBGxO0/s1600/P1060177.JPG"><img style="margin: 0px auto 10px; width: 320px; height: 181px; text-align: center; display: block; cursor: pointer;" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5691546234298147730" border="0" alt="" src="http://1.bp.blogspot.com/-Cs8qk_EW9cM/TvxvJR4No5I/AAAAAAAAAtw/YNatWJBGxO0/s320/P1060177.JPG" /></a><br /><div><a href="http://3.bp.blogspot.com/-9KNWaeUkQH8/TvxvE2kpNaI/AAAAAAAAAtk/0iqkhSgfA2o/s1600/P1060163.JPG"><img style="margin: 0px auto 10px; width: 320px; height: 180px; text-align: center; display: block; cursor: pointer;" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5691546158248834466" border="0" alt="" src="http://3.bp.blogspot.com/-9KNWaeUkQH8/TvxvE2kpNaI/AAAAAAAAAtk/0iqkhSgfA2o/s320/P1060163.JPG" /></a><br /><div>Estou trabalhando essa semana. Mariana e o pai estão de férias. E tenho o dever de registrar que o pai está dando de dez a zero na mãe. Já encheram a piscininha de água no quintal e se esbaldaram tarde afora; já foram ao shopping trocar presentes e dar uma passeadinha; já foram a Campinas visitar a família; ontem foram ao Simba Safari (acho que nem é mais esse nome, é?) com a prima Duda e o pai ainda fez churrasco à noite; os almoços e jantares da pequena são ‘gourmet’ e não o trivial básico que eu sei fazer, a menina está sempre arrumada, limpa e cheirosa e hoje, pelo que consta da programação, irão ao cabeleireiro dar um jeito na franja. Se é comigo, a piscina estava vetada para evitar resfriado, o shopping ficaria pra outro dia porque ia estar cheio, Campinas é longe, ai que preguiça, Simba Safari nem pensar, tenho que arrumar a casa, espera um pouco, tem que almoçar, toma aqui essa sopinha sem sal, esse macarrão basicão, tira o dedo do nariz, olha, cuidado, não suja, não quebra, tem que tomar banho, tem que tomar cuidado, tem que, tem que, tem que.<br />Tem é que aprender com o pai.</div></div></div></div></div>Patriciahttp://www.blogger.com/profile/07925603234574891052noreply@blogger.com6tag:blogger.com,1999:blog-8561402694214757991.post-35119552330155079522011-12-28T03:38:00.000-08:002011-12-28T03:43:04.719-08:00BittersweetDe todas as impressões do Natal, a que mais me marcou foi o rosto iluminado da Mariana ao abrir o pacote com a fantasia de Branca de Neve, o presente mais esperado. A alegria, o entusiasmo, a inocência, tudo junto naquela expressão tão legítima,tão feliz, tão verdadeira. Ela abriu o pacote dando gritinhos, quase chorando, ‘ai mamãe, o Papai Noel me trouxe a fantasia!!” e pulava, e gritava, e mostrava pra todo mundo. Lindo.<br />Lindo e impossível não pensar em quanto desse entusiasmo a gente vai perdendo vida afora. Quanto da inocência a gente vai deixando pela estrada. E vai endurecendo, e se plastificando, e evitando chorar, ou rir demais, ou sair pulando por aí. Porquecom o passar dos anos, não fica bem ser tão verdadeiro, é esquisito se entusiasmar tanto. A vida vai passando e a gente vai ficando blasé, indiferente. Um pouco porque já passou por um bocado de coisas tristes por aí e outro pouco porque se acha adulto demais, velho demais, tarde demais para tanta coisa. Então quando você vê essa alegria legítima no rosto de uma criança é impossível não se emocionar, e ver como é bonito ser assim tão verdadeiro, tão entusiasmado com a vida. Mariana comemorou a fantasia com uma alegria tão bonita que quando vi eu estava chorando. Olhei ao redor, Fabio também chorava emocionado. Choramos por estarmos lá, reunidos, choramos pelas alegrias e pelas tristezas, choramos pela vida, tão bonita, tão surpreendente. Choramos nós, Mariana ria, feliz. E nessa época em que as emoções ficam tão estranhas, tão diversificadas, fica aqui esse pequeno registro da data. Meio doce, meio amargo.Patriciahttp://www.blogger.com/profile/07925603234574891052noreply@blogger.com5tag:blogger.com,1999:blog-8561402694214757991.post-91672309170952233652011-12-22T02:57:00.000-08:002011-12-22T03:02:03.834-08:00Natal chegando<p class="MsoNormal"><span style="line-height: 115%; "><span>Mariana,<o:p></o:p></span></span></p> <p class="MsoNormal"><span style="line-height: 115%; "><span>No seu terceiro Natal fora da barriga você já compreende bem a sistemática. Não quis visitar o Papai Noel. Lá no Shopping, só espiou o velhote dentro da casinha, mas não quis bater um papo. Na sua escola houve uma segunda visita, você disse que entregou a carta e ele já está sabendo que você quer uma fantasia de Branca de Neve. O que ele ainda não sabe é que você também quer todos os brinquedos do mundo, todas as bonecas, todos os jogos, todas as pelúcias, todos os carrinhos e bolas e também um cão e um gato de verdade, mas também serve uma tartaruga. Você quer tudo o que vê, e isso já virou até piada entre nós. Chega uma propaganda de algo e se você não pede, eu já pergunto: e aí, não vai pedir? E você sorri e diz que sim, claro que quer esse também. Fase. Fase de querer tudo, sem nem entender para quê tanto, nem para quê tudo, basta querer, querer. E eu rio. Acho graça nesse querer, nesse interesse pelas coisas, pelo mundo, pelas posses. E sei que ano que vem o querer vai estar mais direcionado, que não vai mais querer brinquedos “de menino”, e que muitas coisas vão ser de “criança pequena” e curto muito essa fase sem critério e tão entusiasmada que é a que você se encontra e que logo vai passar, como todas as outras estão passado, assim, num piscar de olhos. Montamos também a árvore de Natal, e pela primeira vez você se encantou com o ritual, e se interessou pelos enfeites, gostou de saber que alguns deles foram feitos pela minha bisavó, olha que legal, e outros por mim mesma, junto com os meus irmãos. Montou uma árvore bem pequenininha só para você e também uma maior, para a família toda. Nossa casa tem duas árvores, portanto. E muitos