Mariana segurando uma galinha na mão. Claro que estava com o pai. A mãe, medrosa-cautelosa-ai-cuidado-vai-machucar jamais permitiria esse momento Globo Rural. E é assim que estamos administrando a educação da Mariana. Na base do quem tem talento-coragem-dom para a coisa, se responsabiliza. Se dependesse de mim, o mais perto que Mariana chegaria da galinha, seria vendo o DVD do Cocoricó. Também jamais mergulharia na piscina. Nem gosto de olhar quando a dupla, junta, canta a musiquinha que aprendeu na natação e que termina com a garota afundada dentro d’água. Eu, temerosa dos perigos do mundo (leia-se: tudo o que a rodeia), nem gosto de olhar o mergulho. Também não fosse pelo pai, Mariana jamais seria arremessada para o alto e, se um dia resolver integrar alguma troupe circense, não será por minha influência.
Ao meu lado, a vida é mais pacata. Mostro a grama, arrisco mostrar a formiguinha. Ensino musiquinhas, cores, mostro cheiros. Outro dia inventei de mostrar para ela uma lagartixa, bicho que me arrepia até o último fio de cabelo. A lagartixa se mexeu, vindo em nossa direção, e eu dei o maior grito, assustando a pequena. Depois disso, evito as lagartixas, porque não quero que ela tenha medos aprendidos. Que tenha os medos próprios, mas que não seja eu a influência medrosa.
Por outro lado, sou forte nas vacinas. Não tenho dó, levo achando que estou fazendo um bem e prefiro que o pai não vá, para que a cara de pena não contamine a menina. Outro dia, na vacina da H1N1 fomos as duas. Mariana repetindo o mantra que eu ensinei: - Não dói, não dói. Tomou a vacina e doeu. Chorou sentida. Mas eu não tive dó. Chegou minha vez, ela ficou me olhando e esperando o momento da picada. E aí ela chorou por mim. Teve dó de mim, tadinha. Mas, minutos depois saímos as duas do posto como duas valentonas, e Mariana passou o dia a vacinar suas bonecas e a dizer: - Não dói, só um poquinho, já passou...
E a distribuição de tarefas não para conosco. Dividimos com a família toda.
Por exemplo, quando eu pensava que teria um menino, me preocupei com a parte esportiva. Fabio e eu somos zero à esquerda no quesito esportes. E aí já pensei, coitado do menino, não vai saber jogar bola, não vai gostar de futebol, vai ser o último a ser escolhido no time do colégio. Aí, já prevendo o que estava por vir, escalamos os tios Beto e Matheus, meus irmãos, para colocarem o garoto no mundo dos esportes. Aceitaram o encargo e se comprometeram até mesmo a levá-lo ao estádio, desde que crescesse sãopaulino. Comissão pelos serviços contratados. Mariana nasceu menina e desobrigou os tios da missão. Mesmo assim, se for gostar de futebol, vai ser por influência deles, e não nossa.
E assim vamos criando a pequena, cada um ensinando o que sabe de melhor e, sempre, convocando a família para participar!
Até agora, parece ter dado certo.
Ao meu lado, a vida é mais pacata. Mostro a grama, arrisco mostrar a formiguinha. Ensino musiquinhas, cores, mostro cheiros. Outro dia inventei de mostrar para ela uma lagartixa, bicho que me arrepia até o último fio de cabelo. A lagartixa se mexeu, vindo em nossa direção, e eu dei o maior grito, assustando a pequena. Depois disso, evito as lagartixas, porque não quero que ela tenha medos aprendidos. Que tenha os medos próprios, mas que não seja eu a influência medrosa.
Por outro lado, sou forte nas vacinas. Não tenho dó, levo achando que estou fazendo um bem e prefiro que o pai não vá, para que a cara de pena não contamine a menina. Outro dia, na vacina da H1N1 fomos as duas. Mariana repetindo o mantra que eu ensinei: - Não dói, não dói. Tomou a vacina e doeu. Chorou sentida. Mas eu não tive dó. Chegou minha vez, ela ficou me olhando e esperando o momento da picada. E aí ela chorou por mim. Teve dó de mim, tadinha. Mas, minutos depois saímos as duas do posto como duas valentonas, e Mariana passou o dia a vacinar suas bonecas e a dizer: - Não dói, só um poquinho, já passou...
E a distribuição de tarefas não para conosco. Dividimos com a família toda.
