quarta-feira, 30 de dezembro de 2009

Feliz Ano Novo! Feliz Ano Velho!

Filha,

2009 foi um ano importante. O ano em que você aprendeu a andar com as próprias pernas. O ano em que você aprendeu a falar e, mais que isso, exprimir os seus desejos sem ter que berrar por isso. O seu primeiro ano de vida. O ano em que a nossa bebê começou a se tornar uma pequena menina.
Me espanto de ver o quanto você cresceu. A cada dia me surpreendo com o seu tamanho, com a sua desenvoltura; quase não reconheço a bebê que no ano passado estava nos meus braços, mamando no meu peito.
Outro dia mesmo começou a falar mamãe, hoje forma pequenas frases. Ontem mal andava, hoje corre, dança, rodopia. O tempo tomou outra medida desde que você nasceu. Não passam mais os dias. Passa você. Cresce você. A medida do nosso tempo é você. E a recompensa é ver essa criança feliz que você está se tornando. Todo o resto ficou muito menos importante. Essa é tão falada nova dimensão que a vida ganha quando um filho chega.

Mas filha, 2009 não foi perfeito. O balanço geral foi bom. Mas não há ano 100% bom. Não há nada 100% bom. Acostume-se com isso. Nossa vida é de altos e baixos. De bom e de ruim. De doce e de amargo. E é isso que nos impulsiona filha. Essa incerteza, essa esperança de que sempre tudo vai melhorar, que a gente vai emagrecer, que amanhã vai fazer sol, que o salário vai aumentar, que a gente vai ganhar na loteria, encontrar o grande amor, se curar da gripe, ligar o rádio e escutar a música preferida... a incerteza e a expectativa é que dão gosto à vida.
Minha vida não é perfeita. Nem a sua será. Portanto, aproveite as marés altas. Saiba saborear os bons momentos. Agradeça a cada dia feliz que passar. Não se lamente pelos leites derramados. Não condicione a sua felicidade aos momentos futuros. Quando eu crescer. Quando eu casar. Quando eu passar no vestibular. Quando eu me formar. O futuro não é garantia de felicidade. Aproveite o agora. O hoje. Valorize as pequenas alegrias. Cresça saudável e forte. Divirta-se. Seja intensa e apaixonada. Viva livre e feliz. Sempre.

Que esse espírito de contentamento contagie todos nós em 2010.

Feliz Ano Novo!!!!

terça-feira, 29 de dezembro de 2009

Poucos dias para terminar 2009. Pausa para descontrair. E notícias do Natal.








Ano quase acabando. Sensação de partida de futebol aos 45 do segundo tempo. Tentando resolver tudo, prazos, pendências, arrumar armário, fazer luzes no cabelo, emagrecer... nossa, a lista de resoluções de 2009 ainda está pela metade e só faltam 03 dias para o ano acabar...
Mariana, se há um verbo para 2009 foi TENTAR.
Sua mãe passou o ano tentando. Tentando dar conta do recado. Tentando ser boa mãe. Tentando ser boa advogada. Tentando ser boa mulher para o seu pai. Tentando praticar yoga. Tentando prosseguir com a dança do ventre. Tentando emagrecer. Tentei. Não sei se consegui à altura das expectativas, minha e dos outros. Talvez tenha sido como o pato, que nada, voa, anda e bota ovo e acaba não fazendo nada muito bem. Mas é assim que eu sou. Em primeiro, primeiríssimo lugar, tentei ser boa mãe.
E em 2010, filha, vou continuar tentando ainda mais. Pode confiar!


****************************************************************************
E aí, entre uma coisa e outra, vejo o Google Analytics e me permito uma pausa para momentos de pura diversão....

Olha só o que o povo anda procurando por aí...