enfeites Natalinos e também luzinhas piscantes, meias esperando presentes e um calendário contagem regressiva para o Natal pendurado na lareira. Não quis falar muito que Papai Noel desce pela chaminé porque tenho medo que você se assuste, tal e qual aconteceu com o Patati Patatá na festa da sua amiga no sábado passado, coisa que te causou um medo inacreditável. Medo de Papai Noel e de palhaço é bem comum, melhor evitar. Sabe também o que é amigo secreto. Sabe que na casa da Tia Pri sua amiga secreta é sua prima Bruna, e torço muito para que saiba guardar segredo até a hora da festa. Em resumo, esse sem dúvida, é o Natal que você mais participou. Outro dia mesmo chamava Papai Noel de <a href="http://patricia-couto.blogspot.com/2009/12/poucos-dias-para-terminar-2009-pausa.html">Pel</a> e agora já está assim, toda participativa, toda empolgada. E nós, os seus pais, e claro, também os avós, não paramos de nos encantar com esse seu jeito tão alegre e entusiasmado de ser. Continuo achando que essa é a sua melhor fase e a cada dia me apaixono mais por você. É um amor tão grande filha, e tão infinito, que quando a gente acha que não dá para amar mais, no segundo seguinte ama mais um pouquinho. E se no Natal a gente já fica mais emotivo, com uma filha assim tão especial e encantadora, tudo se torna ainda mais mágico. E é esse amor tão grande que torna todo o resto, tudo mesmo, tão menor, tão sem importância, tão irrelevante, que a gente nem liga que pegou trânsito, nem que a casa está uma bagunça, nem que tem que trabalhar tanto, nem nada. Porque a gente tem você, e isso é melhor que tudo junto nesse mundo, meu amor.<o:p></o:p></span></span></p> <p class="MsoNormal"><span style="line-height: 115%; "><span> Esses são os registros do seu Natal aos três anos. Espero que somente bons momentos fiquem guardados na sua memória e que essa data, tão especial, seja sempre motivo de comemoração entre nós. <o:p></o:p></span></span></p> <p class="MsoNormal"><span style="line-height: 115%; "><span>Te amamos minha filha.</span><span style="font-size: 9pt;"><o:p></o:p></span></span></p>Patriciahttp://www.blogger.com/profile/07925603234574891052noreply@blogger.com4tag:blogger.com,1999:blog-8561402694214757991.post-35274116845692520212011-12-01T04:19:00.000-08:002011-12-01T04:21:23.674-08:00A gente se acha esperto.<p class="MsoNormal"><span style="line-height: 115%; " >A Mariana vai mudar de escola. Esse assunto da troca de escola eu conto depois, em outro post.<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal"><span style="line-height: 115%; " >O assunto é a mudança em si.<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal"><span style="line-height: 115%; " >Desde que a gente decidiu pela mudança, vamos falando, sutilmente, nela. Olha, Mariana, que bonita essa escola... Sabe Mariana, seus amigos gêmeos estudam nessa escola linda, você queria estudar nela? Sabe Mariana, tem tanta escola legal por aí...<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal"><span style="line-height: 115%; " >E por aí vai. <o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal"><span style="line-height: 115%; " >Eu acho, juro, que sou sutil. E pensava em contar mais objetivamente depois que as férias começassem, quando o vínculo com a escola antiga já estivesse mais enfraquecido.<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal"><span style="line-height: 115%; "><span class="Apple-style-span" >Mas minha sutileza insiste.</span><span class="Apple-style-span" style="font-size: 9pt;"><o:p></o:p></span></span></p> <p class="MsoNormal"><span style="line-height: 115%; "><span class="Apple-style-span" >O<span class="Apple-style-span">ntem, conversando no carro, começo de novo.<o:p></o:p></span></span></span></p> <p class="MsoNormal"><span style="line-height: 115%; " >Como foi a escola, filha? Boa? A Joyce (professora) tava lá? Você gosta dela, né filha? Então, mas sabe, ano que vem, a Joyce não vai ser a sua professora. Sabe filha, a Joyce é professora de pequenos, e agora você já está moçona, e vai ter outra prô, e nesse mundo tá cheio de prô legal.<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal"><span style="line-height: 115%; " >Ela:<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal"><span style="line-height: 115%; " >- Mamãe, para com essa coisa de falar que eu vou mudar de escola. Você toda hora fala isso. Você já me falou disso segunda-feira. Deixa eu ficar sossegada, mamãe! Me deixa sossegada!!! Humpf. <o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal"><span style="line-height: 115%; " >E amarrou o maior bico.<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal"><span style="line-height: 115%; " >Ju-ro.<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal"><span style="line-height: 115%; "><span class="Apple-style-span" >Então que eu não sou sutil. Que filho é mais malandro do que a gente pensa. E estou aceitando sugestões de como abordar o assunto de alguma outra forma.</span><span class="Apple-style-span" style="font-size: 9pt;"><o:p></o:p></span></span></p>Patriciahttp://www.blogger.com/profile/07925603234574891052noreply@blogger.com7tag:blogger.com,1999:blog-8561402694214757991.post-30209156014237224752011-11-25T09:56:00.000-08:002011-11-25T09:58:46.838-08:00Para terminar a semana<p class="MsoNormal"><span style="line-height: 115%; "><span class="Apple-style-span" >No episódio anterior, telefonamos para a escola da Mariana e comunicamos a meningite. As médicas do hospital garantiram não ser contagioso, mas achamos por bem informar a escola mesmo assim. E a escola, de maneira muito transparente, informou aos pais do caso de meningite viral, que ficassem atentos, etc. <o:p></o:p></span></span></p> <p class="MsoNormal"><span class="Apple-style-span" style="line-height: 18px; " >Aí ontem Mariana acordou sem fome, com febrinha e se queixando de dor de garganta. Achei melhor levar ao médico. Acabou de sair da meningite, não vamos bobear. Aproveitei para mudar de pediatra, ir a um muito antigo e conhecido na região, alguém de bastante confiança.