Comadres, afilhado e filha - Que dia feliz!
Filha,
De novo um post para o afilhado Marcelinho. O dia do batizado dele, como já contei, foi muito lindo, muito feliz , enfim, um dia para guardarmos na nossa memória.
Só que tenho que contar sobre o batizado propriamente dito, para que a parte, vamos dizer, cômica, do dia, não se perca nas nossas memórias.
Senta que lá vem história.
Dia do batizado. Igreja Nossa Senhora do Brasil. Família e amigos reunidos. Tudo perfeito. Chega o padre, visivelmente entediado/mau humorado. Distribui os folhetos com o roteiro do batizado e inicia a leitura em tom monocórdico e beeem baixinho.
O Marcelinho começa a chorar. Eu, madrinha de plantão, logo dei a ele o folheto do batizado para ver se ele se distraía. Pareceu surtir efeito. Ele até se distraiu com o folheto. Em seguida, o Padre me fulmina com o olhar e adverte:
- Cuidado, a criança vai amassar o papel.
Levei o pito e tirei o papel da mão dele, já achando engraçado o mau humor do Padre e a bronca que havia levado.
E aí começou o berreiro.
O Marcelinho berrava sem parar. Sem parar mesmo. Nem um segundinho. Eu até tentei achar alguma coisa na minha bolsa que o distraísse. Encontrei um presentinho que você ia dar para ele mais tarde. Até que ele se distraiu com a embalagem por uns, digamos, 10 segundos. Em seguida reiniciou o berreiro.
O Padre, alheio ao choro, continuava a leitura monocórdica e cada vez mais baixo. Parecia estar em estado meditativo ou em transe, sei lá, o pequeno se esgoelando e o Padre fingia que não percebia.
Eu e a Silvana nos olhávamos com cara de “quequeéisso?” e prendíamos o riso. Assim foi toda a cerimônia. Marcelinho chorando horrores, o Padre robô lendo o folheto e nós nos entreolhando de vez em quando e morrendo de vontade de cair no riso. Mais tarde até comentamos que nos lembramos do tempo de colégio, quando tomávamos pitos das freiras e fingíamos estar super concentradas na bronca, quando na verdade estávamos morrendo de vontade de rir.
Fato é que Marcelinho, tadinho, chorou até o final. Fez-se o sacramento, foi ungido com óleo, devidamente abençoado por todos e, por fim, batizado. Terminado o ato o Padre disse lá um “sigam em paz” e foi embora sem dizer palavra.
Um Padre robô. Era o que faltava pra esse mundo acabar de vez.
A história rendeu boas risadas tarde adentro, durante o delicioso almoço na casa da Silvana.
O importante é que Marcelinho está batizado e eu sou uma madrinha orgulhosíssima do presente que ganhei.
O resto, é história pra gente relembrar sorrindo.
De novo um post para o afilhado Marcelinho. O dia do batizado dele, como já contei, foi muito lindo, muito feliz , enfim, um dia para guardarmos na nossa memória.
Só que tenho que contar sobre o batizado propriamente dito, para que a parte, vamos dizer, cômica, do dia, não se perca nas nossas memórias.
Senta que lá vem história.
Dia do batizado. Igreja Nossa Senhora do Brasil. Família e amigos reunidos. Tudo perfeito. Chega o padre, visivelmente entediado/mau humorado. Distribui os folhetos com o roteiro do batizado e inicia a leitura em tom monocórdico e beeem baixinho.
O Marcelinho começa a chorar. Eu, madrinha de plantão, logo dei a ele o folheto do batizado para ver se ele se distraía. Pareceu surtir efeito. Ele até se distraiu com o folheto. Em seguida, o Padre me fulmina com o olhar e adverte:
- Cuidado, a criança vai amassar o papel.
Levei o pito e tirei o papel da mão dele, já achando engraçado o mau humor do Padre e a bronca que havia levado.
E aí começou o berreiro.
O Marcelinho berrava sem parar. Sem parar mesmo. Nem um segundinho. Eu até tentei achar alguma coisa na minha bolsa que o distraísse. Encontrei um presentinho que você ia dar para ele mais tarde. Até que ele se distraiu com a embalagem por uns, digamos, 10 segundos. Em seguida reiniciou o berreiro.
O Padre, alheio ao choro, continuava a leitura monocórdica e cada vez mais baixo. Parecia estar em estado meditativo ou em transe, sei lá, o pequeno se esgoelando e o Padre fingia que não percebia.
Eu e a Silvana nos olhávamos com cara de “quequeéisso?” e prendíamos o riso. Assim foi toda a cerimônia. Marcelinho chorando horrores, o Padre robô lendo o folheto e nós nos entreolhando de vez em quando e morrendo de vontade de cair no riso. Mais tarde até comentamos que nos lembramos do tempo de colégio, quando tomávamos pitos das freiras e fingíamos estar super concentradas na bronca, quando na verdade estávamos morrendo de vontade de rir.
Fato é que Marcelinho, tadinho, chorou até o final. Fez-se o sacramento, foi ungido com óleo, devidamente abençoado por todos e, por fim, batizado. Terminado o ato o Padre disse lá um “sigam em paz” e foi embora sem dizer palavra.
Um Padre robô. Era o que faltava pra esse mundo acabar de vez.
A história rendeu boas risadas tarde adentro, durante o delicioso almoço na casa da Silvana.
O importante é que Marcelinho está batizado e eu sou uma madrinha orgulhosíssima do presente que ganhei.
O resto, é história pra gente relembrar sorrindo.
Nenhum comentário:
Postar um comentário