Bonequinhas com a mão para o alto (Barbie assaltante? Será?)
Como distrair uma criança quando ela enche o saco? (ah se eu soubesse....)
Como distrair uma criança de um ano. (idem, idem...)
Criança que cai, desmaia e vomita (meu filho, desliga esse computador e vai pro hospital!)
Como fazer exame de urina em bebê (essa a titia já ensinou aqui nesse blog)
Criança sonolenta após bronca. (menina, que bronca mais entediante foi essa?)
Eu uso higiapele para limpar o rosto. (eu também! Eu também! Foi a Lia que me ensinou, mas amiga, me diga, o que é que o google tem a ver com isso?)
Qual o time de futebol da Mariana (até agora acho que Corinthians, aê Timão!)
Sensor para fralda suja (Existe isso? Onde vende?)
Você é meu coração te pego no colo te joguei no chão (uhuuuuu!!)

*************************************

Em tempo. O Natal foi ótimo. Ano passado Mariana tinha quatro meses e não entendeu nada do que aconteceu. Esse ano gostou de ganhar presentes, aprendeu a falar "Pel" (neologismo para Papai Noel) e peitcho (fala assim “cadê peitcho mamãe?”... “ó peitcho mamãe”...praticamente uma filha do Seu Creyson). Ganhou duas casas, um carro, uma moto, uma mesa e uma cadeira. Pode perfeitamente ir morar sozinha. E adorou panetone. Enfim, Natal em família, junto dos que amamos, comilanças, presentes, crianças...tudo o que faz esse dia muito feliz. Valeu Papai Noel! Ops...Pel!

quarta-feira, 23 de dezembro de 2009

So this is Christmas


Mariana,

É Natal. Ao longo da sua vida você vai ouvir muitas críticas à data. Sempre relacionadas a consumo, comércio, ninguém se lembra mais do verdadeiro significado do Natal e coisas do gênero. Se você já está lendo esse texto por conta própria, certamente já te ensinei o verdadeiro significado do Natal. Então não preciso ficar aqui te repetindo. Assim, vamos partir da premissa que Natal é celebração do nascimento de Jesus e quanto a isso não temos dúvida. Mas, de tanto as pessoas comemorarem esse nascimento, foram surgindo as tradições todas, e o que começou numa manjedoura e alguns reis magos, terminou no Shopping Center com foto de Papai Noel a R$ 5,00 contos a unidade. E entre uma ponta e outra, o que há? Só o que criticar?
Não. Claro que não.
Minha memória de Natal é maravilhosa, filha. O cheiro do peru assando. Minha avó Hebe fazendo doce de castanhas. O dia que essa minha avó se vestiu de Papai Noel e as calças caíram bem na hora da entrega dos presentes. Eu e meus irmãos montando a árvore de Natal. A rosca de nozes. O meu irmão Matheus dando curto-circuito nas luzinhas de Natal. O cheiro de panetone. Minha bisavó Catarina subvertendo o Natal e me mostrando os presentes já comprados e guardados em cima do guarda-roupa. Meu pai fatiando o peru.Os exageros de presentes que eu e meus irmãos ganhávamos do trio vó/tia avó/bisavó. Meu pai penando para montar e colocar pilha nos muitos brinquedos que ganhávamos.Os poucos Natais com meu único tio, sua mulher e meus únicos primos, hoje tão distantes. O entusiasmo da minha mãe com a data, enfeitando a casa, comprando árvore e cozinhando para um batalhão, mesmo que nossa família tivesse apenas poucas pessoas. Minha avó Margarida, hoje tão velhinha. Os Natais já casada com seu pai, almoçando quatro vezes - na minha mãe, na mãe dele, na tia e no primo – só para não descontentar nenhum parente. As rabanadas da sua avó Marlene. O primeiro Natal que passamos na minha casa de casada, no ano que minha avó Hebe tinha morrido. O Natal em que eu estava grávida e, enjoada, não comi nada da ceia. O primeiro Natal nessa nossa casa, com você nos nossos braços, o maior presente do mundo.
As lembranças são muitas, filha. Você também terá as suas. E se forem doces como as minhas, é sinal que eu e seu pai fizemos um bom trabalho.
Mariana, Natal é sim data para celebrar. Como todos os dias da nossa vida.
E sem nunca perder de vista o verdadeiro significado. Como todos os dias da nossa vida.