</span></p> <p class="MsoNormal"><span style="line-height: 115%; "><span class="Apple-style-span" >Chegamos lá, ele pergunta o que houve.<o:p></o:p></span></span></p> <p class="MsoNormal"><span style="line-height: 115%; "><span class="Apple-style-span" >Conto. Teve meningite viral semana passada.<o:p></o:p></span></span></p> <p class="MsoNormal"><span style="line-height: 115%; "><span class="Apple-style-span" >Ele, com cara de Sherlock Holmes: - Ah é? E em qual escola ela estuda?<o:p></o:p></span></span></p> <p class="MsoNormal"><span style="line-height: 115%; "><span class="Apple-style-span" >Eu, inocentemente: escola tal.<o:p></o:p></span></span></p> <p class="MsoNormal"><span style="line-height: 115%; "><span class="Apple-style-span" >Ele, tipo, matei a charada: Então foi você dona Mariana! Estou a semana toda recebendo ligações dos pais de todos os meus pacientes dessa escola de-ses-pe-ra-dos! Sabia que eu ia descobrir quem era!<o:p></o:p></span></span></p> <p class="MsoNormal"><span style="line-height: 115%; "><span class="Apple-style-span" >Então que Mariana agora é persona non grata nas rodinhas infantis.<o:p></o:p></span></span></p> <p class="MsoNormal"><span style="line-height: 115%; "><span class="Apple-style-span" >E agora a novidade é a amigdalite. Repouso, antibiótico, e vamo que vamo.</span><span class="Apple-style-span" style="font-size: 9pt;"><o:p></o:p></span></span></p>Patriciahttp://www.blogger.com/profile/07925603234574891052noreply@blogger.com4tag:blogger.com,1999:blog-8561402694214757991.post-49832396447963281632011-11-17T07:23:00.000-08:002011-11-17T07:26:20.369-08:00O feriadão e a mudança de planos<a href="http://1.bp.blogspot.com/-Ge_epHj1-a0/TsUnOO6lgcI/AAAAAAAAAtI/X5UHNGuZZ-o/s1600/marifabiosabara.JPG" onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}"><img style="display:block; margin:0px auto 10px; text-align:center;cursor:pointer; cursor:hand;width: 240px; height: 320px;" src="http://1.bp.blogspot.com/-Ge_epHj1-a0/TsUnOO6lgcI/AAAAAAAAAtI/X5UHNGuZZ-o/s320/marifabiosabara.JPG" border="0" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5675986030845854146" /></a><span class="Apple-style-span"><span class="Apple-tab-span" style="white-space:pre"> </span>Ainda no hospital com o papai, sorrisão no rosto e acesso na veia.</span><br /><p class="MsoNormal"><span style="line-height: 115%; "><span class="Apple-style-span">A idéia era o feriadão no hotel fazenda com um grupo de amigos queridos. Criançada reunida para brincar até cansar. Mas houve mudança de planos. Mariana passou mal na sexta-feira, e no sábado cedo foi diagnosticada com meningite viral. Foi internada e ficou o feriadão todo no hospital. Tivesse eu escrito esse texto no sábado mesmo, ainda estaria forte, dessas forças que a gente tira não sei de onde quando o caso é sério. Mas hoje, quase uma semana depois que tudo começou, choro cada vez que penso na minha pequena chorando de dor de cabeça, vomitando tudo e mais um pouco e apática, abatida, mal mesmo. Momentos antes de irmos viajar ela já se queixava da cabeça e achamos por bem passar no pronto-socorro para ver se era algo sério. Um doce para quem adivinhar o que a médica disse. Virose, claro. Disse que ela não tinha sintomas de nada grave, tirou um raio-x da face para descartar sinusite, deu-lhe um analgésico e nos desejou boa viagem. Chegamos ao hotel fazenda e Mariana – talvez sob o efeito do remédio – se animou. Disse que não doía mais nada. Brincou com as crianças, mas sempre um pouco cansada e abatida. Fomos dormir à meia noite e às duas e quarenta ela acordou gritando de dor de cabeça. Estávamos em Taubaté. Fomos até o pronto-socorro local. No caminho começaram os vômitos e o início da febre. De novo a médica insistiu na virose, porque não havia a rigidez da nuca, principal sintoma da meningite. Deu-lhe uma injeção de analgésico/antitérmico/anti-enjoo e pronto. Chegamos de volta ao hotel quase de manhã. Mariana dormiu umas duas horinhas e acordou pior. Muito abatida, chorando de dor. Voltamos para São Paulo, direito para o hospital. Fizeram exame de sangue para descartar alguma infecção. Em seguida, não tinha jeito, teve que ser feito o exame do liquor, aquele mesmo que todo mundo teme, aquele mesmo que fura a espinha, aquele mesmo que você nunca imaginou ver sua filha fazendo. Meningite viral constatada. Mariana chorou bastante, cansada, com dor, desidratada. Mas foi forte, cooperou, entendeu até que não podia se mexer nas vinte e quatro horas seguintes por conta do exame que tinha feito. Ficou de cama, boazinha, brincando deitada. Explicamos tudo a ela e ela entendeu. Logo se acostumou com o acesso à veia, com a luvinha que colocaram. Logo aceitou o soro e as visitas constantes das enfermeiras. Depois da primeira bolsa de soro e do exame de liquor voltou a sorrir. Foi forte como eu gostaria que ela fosse. E foi melhorando a cada dia. Agora está ótima, ainda um pouco abatida, mas sem mais nenhuma dor ou mal estar. Ficou triste, muito triste, por ter que deixar o hotel. Mas prometemos voltar.<o:p></o:p></span></span></p> <p class="MsoNormal"><span style="line-height: 115%; "><span class="Apple-style-span">Eu tentei achar o lado bom da história, costume desse meu jeito Pollyana de ser. Podia dizer que pelo menos choveu no feriadão. Poderia dizer que pelo menos foi meningite viral. Poderia achar bom que o hotel devolveu o dinheiro pago. Poderia agradecer porque temos plano de saúde e acesso rápido a bons tratamentos. <o:p></o:p></span></span></p> <p class="MsoNormal"><span style="line-height: 115%; "><span class="Apple-style-span">Mas definitivamente não há nenhum lado bom em ver o filho doente.