Por exemplo, quando eu pensava que teria um menino, me preocupei com a parte esportiva. Fabio e eu somos zero à esquerda no quesito esportes. E aí já pensei, coitado do menino, não vai saber jogar bola, não vai gostar de futebol, vai ser o último a ser escolhido no time do colégio. Aí, já prevendo o que estava por vir, escalamos os tios Beto e Matheus, meus irmãos, para colocarem o garoto no mundo dos esportes. Aceitaram o encargo e se comprometeram até mesmo a levá-lo ao estádio, desde que crescesse sãopaulino. Comissão pelos serviços contratados. Mariana nasceu menina e desobrigou os tios da missão. Mesmo assim, se for gostar de futebol, vai ser por influência deles, e não nossa.
E assim vamos criando a pequena, cada um ensinando o que sabe de melhor e, sempre, convocando a família para participar!
Até agora, parece ter dado certo.
Aaaaaiiii vacinando as bonecas!!! QUE FOFA!!!
ResponderExcluirÉ Pati, acho que boa parte de nós mamães temos essa tendência a sermos super-protetoras. Acho que se fosse possível a gente as colocaria numa redoma, protegidas, como se elas ainda estivessem no útero né?
ResponderExcluirMas ainda bem também que temos os maridos-papais para balancear. E o papai da Mari abre essas possibilidades para ela investigar...
Muito fofa a Mari com a galinha, e sem medo nenhum né?
Sobre a largatixa acho que eu tbém soltaria um grito! Tenho pavor! Só usando mesmo o poder da mente pra não influenciar e olhe lá..
Mas muito bacana tua atitude (e a dica) de não transferir os medos.. Às vezes a gente faz isso até inconscientemente, difícil né?
Beijão
Pri e Bia:)
Que lindo isso, querida. E que FOFA a relação de vcs duas.
ResponderExcluirPois por mim Noah nunca que ia saber o que é segurar uma galinha. Nem pato, nem marreco. Muito menos ganso (que ainda por cima é temperamental).
Também não jogo pra cima, não deixo com "a moça que trabalha em casa" e fecho todas as janelas da casa dos meus sogros quando Noah fica com eles.
Não assisto futebol, não como porcaria e tenho mania de limpeza.
Enfim, se não fosse o pai pra equilibrar, esse menino ia crescer bem esquisitinho...
Beijo!
ehehehe
ResponderExcluirAcho que sou bem resolvida nessa questão, talvez pelo fato de ter um menino, ou... sei lá, eu deixo chegar perto, experimentar, testar seus limites - devidamente monitorado, é claro. A única coisa que de-tes-to são as brincadeiras truculentas, que sempre acontecem entre pai e filho, sabe aquele negócio meio luta livre? Pois é, acho horrível, e saio de perto, mas quando ouço as gargalhadas do Arthur, me tranquilizo...ehehehe
Que linda que ela está! E olha que eu sou do seu time, medo de quase todos os bichos, encanada com brincadeiras agitadas. Acho que teria um treco se visse o André com uma galinha na mão! rs!
ResponderExcluirAinda bem que existem os papais!!! rsrsrs!
beijos
ahahahha! adoroooo!
ResponderExcluiressas suas histórias de medo de aves e bichos são demais!
e essa coisa dos esportes preocupou um pouco meu marido também.
diz ele que vai adotar um time pra torcer, só pro filho dele não se sentir excluído no meio dos amigos/colegas.
sugeri o contrário: deixa ele escolher o time que vai torcer e você torce junto com ele.
pelo resto da vida ele vai dizer que influenciou o pai a gostar de futebol.
de qualquer jeito, eu já to decidida a colocá-lo em uma escolinha de futebol, caso ele demonstre interesse.
mas a natação é minha prioridade nº 1
Alice já passou a experiência com uma mini-lagartixa: resultado, matou a pobre sem dó nem piedade com sua pisada "delicada", mas adorei ver as fotinhos da Mariana com a galinha. 10!
ResponderExcluirBjs,
Ronise & Alice
www.maesomudadeendereco.zip.net
Demais essas fotos!!!
ResponderExcluirE vou te dizer: coincidentemente até escrevi algo parecido hoje no meu blog. Vejo cada dia mais o quanto é importante soltarmos um pouco nossos filhos, seja por iniciativa do pai ou da mãe ou de ambos. Quanto mais colocamos na redoma, mais frágeis eles se tornam e menos preparados para a vida. Dá um aperto no coração que só, mas vale a pena.
Beijos