sexta-feira, 10 de dezembro de 2010

Nem Ebenezer Scrooge resistiria

O espírito natalino, coitado, tenta entrar em mim e eu resisto. Ano difícil merece comemoração? Mais fácil endurecer, perder a ternura, passar em branco? Mariana é pequena, não entende ainda o Natal. Já conhece, claro, a figura do Papai Noel, e até imita o típico ho-ho-ho. Mas não percebe em mim a falta de ânimo que me é tão pouco peculiar. Fomos ao shopping ontem. Quis mostrar a ela o Papai Noel. Primeiro porque hoje ele vai passar na escola dela, e uma prévia poderia evitar sustos e medos desnecessários. Segundo porque é Natal, é Natal, é Natal. E Mariana não tem culpa de que nesse ano a rena do nariz vermelho não anda lá muito minha amiga. Chegando perto da decoração natalina o olhar dela se iluminou. Falei que era a casa do Papai Noel e ela gostou, pareceu ter achado normal o Papai Noel morar lá no shopping. Fomos entrando e lá estava o velhote, sentadão no trono vermelho. Meio magro, coitado. Mas valendo, claro. Perguntei se ela gostaria de falar com ele, sentar no colo. Disse que sim. Ficamos numa filinha esperando a nossa vez. Aí avistei de longe a minha mãe, que também passeava por aquelas bandas. Olha, Mariana, a vovó! E ela, numa alegria contagiante, inebriante: - Vovóóóó, vem ver vovó!! Olha vovó, o Papai Noel!!!!!!!!!!!! Falou tão alto que muita gente ouviu e riu da empolgação da pequena. Até o próprio Noel ouviu. Chegada a sua vez, Mariana se aboletou no colo dele, bateu lá um papinho típico, Foi boazinha? Fui. Quer ganhar o quê? Pianinho. Quer um pirulito? Quero.
Saiu de lá feliz da vida. Deu duas lambidas no pirulito e me entregou porque acha ruim. Come você, mamãe. Aceitou por educação, afinal, recusar pirulito do Papai Noel é grosseria daquelas... Depois ainda sentamos em um trenó, e ouso dizer que ela gostou mais de dirigir trenó do que falar com o Papai Noel.
E diante de tanta inocência, de tanto encantamento, não há como resistir ao clima, nem à época, nem deixar de me emocionar com quanta vida essa menina trouxe à minha própria vida.

6 comentários:

  1. Oi Patricia, não sei os motivos para o pouco clima natalino, mas senti tanta emoção no seu "relato" que acho q ele, o clima, conseguiu chegar por aí!

    Bjnhos

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  2. é isso ai mimosa, natal são eles, as crianças, que nos iluminam, que nos dão energia, que nos fazem feliz...e hohoho

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  3. Que bom!! Acho que essa é a melhor recompensa de todas, a felicidade que os filhos nos proporcionam nos momentos que estamos quase deixando a peteca cair! hehehe

    Mari linda!!! =D
    Beijo!

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  4. Pat, amo seus textos. Espero que o próximo ano seja mais fácil que esse, e que a Marianinha continue levantando seu astral. Muita paz pra você.

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  5. Patrícia,

    Esse ano foi bem difícil mesmo - mas já está acabando, olha só. Então força aí!

    Mais uma vez, lindo post, muito sensível.

    Beijos

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