<o:p></o:p></span></span></p> <p class="MsoNormal"><span style="line-height: 115%; "><span class="Apple-style-span">Esse é o lado ruim de ser mãe. Muito ruim.<o:p></o:p></span></span></p> <p class="MsoNormal"><span style="line-height: 115%; "><o:p><span class="Apple-style-span"> </span></o:p></span></p>Patriciahttp://www.blogger.com/profile/07925603234574891052noreply@blogger.com19tag:blogger.com,1999:blog-8561402694214757991.post-18087404150672041422011-11-09T08:34:00.000-08:002011-11-09T08:39:00.227-08:00Os contos de fadas<p class="MsoNormal"><span class="Apple-style-span" style="line-height: 13px; "><span class="Apple-style-span">Eu não gosto de ecochatices, nem militâncias, nem de coisas muito politicamente corretas. Particularmente detesto a nova versão de atirei o pau no gato. Acho desnecessária e não acredito que alguém tenha atirado pau no gato por conta da musiquinha. De verdade.</span></span></p> <p class="MsoNormal"><span style="line-height: 115%; "><span class="Apple-style-span">Mas tenho tido várias restrições aos contos de fadas.<o:p></o:p></span></span></p> <p class="MsoNormal"><span style="line-height: 115%; "><span class="Apple-style-span">Essa fase chegou lá em casa. Mariana adora as princesas. E eu questiono muita coisa que tenho lido...<o:p></o:p></span></span></p> <p class="MsoNormal"><span style="line-height: 115%; "><span class="Apple-style-span">A Chapeuzinho que desobedece a mãe e vai justo na floresta que não devia ir. Belo exemplo, Chapeuzinho. A Cinderela, a Branca de Neve e a Bela Adormecida que têm o príncipe como salvação de suas vidas. Daí, no futuro, vai explicar pra filha que homem não é salvação de ninguém...Pior ainda é a Bela, que ensina que você pode mudar um homem com seu amor. Ou seja, o cara é mau caráter, violento, e você lá, amando, amando, até ele virar príncipe. Sei... Igual à história da Bela, tem a do sapo que vira príncipe quando beijado. Sério. Quem foi que nesse mundo de meu Deus beijou sapo e encontrou príncipe? Ninguém, gente. Beija sapo, namora sapo, casa com sapo. E engole sapo a vida toda. Tem ainda a Rapunzel do Enrolados, filminho adorável, mas que peca no argumento de que a flor que trazia vida poderia ser retirada da velhinha para salvar a vida da rainha. Por quê? Porque a rainha merece a flor da vida e a velhinha pobre merece morrer? Juro que não entendo. A realeza merece viver mais que o proletariado? Ai, ai. E tem ainda a Princesa e a Ervilha, história onde a princesa só é reconhecida como tal por notar uma ervilha embaixo de seu colchão. Ou seja, tem que ser fresca, fresquíssima, fricoteira e chata para ser nobre. Ai Jesus! E o pior. Tudo gira em torno de homem. Só homem. Só para casar no final e ser feliz pra sempre. Eu não tenho absolutamente nada contra o casamento, acho válido, ótimo, lindo, sou feliz no meu, mas daí a achar que casar é sinônimo de felicidade pra sempre, ou único jeito do final ser feliz... menos né? <o:p></o:p></span></span></p> <p class="MsoNormal"><span style="line-height: 115%; "><span class="Apple-style-span">Em casa tenho mudado um ou outro final, alterando um ou outro enredo. Mas quando ela começar a ler...haja argumentação pra dizer que na vida não é bem assim.</span><span class="Apple-style-span" style="font-size: 9pt;"><o:p></o:p></span></span></p>Patriciahttp://www.blogger.com/profile/07925603234574891052noreply@blogger.com3tag:blogger.com,1999:blog-8561402694214757991.post-58339181548405826402011-11-07T06:12:00.000-08:002011-11-07T06:18:47.821-08:00Piece of cake<a href="http://4.bp.blogspot.com/-b0Q9h8oL37Q/TrfocR_BGsI/AAAAAAAAAs0/nYRttK0cdeI/s1600/foto%2B%25283%2529.JPG" onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}"><img style="display:block; margin:0px auto 10px; text-align:center;cursor:pointer; cursor:hand;width: 320px; height: 240px;" src="http://4.bp.blogspot.com/-b0Q9h8oL37Q/TrfocR_BGsI/AAAAAAAAAs0/nYRttK0cdeI/s320/foto%2B%25283%2529.JPG" border="0" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5672257828258126530" /></a><br /><a href="http://2.bp.blogspot.com/-MaFB00XjVnc/TrfoboqmSzI/AAAAAAAAAso/zTrvJNoxdVk/s1600/foto%2Breta.jpg" onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}"><img style="display:block; margin:0px auto 10px; text-align:center;cursor:pointer; cursor:hand;width: 240px; height: 320px;" src="http://2.bp.blogspot.com/-MaFB00XjVnc/TrfoboqmSzI/AAAAAAAAAso/zTrvJNoxdVk/s320/foto%2Breta.jpg" border="0" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5672257817166629682" /></a><br /><a href="http://1.bp.blogspot.com/-KPWOoXnBJAc/TrfobSsCWAI/AAAAAAAAAsc/ZzdzzUImQf8/s1600/foto.JPG" onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}"><img style="display:block; margin:0px auto 10px; text-align:center;cursor:pointer; cursor:hand;width: 240px; height: 320px;" src="http://1.bp.blogspot.com/-KPWOoXnBJAc/TrfobSsCWAI/AAAAAAAAAsc/ZzdzzUImQf8/s320/foto.JPG" border="0" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5672257811267082242" /></a><br /><p class="MsoNormal"><span class="Apple-style-span" style="line-height: 13px; "><span class="Apple-style-span">Pegue uma mãe e uma filha, numa tarde de sábado ociosa. Pegue ainda quatro ovos, três cenouras grandes, uma xícara de óleo, três xícaras de farinha, três de açúcar e uma colher de sopa de fermento. Junte a mãe e a filha. No liquidificador, vão as cenouras, o óleo e os ovos. Mãe e filha ficam do lado de fora, assistindo a transformação dos ingredientes. Bata tudo e coloque a mistura num recipiente. Adicione a farinha, o açúcar e o fermento. A filha mistura tudo. Vale espalhar um pouco de farinha por todo lado e respingar bolo