Um Feliz Natal a todos!

segunda-feira, 21 de dezembro de 2009

Esse Papai é Noel


Minha filha,

Não é a primeira vez que seu pai se veste de Papai Noel. Mas é a primeira vez que esse Papai Noel tem a filha nos braços. E você não imagina quanto ele sonhou com esse momento. Quantos Natais ele passou pensando quando a sua cartinha seria atendida e o presente que ele tanto pediu chegaria.
E chegou, filha. Você é o maior presente de todos. Nessa foto, de tantos papéis trocados, o pai virou Noel, e a filha virou presente. Sonhos se tornando realidade. O maior desejo foi atendido. No Natal, época de emoções à flor da pele, impossível não nos emocionarmos com a alegria de sermos três.
Provavelmente você terá outras tantas fotos no colo do Papai Noel. Mas nenhum, filha, nenhum, nem mesmo aquele que mora lá no Polo Norte, te amará tanto como este aqui da foto te ama.
Papai Noel existe sim. O que eu achava que não existia era um pai como o que você tem.

O batizado da Dudinha






Duda, Dudinha, Maria Eduarda,


Somos os seus padrinhos. Você foi batizada. Sensação de missão cumprida, de satisfação, de alegria imensa por podermos ser parte importante da sua vida. Você é uma menina linda. Ficou quietinha, quase gostou quando o padre jogou a água na sua cabecinha. Não chorou um só minuto. Um exemplo. O dia estava lindo, a família toda reunida, todo mundo lá para presenciar esse momento tão importante. Que Deus te abençoe sempre meu amor!


Espero que alguém dessa família me mande alguma foto da igreja para eu substituir essa foto meramente ilustrativa da ocasião....Fico aguardando!!

quarta-feira, 16 de dezembro de 2009

O choro imaginário

Desde que Mariana nasceu, basta eu entrar no banho que começa. Ligo o chuveiro e junto com a água vem o choro imaginário. Ouço Mariana chorar. Desligo o chuveiro. Nada. Ligo novamente. Volta o choro. Conversando com outras duas mães semana passada, ambas me confessaram ouvir o mesmo choro.
Pelo menos não sou só eu....


terça-feira, 15 de dezembro de 2009

Se tu vens às quatro horas da tarde, desde as três eu me sentirei feliz.

Minha pequena princesa,

A programação de domingo já estava acertada desde cedo. Café da manhã na padaria. Passeio na pracinha. Visita aos vovôs Mario e Marlene. Almoço nos vovôs Marisa e Roberto. E à tarde a exposição do Pequeno Príncipe, que termina no dia 20. Mas depois do almoço você, minha Pequena Princesa, virou Bela Adormecida e dormiu a tarde inteirinha.
É Pequeno Príncipe, desculpe o bolo da Pequena Princesa...o plano era realmente ir às quatro da tarde...


A Pequena Adormecida. Se resolver virar miss, compro um exemplar do livro.





Programação com crianças: nem sempre termina do jeito que a gente planejou.

segunda-feira, 14 de dezembro de 2009

As dicas da Sil



Como comentários ao post Para Lia ,minha amiga Sil deu dicas valiosíssimas para as futuras mamães. A Sil é a irmã que Deus me mandou por outros meios que não o sangue. Hoje, além de melhores amigas, somos comadres, motivo imensa alegria para mim.
Para que as dicas não se percam, reproduzo-as, sem autorização prévia, assumindo os riscos de uma bronquinha mais tarde. Pelo conteúdo, Silvana está nos devendo um blog.

Pá,
faz tempo que não posto nada, mas vim deixar minhas dicas. São longas. Sobre amamentação e sobre amor.

Sabe, Lia, minha mãe nunca conseguiu amamentar nenhum de nós três (eu e meus irmãos). Dizia que não tinha bico no seio. Eu tinha mto medo de ser incapaz tb. Mas ninguém é. Amamentar é possível, intuitivo, fácil até, mas requer certo comprometimento. Então, lá vai:

a) nos primeiros dias a bb não vai sugar quase nada. É assim mesmo, TODOS perdem peso na Maternidade e já nascem c/ reserva de gordura prá isso. O colostro é pouquíssimo. Não se impressione se falarem: "já dormiu? não!acorde prá mamar mais!". Eu chorei de insegurança na maternidade com isso. Mas nenhum bb morre de fome sem antes berrar pedindo peito! Acredite: sua filha já nascerá sabendo lutar para viver!!

