terça-feira, 30 de março de 2010

Tempo, tempo, tempo, tempo.

Mariana,

não quero toda hora ficar me repetindo, e me lamentando e dizendo que não tenho tempo. Mas ultimamente tem sido difícil achar minutos que sejam para atualizar esse seu diário virtual. Então, apenas para não ficar sem registro, corro para te contar que você melhorou muito da sua dor de garganta. Tomou antibiótico pela primeira vez na vida. Chorou no primeiro dia, tomou sorrindo nos outros dois. A febre logo baixou e você voltou a ser a menina sorridente de todos os dias. Logo também voltou o apetite que tinha ido embora com a doencinha. E junto te levou meio quilo. Mas que logo voltará, filha. E as noites também passaram a ficar mais calmas. Você dormindo de novo como um anjinho. Não tem alegria maior do que ver um filho se recuperar filha, voltar a ver você ficar corada e se interessar pela comida que está no prato.
E no fim de semana você me chamou de mãezinha pela primeira vez. Me abraçava e dizia "mãezinha da nenê". Chorei, filha. Já te disse, sou afeita às sentimentalidades e o choro chega fácil quando o assunto é você. Também chamou seu pai de papaizinho, que sorriu e chorou e se sentiu grande como nunca pensou ser. Seu pai te olha e não se cansa de repetir que nunca imaginou na vida receber um presente do tamanho do que recebemos.
E registro também o final de semana. Seus dinhos vieram almoçar em casa, com suas primas Vic e Bruna. Em segundos a casa estava virada, brinquedos para todo o lado, crianças correndo, brincando, brigando e chorando. Uma casa com crianças é uma casa com vida. Foi um sábado delicioso. Seus avós Marisa e Roberto também vieram, todo mundo junto, curtindo vocês três, meninas lindas, lindas, lindas, nossas alegrias na vida.
E fechando o final de semana fomos ao aniversário da Olivia, filha da minha amiga Alê. De novo uma delícia te ver brincando, pulando no pula-pula, girando no carrossel, como é maravilhoso te ver crescendo filha. E lá estavam todas as minhas amigas, muitas delas eu não via há muitos anos, gente querida que a vida corrida insiste em separar. Todo mundo lá, com filho, com sorriso no rosto, festejando muito esse dia feliz.
Por fim te conto que voltei definitivamente a dançar. E sou muito feliz nessa hora e meia em que faço algo somente por prazer. Danço por dançar. E isso é maravilhoso.
Em resumo, filha, tudo tranquilo conosco, você está crescendo, falando cada dia frases mais inacreditáveis, e te prometo um post só com esse assunto.
É isso aí. Registros feitos, e torcendo para sobrar mais tempo para retomar a atividade normal.
Te amo filha querida.

12 comentários:

  1. Paty,

    adoro ver suas palavras para Mariana e fico imaginando ela maiorzinha lendo tudo isso que vc escreve de forma genial.

    Mas confesso que como puxa saco da dança adorei ler a noticia que vc definitivamente voltou a dançar....dança mesmo Paty....muito
    e por total amor a sua hora e meia...

    beijos

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  2. O mesmo aqui, Pat. Noah tomou dia desses, pela primeira vez, o tal do antibiótico. E eu nem relutei porque vê-lo naquela quietude e perdendo peso foi de longe a coisa mais difícil que já passei como mãe. Que aperto, creeeedo. Mas o peso volta rapidinho e, junto com ele, uma maturidade pós-doença incrível. Tanto pra eles quanto pra nós.
    Falando de algo mais leve: e não é que eu conheço a Alê?? Meniiiina, que mundo pequeno é esse??
    beijo!

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  3. Rô,
    Alê acabou de me contar que te conhece. Disse pra ela que se fosse novela a gente ia dizer: Ah! tá bom, só em novela que todo mundo se conhece...
    Por isso, querida, vale a máxima de que temos mesmo que andar na linha, se não por virtude, por causa do tamanho microscópico desse planeta.
    Estou devendo um post e uma foto de Mariana com o mais novo modelito minha mãe que disse. prometo que essa semana sai.
    beijossssss

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  4. Aisha, querida,
    temos mesmo que dançar. Senão dançamos, mesmo.
    Desculpe o trocadilho infame. Muitas saudades de você, minha eterna prô.

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  5. querida, outro dia aconteceu uma coisa e eu lembrei tanto de vc... Minha mae já faleceu, vc sabe né. Daí que estar sem ela nesse processo de tentar engravidar faz uma super falta, queria saber como aconteceram as coisas com ela, como foi o parto, como foi a espera. Nunca falamos sobre isso, nao sei pq. Mas é dessas coisas: a vida vai passando com pressa e a gente nao se detém pra relatar essas coisas, que acabam que sao incriveis.

    Daí fica o vazio de nao escuta-la, de nao saber a opiniao dela sobre as coisas. Um belo dia, arrumando papeis velhos meus, encontro umas cartas que ela escreveu pra mim, quando eu tinha 14 anos. Eu lembro de te-las lido na época e ter achado "bonitinho". Quando as reencontrei, agora, NOSSA.

    Tudo fazia um enorme sentido. É como se ela tivesse entendido tudo pelo que estou passando e tivesse todas as palavras certas pra mim.

    Daí lembrei de vc, que vc faz isso constantemente pela Mariana.

    Faça, faça sempre. Mesmo que seja pra falar do cotidiano. Mesmo que seja pra falar que ela é linda e que vc a ama. É claro que eu espero que vc esteja ao lado dela a vida toda, pra sempre repetir essas coisas.

    Mas, de qualquer forma, acho que esse registro é tao importante, ela vai AMAR ler. Como eu amei ler as parcas linhas da minha mommy.

    (e pronto, escrevi um post)

    beijos!

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  6. Carolzinha,
    lindo post, ops, comentário..rs. Siemocionei, como vc diz. bjs querida

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  7. Patricia,

    Tudo bem com vcs?

    Que coisa mais linda a Mariana falando mãezinha! E me diz, como não se emocionar. Como não ouvir essa palavra mágica, carregada de tanto amor e carinho e não sentir o coração ficar pequenininho?

    Que bom que ela melhorou da dor de garganta e logo, logo ela vai recuperar o pesinho perdido.

    Beijos pra vocês.
    Pri e Bia

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  8. Bom saber que a pequena está melhor. Mais uma linda carta que ela recebe e que vc tem a gentileza de compartilhar com a gente. Tenho certeza que ela vai ser emocionar quando realmente puder entender tudo isso!
    beijo grande, Re

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  9. ai Pat, eu tambem sou do time das sentimentaloides de choro fácil, tão fácil, que tambem rola lagriminhas de emoção ao ler declarações de amor como a tua para a Mariana.
    Lindo post! beijos

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  10. Que bom que a Mari melhorou!
    Tmabém choro muito quando meu pequeno faz alguma coisa, mas acho maravilhoso a gente ter esa capacidade de se emocionar com a menores coisas, nos faz melhores e mais felizes.
    Beijo grande!

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  11. Pat, você já reparou que volta e meia Nina e Mari entram na mesma fase e eu e você também?! Engraçado, né! Deve ser pela quase idade delas e pela quase coincidencia entre a gente (de profissào, de data de nascimento das crianças!).
    Linda carta, querida.
    Chorei....
    Beijo!
    Dani

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  12. Lindo post. Adorei. Voltarei sempre.
    um beijo de outra mãe chorona :)

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