pela cozinha. Deem risada juntas da meleca que vocês estão fazendo. Mistura feita. Prepare as assadeiras. Se tiver aquelas para cupcakes, ótimo. Sua filha coloca as forminhas nos respectivos buraquinhos. Se tiver outro tipo, sua filha unta a forma, achando a maior graça em colocar a mão na manteiga e depois enfarinhar tudo. Bolo na forma, forno até cozinhar. Acho que trinta minutos a duzentos graus é uma boa medida. Enquanto aguardam, é a hora do brigadeiro, que todo mundo sabe a receita desde que o mundo é mundo. Aí sua filha conhece aos três anos o leite condensado e decreta que adora e que eu vou ter que comprar todo dia. Na segunda colherada enjoa e larga o resto. A filha mistura os ingredientes do brigadeiro e a mãe os leva ao fogo. Bolo e brigadeiros prontos, vem a parte mais legal. Cobertura nos bolinhos e a decoração é por conta da pequena. Estrelinhas coloridas, granulado, raspas de chocolate. Vale tudo para enfeitar a receita. Os bolinhos ficam deliciosos e rendem um montão. Divida com familiares, se não quiser engordar muito.</span></span></p> <p class="MsoNormal"><span style="line-height: 115%; "><span class="Apple-style-span">Post dedicado à minha avó Hebe, que me ensinou a cozinhar e, lá de cima, deve ter sorrido muito nesse dia.</span><span class="Apple-style-span" style="font-size: 9pt;"><o:p></o:p></span></span></p>Patriciahttp://www.blogger.com/profile/07925603234574891052noreply@blogger.com7tag:blogger.com,1999:blog-8561402694214757991.post-67649934238053433922011-10-28T06:18:00.000-07:002011-10-28T06:23:48.594-07:00Porque...<div style="text-align: left;"><span class="Apple-style-span" style="line-height: 13px;"><br /></span></div> <p class="MsoNormal"><span style="line-height: 115%; "><span class="Apple-style-span">Porque hoje é sexta-feira.</span></span></p><p class="MsoNormal"><span style="line-height: 115%; "><span class="Apple-style-span">Porque o dia está ensolarado.<o:p></o:p></span></span></p> <p class="MsoNormal"><span style="line-height: 115%; "><span class="Apple-style-span">Porque minha enxaqueca foi embora.<o:p></o:p></span></span></p> <p class="MsoNormal"><span style="line-height: 115%; "><span class="Apple-style-span">Porque acordei mais tarde, com a filha linda ao meu lado.<o:p></o:p></span></span></p> <p class="MsoNormal"><span class="Apple-style-span" ><span style="line-height: 115%; "><span class="Apple-style-span">Porque nesse final de semana comemoraremos mais um ano d</span></span><span class="Apple-style-span" style="line-height: 18px; ">e casados.</span></span></p> <p class="MsoNormal"><span style="line-height: 115%; "><span class="Apple-style-span">Porque uma amiga querida está grávida.<o:p></o:p></span></span></p> <p class="MsoNormal"><span style="line-height: 115%; "><span class="Apple-style-span">Porque o sorriso de um filho ilumina o nosso dia.<o:p></o:p></span></span></p> <p class="MsoNormal"><span style="line-height: 115%; "><span class="Apple-style-span">Porque a vida é linda, minha gente!<o:p></o:p></span></span></p> <p class="MsoNormal"><span style="line-height: 115%; "><o:p><span class="Apple-style-span"> </span></o:p></span></p> <p class="MsoNormal"><span class="Apple-style-span"><span class="Apple-style-span" style="line-height: 18px;"><br /></span></span></p><img src="http://1.bp.blogspot.com/-oEdoCg3HV-U/TqqsSOJclwI/AAAAAAAAAsQ/64S8RCq9k2Q/s320/foto%2Bmari.jpg" border="0" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5668532510034532098" style="display: block; margin-top: 0px; margin-right: auto; margin-bottom: 10px; margin-left: auto; text-align: center; cursor: pointer; width: 320px; height: 240px; " /><div>Um lindo final de semana a todos!</div>Patriciahttp://www.blogger.com/profile/07925603234574891052noreply@blogger.com4tag:blogger.com,1999:blog-8561402694214757991.post-47762678708876687072011-10-25T11:24:00.001-07:002011-10-25T11:24:58.261-07:00O saci e a filha valente.<p class="MsoNormal"><span style="line-height: 115%; "><span class="Apple-style-span" >Na escola da Mariana comemoram o Dia do Saci ao invés do Halloween, coisa que eu bem admiro.<o:p></o:p></span></span></p> <p class="MsoNormal"><span style="line-height: 115%; "><span class="Apple-style-span" >Então que imagino que essa seja a temática da semana, já que o dia 31 é logo aí.<o:p></o:p></span></span></p> <p class="MsoNormal"><span style="line-height: 115%; "><span class="Apple-style-span" >Aí ontem à noite, quase já adormecendo...<o:p></o:p></span></span></p> <p class="MsoNormal"><span style="line-height: 115%; "><span class="Apple-style-span" >- Mamãe, sabia que eu fui na escola hoje?<o:p></o:p></span></span></p> <p class="MsoNormal"><span style="line-height: 115%; "><span class="Apple-style-span" >- É mesmo filha? E foi legal?<o:p></o:p></span></span></p> <p class="MsoNormal"><span style="line-height: 115%; "><span class="Apple-style-span" >- Foi sim. Eu aprendi sobre o Saci.<o:p></o:p></span></span></p> <p class="MsoNormal"><span style="line-height: 115%; "><span class="Apple-style-span" >- A é? É porque vai ser o dia do Saci, né filha?<o:p></o:p></span></span></p> <p class="MsoNormal"><span style="line-height: 115%; "><span class="Apple-style-span" >- É mamãe, mas eu não quero que ele esconda as minhas coisas, nem a minha mala, nem a minha lancheira.<o:p></o:p></span></span></p> <p class="MsoNormal"><span style="line-height: 115%; "><span class="Apple-style-span" >- Filha, Saci é só uma brincadeira. Ele não existe, igual a Moranguinho, a Hello Kitty, a Cuca... Saci é assim. Não existe.<o:p></o:p></span></span></p> <p class="MsoNormal"><span style="line-height: 115%; "><span class="Apple-style-span" >- É mas eu não quero que ele mexa nas minhas coisas. A Joyce (professora) disse que ele vai lá na escola.