b) não deixe ela te machucar. Se sentir dor, ponha o dedo mindinho no canto da boquinha e a posicione de novo no seio. Assim, evita maiores complicações. É horrível amamentar qdo o seio está machucado e, fazendo assim, vc evita passar por isso.

c)é mentira q amamentar dói. Lenda da patrulha do "vc não consegue". Não dói nada. Se a bb fizer bocão prá pegar o seio não vai doer. E a boca de peixinho indica q tá tudo bem (essa quem me ensinou foi a madrinha do meu filho, né, Pá?? rsss);
d) o ruim, eu acho, é ficar parada na mesma posição, feito estátua, por horas. Caso contrário o bb perde a "pega". Dai, prá evitar isso, acredite, vc vai ficar paradinha...rss

e) não rola isso de 15 minutos em cada seio e, "voilá", tudo acabou...o bb mama, mama, mama...O meu mamava, nos primeiros três meses, prá dormir, da Malhação até o final do Caminho das Índias...rsss...e eu lá, imóvel. É assim mesmo. Sai pouquinho leite e eles são bem vagarosinhos no começo. Depois, sim, é tudo + rápido;

f) o Lansinoh ajuda e mto. Mas uma pomada rende prá um ano e vc vai usar só no começo. Não faça igual eu, q tinha um estoque de SEIS em casa...rsss. Ela é cara. Poupe seu din-din prá outras coisas;

g) no começo o organismo produz mto mais leite q o necessário. Use as conchas q evitam q o seio empedre. E ponha a bb prá mamar qdo estiver cheio demais. Mas, mesmo assim, o bico do seio, às vezes, fica mto cheio. A boquinha da bb pode escorregar e gerar dificuldades na "pega".
Eu passei por isso numa fase. O Marcelinho não pegava o seio de jeito nenhum de madrugada. Tentava mais de 15 minutos.
Daí, eu descobri que com o bico vazio ele pegava bem mais fácil. Passei a esvaziar o bico antes da oferecer o seio. Já o oferecia ao bb bem molinho. E paramos ambos de chorar...rsss.
Já hj, ele pega meu seio até qdo eu vou desligar o abajur (tipo assim: no ar!!! rss);


h) tente, nisso insisto, TENTE MESMO, dar peito deitada. O bb virado prá vc, ambos de lado, barriga-com-barriga. Vc vai ver como é bom poder cochilar com sua bb mamando tranquilamente. Eu canso de fazer isso. Durmo c/ ele mamando até hj. Cochilo quase sempre, especialmente qdo ele mama de madrugada. Ele tem dez meses, teve a primeira febre aos nove e é um tourinho.

i) mas, se nada disso der certo, desencane da amamentação. Eu dei Nan no começo, por influências externas e foi bom, no meu caso, pq me dava tranquilidade qdo saída de casa e sabia q o bb não morreria de fome. Antes do Nan, eu me vi dirigindo perigosamente algumas vezes, qdo a hora da mamada se aproximava... Ou seja, seja razoável e descubra o q fará com que a relação de vcs seja saudável.

j) o mais importante é o amor da mamãe. Sua será feliz do mesmo jeito, seja mamando no peito, seja na mamadeira. Não há perfeição.

k) e, por último, deixo a vc a minha dica mais importante. Essa aprendi com um grande amigo, psicanalista famoso: amor nunca estragou ninguém. Amor é amor. Só faz bem. Se vc achar q está beijando mto sua filha, meu conselho é: beije mais!! Se achar que abraça muito, é porque está abrançando pouco...
E, nunca, jamais, por motivo nenhum, faça com sua filha o q não faria com a filha da vizinha. Exemplo: vc gritaria com a filha da vizinha se ela quebrasse um copo? Não? Então sua filha tb não merece bronca por causa disso. Guarde esse sábio conselho!!

Amemos, pois, nossos filhos.
E nos amemos igualmente, pq nada gera mais prejuízo emocional a alguém q, ter, na infância, uma mãe infeliz.

Assim, faremos desse, um mundo melhor prá se viver. Cheio de adultos felizes, respeitadores e éticos. Essa será a nossa revolução.

Bjs, boa sorte! Q sua jornada seja tão incrível qto tem sido a minha!

quinta-feira, 10 de dezembro de 2009

Para Lia



A Lia está chegando na reta final da gravidez. Período de ansiedade, acho que das maiores que há na vida. Eu, pelo menos, ansiava pelo desconhecido. Como seria ser mãe? Minhas dúvidas não eram filosóficas. Eram práticas. Eu saberia trocar fraldas? Conseguiria amamentar? Saberia cuidar de alguém 24 horas por dia? Eu seria boa mãe, no sentido prático da coisa? Porque instinto maternal eu nunca tive muito não... Nem nunca fui muito fã de crianças, assim no genérico. Gostava (e gosto) de crianças específicas. Das minhas sobrinhas e dos meus afilhados e de uns sobrinhos emprestados (e agora uns virtuais) e é só. Daí a dúvida. No final da gravidez encasquetei que não queria mais que Mariana nascesse. Que ficasse na minha barriga, que lá eu sabia o que fazer. Mas, claro, ela nasceu e me considero uma boa mãe. De novo, não no sentido filosófico, mas no sentido prático mesmo. Me saí melhor do que esperava no setor da puericultura. Soube trocar fraldas com facilidade. Amamentei sem problemas. Soube dar banho de primeira, sem ajuda nem nada. E me virei bem de uma maneira geral. Penei em alguns momentos, mas hoje tudo está muito mais fácil. Um ano e quatro meses de experiência devem valer alguma coisa.
E assim, na qualidade de amiga virtual, quero presentear a Lia com o pouco que aprendi nesse que foi o período mais intenso, mais cansativo e ao mesmo tempo mais prazeroso de toda a minha vida:

1. É fato que você vai dormir pouco. Mas a gente se acostuma a dormir menos. Juro. Antes da Mariana nascer eu dormia 10, 12, horas seguidas. E hoje, mesmo dormindo a metade disso, fico inteira no outro dia. O corpo se acostuma.
2. Nenhum bebê é igual dois dias seguidos. Sábio conselho da minha mãe. Hoje não dorme, amanhã dorme. Hoje está de mau humor, amanhã tudo volta ao normal. Hoje come à beça, amanhã não come nada. E por aí vai. Então não vale à pena se desesperar por pouco.
3. Nas horas de desespero (muito choro, muita cólica, muito cansaço) mentalize o mantra: vai passar. Porque passa, viu?
4. Faça back up das fotos. Perdemos TODAS as fotos da Mariana do nascimento até os seis meses, incluindo maternidade e batizado. É. Deu pau no computador e não tínhamos back up. Conseguimos recuperar algumas com minha mãe e meu irmão, mas quase tudo se foi. Cuidado!
5. Talvez o primeiro mês seja fácil para você. Mas se não for – e para mim não foi - garanto que assim que se passarem os primeiros trinta dias, tudo parece que se ajeita. Não sei o que acontece, mas com um mês tudo melhora.
6. Ouvidos de mercador para os palpites. Basta você ser mãe para todo mundo saber mais do que você. Não esquente, não sofra com isso, finja que aceitou e siga sua vida. Desconsidere até mesmo esses meus palpitinhos, se não te servirem de nada!
7. O pediatra não é Deus. Não é porque ele disse que você tem que seguir 100%. Eu escuto e filtro. Faço o que bem entendo muitas vezes e tem dado muito certo.
8. Siga a sua intuição. Acima de tudo e de todos. Costuma dar mais certo que qualquer outra coisa.
9. E last but not least, prepare-se: O maior amor do mundo te espera, bem aí na sua barriga!


Lia, esse é o meu presente de chá de bebê virtual para você. Espero que te sirva!

Convido as demais blogueiras a presentearem a Lia com as suas experiências pessoais!

quarta-feira, 9 de dezembro de 2009

A busca da escola perfeita

Mariana vai para a escola
Termino a frase sem ponto, porque não sei ainda se é uma afirmativa ou uma interrogação.
Muito cedo? Não sei.
Escola grande? Pequena? Média? Não sei.
Proposta pedagógica? No idea.
Atividades extra, como natação, ballet, yôga, salto triplo, luta greco-romana e ikebana. Será que precisa?