<o:p></o:p></span></span></p> <p class="MsoNormal"><span style="line-height: 115%; "><span class="Apple-style-span" >- Filha, se algum Saci aparecer na escola vai ser uma pessoa fantasiada de Saci. Não tem Saci nenhum.<o:p></o:p></span></span></p> <p class="MsoNormal"><span style="line-height: 115%; "><span class="Apple-style-span" >- Mas eu não quero que ele pegue a<span> </span>minha lancheira.<o:p></o:p></span></span></p> <p class="MsoNormal"><span style="line-height: 115%; "><span class="Apple-style-span" >- Então filha, <b>eu</b> vou escrever um bilhete na sua agenda <b>pra professora</b> não deixar o Saci pegar as suas coisas. Tá bom assim?<o:p></o:p></span></span></p> <p class="MsoNormal"><span style="line-height: 115%; "><span class="Apple-style-span" >- Não mamãe, deixa que <b>eu</b> escrevo um bilhete <b>pro Saci</b> falando pra ele não mexer nas minhas coisas. <o:p></o:p></span></span></p> <p class="MsoNormal"><span style="line-height: 115%; "><o:p><span class="Apple-style-span" > </span></o:p></span></p> <p class="MsoNormal"><span style="line-height: 115%; "><span class="Apple-style-span" >Num dia larga a mamadeira e no outro cuida sozinha do Saci. <o:p></o:p></span></span></p> <p class="MsoNormal"><span style="line-height: 115%; "><span class="Apple-style-span" >Não tô preparada não...</span><span class="Apple-style-span" style="font-size: 9pt;"><o:p></o:p></span></span></p>Patriciahttp://www.blogger.com/profile/07925603234574891052noreply@blogger.com3tag:blogger.com,1999:blog-8561402694214757991.post-19320617324597915502011-10-24T09:10:00.001-07:002011-10-24T09:10:48.986-07:00Deixar crescer.<p class="MsoNormal"><span class="Apple-style-span" style="line-height: 13px; "><span class="Apple-style-span" >Nesses últimos tempos vinha recebendo algumas broncas de pediatras porque Mariana ainda tomava mamadeira. Disseram que devia ter parado há tempos. O pediatra dela é da linha do deixa prá lá, então não ligava muito. Outro dia no pronto socorro, comentei com o plantonista por conta do receio de nova otite de mamadeira e lá vem o olhar de reprovação, a bronca, a culpa. E semana passada foi na nova médica, homeopata, um broncão daqueles de ficar vermelho. Tenho grande facilidade em admitir culpas. Basta alguém dizer que eu estou errada que eu aceito na mesma hora.</span></span></p> <p class="MsoNormal"><span style="line-height: 115%; "><span class="Apple-style-span" >Então a doutora homeopata me mandou ir correndo comprar copos para a Mariana. E fomos as duas pro Alô Bebê mais próxima e eu deixei que ela escolhesse os copos que gostasse. Viemos para casa com copo de Hello Kitty, Marie e um de canudo. Na hora da consulta ela até chorou de ouvir a doutora dizer que ela devia jogar as mamadeiras fora, que já era grande e coisa e tal.<o:p></o:p></span></span></p> <p class="MsoNormal"><span style="line-height: 115%; "><span class="Apple-style-span" >Na loja disse que não queria os copos.<o:p></o:p></span></span></p> <p class="MsoNormal"><span style="line-height: 115%; "><span class="Apple-style-span" >Em casa baixou a guarda e disse que à noite experimentaria leite na Hello Kitty e eu sempre dizendo que se não gostasse tudo bem, teríamos as mamadeiras. <o:p></o:p></span></span></p> <p class="MsoNormal"><span style="line-height: 115%; "><span class="Apple-style-span" >O bico da Hello Kitty se revelou muito duro e ela não se ajeitou. Ofereci um outro copo que já tínhamos em casa, com bico de silicone. Gostou. Tomou o leite. Dormiu bem em seguida.<o:p></o:p></span></span></p> <p class="MsoNormal"><span style="line-height: 115%; "><span class="Apple-style-span" >No dia seguinte, na escola, tomou o leite na Hello Kitty e foi tudo certo. Voltou com elogio na agenda.<o:p></o:p></span></span></p> <p class="MsoNormal"><span style="line-height: 115%; "><span class="Apple-style-span" >E desde então não toma mais mamadeira. Nem nunca mais pediu. <o:p></o:p></span></span></p> <p class="MsoNormal"><span style="line-height: 115%; "><span class="Apple-style-span" >Ao contrário, ontem disse que eu podia dar todas as mamadeiras para o bebê pobre. Onde você ouviu isso filha? Na doutora, ela disse. Guardou um comentário que eu nem havia notado.<o:p></o:p></span></span></p> <p class="MsoNormal"><span style="line-height: 115%; "><span class="Apple-style-span" >Foi tão simples que até parece que eu devia ter feito antes.<o:p></o:p></span></span></p> <p class="MsoNormal"><span style="line-height: 115%; "><span class="Apple-style-span" >Mas arrumando gavetas no sábado encontrei a agenda do ano passado. No dia 28 de outubro, há um ano portanto, um pedido meu para que o leite fosse oferecido no copo. O mesmo copo que ela aceitou agora. Disse também que se ela recusasse, sem problemas, que lhe oferecessem a mamadeira. E a resposta da professora foi de que tinha tentado, mas que Mariana se recusou e que só tomou o leite na mamadeira. <o:p></o:p></span></span></p> <p class="MsoNormal"><span style="line-height: 115%; "><span class="Apple-style-span" >Ou seja. Cada coisa a seu tempo. Sem forçar, sem estressar, sem grandes dramas. A doutora homeopata nos culpou, nos chamou de permissivos, nos acusou de estarmos criando uma criança sem limites. Mas ouso discordar. Estamos criando uma criança no tempo dela. Respeitando os limites, as capacidades, os desejos. Não sei ser de outro jeito. Não sei ser radical. E só vou conseguir criar minha filha dessa forma. <o:p></o:p></span></span></p> <p class="MsoNormal"><span style="line-height: 115%; "><span class="Apple-style-span" >Então é isso. Mais uma parte do bebê ficou para trás. Chegada a hora certa, tem que deixar crescer.