Ai, ai...

Simplesmente não sei. Visitei quatro. Todas diferentes em todos os aspectos, tendo como único ponto comum serem perto de casa. Uma é bem pequena, não gostei tanto, mas tive várias boas indicações. Uma é cheia de diferenciais frescurentos, não sei se faz minha cabeça. Outra tem classes até o ensino fundamental, não sei se Mariana é muito pequena para uma escola daquele porte. A última me pareceu acolhedora, mas não sei, não sei, não sei...

Coisas que me chamaram a atenção:
• numa delas as crianças estavam ensaiando a festinha do final de ano. A música estava milhões de decibéis acima do limite suportável. Não estranharia se essas crianças chegassem em casa todas neuróticas.
• noutra ouvi uma menininha dizer que a música que ela vai dançar na festa do final de ano será o tema da Hannah Montana. Me digam, com tanta cantiga de roda precisa mesmo uma criança de 5 anos dançar música de Hannah Montana? Será que tem que ser assim mesmo ou eu que estou sendo freak demais ao achar a escolha péssima?
• somente em uma a diretora convidou marido e avós para conhecerem a escola. Nessa mesma ela demonstrou bastante preocupação com a alimentação, suco só natural, pão integral...Dois pontos para ela!
• somente em uma cada salinha era acompanhada de seu respectivo banheiro, e no caso dos que usam fraldas, o banheiro tinha um lavatório, para lavar o bumbum na troca de fralda com cocô. Achei bem higiênico.

No mais, vários discursos sobre “socializar”, “o brincar”, “o lúdico”....tudo meio igual, parece discurso de político. Nenhuma me convenceu de grandes coisas não...

Pretendo visitar outras tantas até dizer “É essa!” com convicção.

E aí? Qual a escola perfeita? Será que existe escola perfeita? O que é mais importante para fazer essa escolha?

Comentários serão muitíssimo bem vindos!

segunda-feira, 7 de dezembro de 2009

O seu copo está meio cheio ou meio vazio?




Mariana,

Olha bem essa foto.
Eu e você na Aluaha, meu oásis no meio da correria do dia-a-dia. O lugar onde brinco de ser bailarina. Nós duas no intervalo da minha aula de dança do ventre. Você descansando no sofá enquanto eu admiro a sua beleza, a sua inocência, a sua companhia tão deliciosa e tão prazerosa. Você é minha companheirinha, e não imagina como é gostoso fazer você participar dessas atividades que eu gosto tanto. A foto foi tirada no outro domingo de manhã. Enquanto muitos nem tinham acordado, lá estávamos nós, ouvindo músicas lindas, vendo mulheres animadas dançarem, todas se preparando para o espetáculo de final de ano. Todos se encantaram com a sua presença, sempre animada, rodopiando para lá e para cá. Um domingo diferente. Que delícia é estar com você.

Agora olha de novo essa foto.
Eu e você na Aluaha, minha escola de dança do ventre. O hobby que eu insisto em praticar, embora quase não me sobrem minutos para isso. Te levei para o ensaio no domingo. Para chegar lá no horário, acordei cedo, te troquei, me troquei, fiz café, arrumei umas coisas, juntei toda a nossa parafernália, que incluía minha bolsa, sua bolsa, várias mudas de roupa para você (vai que chove, vai que neva, vai que vem o tsunami) o Pablo novo de pelúcia, leite, iogurte, colherzinha, uma espada e sabe-se lá mais o que. Você não parou um minuto. Corria no meio das pessoas que dançavam, se eu te tirava você chorava. Deixou o Pablo novo de pelúcia cair na água. Mexeu nas espadas das outras pessoas. Se lambuzou de iogurte. Quase não me deixou dançar. A foto foi tirada no único segundo em que você sossegou, exausta de tanto correr para lá e para cá. Terminei o ensaio morta de cansaço. Enquanto muitos nem tinham acordado, eu me sentia como se tivesse corrido uma maratona. Um domingo diferente e cansativo. Ficar com você é uma delícia, mas tentar conciliar todas as atividades é tarefa para mulher-maravilha.




Entendeu?
Eu posso contar a nossa história dos dois jeitos. Eu posso ver a nossa vida de duas maneiras. Posso colocar lentes cinzas e enxergar o mundo todo dessa cor. Ou posso enxergar o lado colorido; que é tão mais colorido desde que você chegou. Nada na vida será perfeito, filha. Esse é só um exemplo de como podemos encarar o nosso cotidiano. Se quisermos encontrar problemas, a tarefa será sempre fácil. Mas, te garanto, também é possível facilitar a vida, torná-la mais leve e mais doce. Você tem me ensinado a ver o copo sempre meio cheio. Você trouxe doçura à minha vida. E se posso te ensinar alguma coisa desde já, é viver de maneira a celebrar o cotidiano, deliciar-se com os pequenos prazeres e não se queixar a cada coisinha chata que te aparecer pela frente. Saber viver é uma arte a ser exercitada diariamente. Com a sua ajuda, tenho aprendido cada dia um pouco mais.

Obrigada meu anjo!

terça-feira, 1 de dezembro de 2009

O primeiro exame de urina a gente nunca esquece.




Mariana,

Olha como a gente complica a vida.
Depois de mais de uma semana com febrinha, chorinho, tosse, noites mal dormidas e chatices tais resolvemos te levar ao pronto-socorro. A médica, cautelosa, além do tradicional raio-x do pulmão resolveu pedir um exame de urina. Febre, criança chorosa... Nunca se sabe. Podia ser infecção de urina.
E lá vai a mãe sem experiência atrás da enfermeira, esperando o copinho para coletar a urina, tal e qual adulto faz.

Mas qual nada.

Criança, óbvio, não faz xixi em copinho. Te colocaram foi um saquinho coletor (imagine um absorvente de plástico, com um buraquinho que te colaram na periquita), como me disse a enfermeira. E aí era só esperar o xixi. Ela me disse para ficar de olho, e quando você fizesse xixi, que a avisasse para ela tirar o treco.
Saí da sala com a enfermeira e fomos para a espera. No mundo materno, logo as mães solidárias me davam diagnósticos.


Uma:


- Vai colher xixi? iiiiiii, vai demorar, viu? Se prepara...Dá água pra ela.

Outra:


- Xiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiii....coitada... O meu filho demorou quatro horas e não fez. Molha a mão dela.


Um pai:


- A minha fez mas o saquinho vazou e perdemos tudo. Molha a nuca dela.


Outro:


- Esse coletor inibe o xixi. Ela só vai fazer quando a enfermeira tirar o negócio. Molha sei lá o que dela.


E assim foi. Cada um com um prognóstico mais desanimador que o outro e uma dica mais mirabolante.
E lá fui eu me desesperando, tipo minha filha não vai fazer xixi, vou dormir aqui no pronto-socorro, esse exame de urina não vai rolar, amanhã teremos que voltar, será que vão por sonda, ai meu Deus, e agora, e agora, e agora?!?!
E aí liguei para minha mãe e contei meio tensa que você tinha que fazer xixi e que não estava fazendo, que isso, que aquilo...


E ela, bem calma:


- Pat, a Mariana faz xixi o tempo todo. Toda hora a fralda dela tá molhada. CLARO que ela vai fazer xixi.


E aí me veio a lucidez. Claro que ela ia fazer xixi. Como sempre faz. E relaxei. Vovó estava certa. Claro que você ia fazer xixi. Que desespero mais bobo...
E alguns minutos depois fui dar uma checada no saquinho e lá estava ele, o xixi, amarelinho da silva. Pronto para ser examinado.
Demorou. Mas não foi a noite toda. Nem vazou. Nem nada do que disseram. Drama totalmente à toa. Desesperar não leva a lugar nenhum. Cada vez mais me convenço disso.

Exame de urina. Mais uma para a minha lista de desafios de mãe de primeira viagem. Missão cumprida com sucesso!

Em tempo: o exame nem deu nada. Graças!