</span><span class="Apple-style-span" style="font-size: 9pt;"><o:p></o:p></span></span></p>Patriciahttp://www.blogger.com/profile/07925603234574891052noreply@blogger.com7tag:blogger.com,1999:blog-8561402694214757991.post-40500786208806109282011-10-12T18:14:00.000-07:002011-10-12T18:53:22.213-07:00Táxi, trem, barco e avião. Nossas andanças por Buenos Aires.<div><div><a href="http://1.bp.blogspot.com/-EzHv40t6ocw/TpZATFrAq3I/AAAAAAAAAsE/v8ypaRhLRpw/s1600/DSC02272.JPG" onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}"><img style="margin: 0px auto 10px; width: 320px; height: 240px; text-align: center; display: block; cursor: pointer;" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5662784278149245810" border="0" alt="" src="http://1.bp.blogspot.com/-EzHv40t6ocw/TpZATFrAq3I/AAAAAAAAAsE/v8ypaRhLRpw/s320/DSC02272.JPG" /></a><br /><div><div>Mariana, meu amor.<br /><br />Voltamos de Buenos Aires no domingo. Você sempre pediu para andar de avião e lá fomos nós, para o destino próximo, que testaria sua resistência às suas próximas andanças pelo mundo. A viagem de avião foi um sucesso. Você adorou cada minuto e só isso já teria valido a viagem. Lá em Buenos Aires as delícias continuaram. A programação diária sempre incluía um passeio infantil e terminava com um jantar adulto. Fomos ao Zoo, ao Museu de Los Ninos, ao Jardim Japonês, ao Rosedal e ao Tigre. Em poucos dias você estreou vários meios de transporte, como bem diz o título lá em cima. Curtiu muito o trem ao Tigre e o barco que continuava o passeio. E também adorou andar de táxi, já que podia passear no meu colo. Escolhemos um hotel com cozinha, antevendo que não poderíamos sair para jantar. Mas ledo engano. Você se mostrou animada todas as noites e acabamos jantando fora todos os dias. A programação incluiu até mesmo o restaurante Las Cabras bem tarde da noite, com direito a uma hora de espera e você animadona. Como eram poucos dias de viagem, fizemos exceção à boa alimentação e você comeu o que vinha pela frente, fossem empanadas, sorvete do Freddo ou macarrões cá e lá. Só não comeu carne, item que nós duas não apreciamos. No último dia você já clamava por sua casa, dizia ter saudades dos avós e do Pablo e da Uniqua e só falava em voltar. Ou seja, acertamos também no tempo de duração da viagem. Um test drive e tanto.<br />Em resumo, a viagem foi deliciosa, na medida do que queríamos e podíamos. Podemos repetir sempre!</div></div></div></div>Patriciahttp://www.blogger.com/profile/07925603234574891052noreply@blogger.com7tag:blogger.com,1999:blog-8561402694214757991.post-47735045778975340892011-09-20T12:56:00.000-07:002011-09-20T12:58:05.934-07:00O mais legal de ser mãe.<p class="MsoNormal"><span class="Apple-style-span" style="line-height: 13px; "><span class="Apple-style-span" >Dá trabalho. Cansa. Dorme-se menos. Ouve-se mais choros. Mas é tão legal ser mãe que merece o registro, antes que a adolescência de Mariana chegue e eu esqueça as boas memórias.</span></span></p> <p class="MsoNormal"><span style="line-height: 115%; "><span class="Apple-style-span" >É legal, quero dizer, é incrível quando o filho mexe na barriga. É incrível quando a barriga começa a aparecer, e a minha eu percebia no começo só de manhã, ainda deitada na cama. Tinha emagrecido bastante por conta dos enjôos, mas logo cedo percebia um calombinho abaixo do umbigo. E sabia que ali tinha um bebê. Muito legal.<o:p></o:p></span></span></p> <p class="MsoNormal"><span style="line-height: 115%; "><span class="Apple-style-span" >Depois foi legal, muito legal,, legal mesmo amamentar. É uma sensação de prazer mesmo dar leite para seu filho. Quando a gente amamenta, só de pensar no ato o peito já começa a vazar. Muito legal, muito incrível, muito sensacional.<o:p></o:p></span></span></p> <p class="MsoNormal"><span style="line-height: 115%; "><span class="Apple-style-span" >Depois, pela ordem, meio cronológica, meio emocional, é legal ver seu filho sorrir. Na memória tenho um dia que Mariana olhou para o móbile e sorriu para os ursinhos que rodavam acima do berço. Ver que ela já percebia o mundo foi muito legal e fiquei ali, um tempão, dando corda no móbile e vendo o risinho dela ir e vir. Coisa linda, coisa mais linda, gente.<o:p></o:p></span></span></p> <p class="MsoNormal"><span style="line-height: 115%; "><span class="Apple-style-span" >As primeiras vezes também são muito legais. Primeira papinha, primeiras palavrinhas, primeiros passos, primeira vez que viu o mar, primeiro dia na escola. Esse sentimento de apresentar o mundo é muitíssimo legal.<o:p></o:p></span></span></p> <p class="MsoNormal"><span style="line-height: 115%; "><span class="Apple-style-span" >E legalzíssimo mesmo é o aniversário de um ano.É um sentimento de vitória tão doido, que não sei nem explicar. A gente se sente meio “olha como eu consegui”. Me deram na maternidade um bebezinho e doze meses depois ela estava lá, lindona, risonha, limpa, penteada, banhada, trocada, alimentada. Quer vitória maior? Muito muito muito legal.<o:p></o:p></span></span></p> <p class="MsoNormal"><span style="line-height: 115%; "><span class="Apple-style-span" >Também legalzão é se reconhecer no filho. Em atos, palavras, traços. Acho incrível quando reconheço algo meu na Mariana, seja um gosto alimentar, uma expressão, um olhar. É egóico, mas é legal.<o:p></o:p></span></span></p> <p class="MsoNormal"><span style="line-height: 115%; "><span class="Apple-style-span" >E a partir de um ano, acho que fica mais legal a cada dia. Falo aqui, bem baixinho pra ninguém ouvir, que não gosto muito de bebês pequenos. Gosto de crianças, principalmente crianças falantes. Então desde que Mariana começou a falar é só alegria. Cada dia fica mais fácil, cada dia é mais leve, cada dia é mais legal. Muito legal. Muito legal ser mãe gente!<o:p></o:p></span></span></p> <p class="MsoNormal"><span style="line-height: 115%; "><span class="Apple-style-span" >E para você? O que é legal na maternidade?</span><span class="Apple-style-span" style="font-size: 9pt;"><o:p></o:p></span></span></p>Patriciahttp://www.blogger.com/profile/07925603234574891052noreply@blogger.com12tag:blogger.com,1999:blog-8561402694214757991.post-29669470179038388292011-09-16T07:35:00.000-07:002011-09-16T07:41:20.445-07:00Virou número<a href="http://2.bp.blogspot.com/-1FA6tqtP9XI/TnNfpH2Q_II/AAAAAAAAAr8/eY6DViWHXYw/s1600/Mariana%2BRG.png" onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}"><img style="display:block; margin:0px auto 10px; text-align:center;cursor:pointer; cursor:hand;width: 180px; height: 320px;" src="http://2.bp.blogspot.com/-1FA6tqtP9XI/TnNfpH2Q_II/AAAAAAAAAr8/eY6DViWHXYw/s320/Mariana%2BRG.png" border="0" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5652967117366033538" /></a><p class="MsoNormal"><span class="Apple-style-span" style="font-size: 12px; line-height: 13px;"><br /></span></p> <p class="MsoNormal"><span style="line-height: 115%; "><span class="Apple-style-span" >Mariana, é isso aí.<o:p></o:p></span></span></p> <p class="MsoNormal"><span style="line-height: 115%; "><span class="Apple-style-span" >Agora você é um número para o instituto de identificação ricardo não sei das quantas daunt. Faz parte da multidão. Tem RG e já tinha CPF. Pra falar a verdade, tá com a documentação mais em ordem do que a minha. Te achei linda no RG, assim toda sorridente, pronta pra vida civil. <o:p></o:p></span></span></p> <p class="MsoNormal"><span style="line-height: 115%; "><span class="Apple-style-span" >Tomara todo mundo sorrisse no RG.</span></span> Não mudava nada. Mas que ficava mais alegre, ah ficava.</p><p class="MsoNormal">Um fim de semana sorridente para todo mundo!!!!!!</p>Patriciahttp://www.blogger.com/profile/07925603234574891052noreply@blogger.com4tag:blogger.com,1999:blog-8561402694214757991.post-18298228991864432162011-09-15T10:02:00.000-07:002011-09-15T10:09:19.336-07:00Dos piqueniques e dos perfeccionismos bobos que devemos evitar sempre.<div style="text-align: center;"><br /></div><span class="Apple-style-span" style="color: rgb(0, 0, 238); -webkit-text-decorations-in-effect: underline; "><img src="http://2.bp.blogspot.com/-wfar8C09EAc/TnIwi-FCbGI/AAAAAAAAArs/Zq2B5kTdPyo/s320/IMG_0154.JPG" border="0" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5652633859641207906" style="display: block; margin-top: 0px; margin-right: auto; margin-bottom: 10px; margin-left: auto; text-align: center; cursor: pointer; width: 320px; height: 240px; " /></span><img src="http://2.bp.blogspot.com/-UjYVW-A0bEY/TnIw1ldf7bI/AAAAAAAAAr0/_ByYHouQK9c/s320/IMG_0163.JPG" style="display:block; margin:0px auto 10px; text-align:center;cursor:pointer; cursor:hand;width: 240px; height: 320px;" border="0" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5652634179450432946" /><div style="text-align: center;"><br /></div><a href="http://1.bp.blogspot.com/-fyJ5enCjwB4/TnIwZ2d5X4I/AAAAAAAAArk/p98dqkCme5U/s1600/IMG_0149.JPG" onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}"><img style="display:block; margin:0px auto 10px; text-align:center;cursor:pointer; cursor:hand;width: 320px; height: 240px;" src="http://1.bp.blogspot.com/-fyJ5enCjwB4/TnIwZ2d5X4I/AAAAAAAAArk/p98dqkCme5U/s320/IMG_0149.JPG" border="0" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5652633702979166082" /></a><br /><a href="http://4.bp.blogspot.com/-oflHGngYhNQ/TnIwRkdNz2I/AAAAAAAAArc/ZeheFaJT6KA/s1600/IMG_0172.JPG" onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}"><img style="display:block; margin:0px auto 10px; text-align:center;cursor:pointer; cursor:hand;width: 240px; height: 320px;" src="http://4.bp.blogspot.com/-oflHGngYhNQ/TnIwRkdNz2I/AAAAAAAAArc/ZeheFaJT6KA/s320/IMG_0172.JPG" border="0" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5652633560705519458" /></a><br />Mariana,<br />Com algum atraso, o registro de mais uma primeira vez.<br />Primeiro piquenique no parque. Combinamos na véspera com tios e tias. No dia seguinte correria para chegar no Ibirapuera antes da multidão ávida pelo feriadão da independência. Na pressa e no improviso, saquei uma manta do armário, fiz uma rapa na geladeira. Tia Pri levou a maior parte do lanche, também feito de rapa de geladeira.<br />Estava feito o piquenique.<br />No meu mundo perfeito e estereotipado, a toalha seria xadrez e a mochila seria uma cesta dessas do Zé Colméia. A comida seria muito mais do que bisnaguinhas, biscoitos, água de côco e guaraná. No meu piquenique perfeito teríamos frutas delicadamente picadas, teríamos sanduichinhos feitos por mim de forma artesanal e até mesmo um bolo recém tirado do forno. Teríamos suco natural e até mesmo umas flores enfeitando a toalha. Mas entre sonho e realidade, fomos de realidade. Entre não fazer o piquenique por falta de pompa e circunstância ou fazê-lo à nossa moda, melhor fazê-lo, claro.<br />Então, filha, que seja nosso lema. Melhor imperfeito, porém verdadeiro, palpável, real, do que perfeito e imaginário. Melhor aproveitar o momento. Melhor agir ao invés de sonhar. Melhor fazer do que passar a vida esperando o dia certo, a hora exata, o momento adequado, o quem sabe, o talvez.<br />E no imperfeito surge o perfeito. Eis a segunda lição do dia.<br />Porque perfeito foi o encontro de primas e irmãos e cunhados e cunhadas. Perfeito foi o dia ensolarado. Perfeito foi ver as meninas brincando e sorrindo. Perfeito foi pular corda como se eu fosse criança. Perfeito foi ver você sorrindo. Perfeito foi nossa família de mãos dadas no parque, eu, você e papai. Perfeito é ter irmãos, cunhadas e sobrinhas tão queridos, tão amados, que fazem de um simples piquenique um dia mais do que especial.<br />E nem teve formiga.<br />Perfeito né?Patriciahttp://www.blogger.com/profile/07925603234574891052noreply@blogger.com2