A data é controvertida. Algumas se recusam a comemorá-la, pois remete ao fato triste de 129 mulheres terem sido queimadas apenas por reinvidicarem os seus direitos. Outras comemoram o dia, recebem rosas e se sentem especiais.
Eu? Não sei. Sinceramente.
Dia da mulher?
Desde que me tornei mãe, a mulher anda meio doida. Meio descontrolada. Meio descabelada. Meio mal vestida. Meio com coisas demais para fazer e sem tempo nem para pensar se o dia é para comemorar ou para lamentar. Essa mulher aqui passou a noite acordando a cada duas horas, porque a filha teve pesadelos e chorou. Essa mulher acordou às seis, para poder tomar banho antes que o marido saísse para trabalhar e a filha não acordasse enquanto a mãe estava no banho. Essa mulher foi sair de casa e se viu trancada, porque ontem, na correria, esqueceu as chaves dentro do carro. E gritou por socorro para a vizinha. E jogou as chaves do carro pela janela e a vizinha a resgatou, tal e qual rapunzel, só que sem as tranças. As sete e meia da manhã essa mulher já estava maquiada, penteada e muito cansada. E o dia nem havia começado.
Por outro lado, essa mulher aqui é mais feliz desde que se tornou mãe. E tem um marido incrível. E um emprego legal. E uma família maravilhosa. E uma filha saudável. E não se sente no direito de pedir mais nada, porque já acha que tem tudo o que podia merecer.
Mas essa mulher aqui às vezes se cansa. Da correria. Da tripla jornada. Do trânsito. De tudo.
Então essa mulher conclui que é hora de diminuir o ritmo. De pensar mais nela. Afinal, no dia da mulher, essa mulher merece um respiro. E vai voltar a dançar hoje. E vai pensar nela um pouco. E se essa data serviu para alguma coisa, foi para pensar que se essa mulher pifar, aí não vai ter mais mãe, nem advogada, nem esposa, nem coisa nenhuma.
Eu? Não sei. Sinceramente.
Dia da mulher?
Desde que me tornei mãe, a mulher anda meio doida. Meio descontrolada. Meio descabelada. Meio mal vestida. Meio com coisas demais para fazer e sem tempo nem para pensar se o dia é para comemorar ou para lamentar. Essa mulher aqui passou a noite acordando a cada duas horas, porque a filha teve pesadelos e chorou. Essa mulher acordou às seis, para poder tomar banho antes que o marido saísse para trabalhar e a filha não acordasse enquanto a mãe estava no banho. Essa mulher foi sair de casa e se viu trancada, porque ontem, na correria, esqueceu as chaves dentro do carro. E gritou por socorro para a vizinha. E jogou as chaves do carro pela janela e a vizinha a resgatou, tal e qual rapunzel, só que sem as tranças. As sete e meia da manhã essa mulher já estava maquiada, penteada e muito cansada. E o dia nem havia começado.
Por outro lado, essa mulher aqui é mais feliz desde que se tornou mãe. E tem um marido incrível. E um emprego legal. E uma família maravilhosa. E uma filha saudável. E não se sente no direito de pedir mais nada, porque já acha que tem tudo o que podia merecer.
Mas essa mulher aqui às vezes se cansa. Da correria. Da tripla jornada. Do trânsito. De tudo.
Então essa mulher conclui que é hora de diminuir o ritmo. De pensar mais nela. Afinal, no dia da mulher, essa mulher merece um respiro. E vai voltar a dançar hoje. E vai pensar nela um pouco. E se essa data serviu para alguma coisa, foi para pensar que se essa mulher pifar, aí não vai ter mais mãe, nem advogada, nem esposa, nem coisa nenhuma.
Então é isso aí.
Viva a mulher.
Viva a mulher.
Sabe Patty, ando num exercício de dar mais valor a essa mulher aqui também. Minha auto estima nunca foi das melhores, depois que virei mãe então, nem se fala. Não penso duas vezes na hora de gastar uma grana em roupas e brinquedos pra minha bonequinha, mas se é pra mim eu penso e repenso mil vezes. Resolvi me dar mais valor e o primeiro exercício foi fazer uma super hidratação no cabelo (coisa que eu falo que vou fazer a vida toda, mas acabo comprando um potão de creme barato e fazendo eu mesma). Paguei 120 na tal da hidratação e fiquei cheia de culpa... Ontem resolvi parar de bobagem e fiquei repetindo pra mim mesma que eu mereço uma hidratação de 120 reais. Hoje, pro dia das mulheres, acabei de reservar 3 blusas na loja em frente a escola da minha filha. Logo comecei a pensar: "mas nem é dia de nada, não preciso de TRÊS blusas e bla bla bla". Vamos ver se eu não desisto até o fim do dia, quando for buscar a pequena. Ai ai...
ResponderExcluirNossa, só tenho uma coisa a dizer: que texto maravilhoso!!!!
ResponderExcluirMe identifiquei muito (essa de tomar banho às seis da manhã então....).
Também não tenho uma opinião formada pela a data em si, mas que nós merecemos o mundo, ah merecemos!
Beijão!
Poxa, Pat, escrevi um super comentário e não entrou. Vou resumir agora: desacelerar, para mulheres como nós, é fundamental. E cabe a nós perceber a hora de fazer isso, antes que as outras funções pifem!
ResponderExcluirBeijo grande
Somos duas Pá...e eu, ainda com mais medo de pifar...vc sabe...mas, em compensação, qdo teríamos tido um sábado tão bom? bjks, te amo mto, comadre!!!
ResponderExcluirÔ Sil, verdade! Esse sábado vai render um post, certeza! Só me falta baixar as fotos. Delícia ter vocês mais perto!
ResponderExcluirbeijos
Nina, sou igual! Economizo centavos para mil e não vejo preço para a Mariana. Mas vamos nos mimar um pouco +, né?
Mamãe Polvo, adorei o nome do seu blog. Vou visitar agora!
Paloma,
desaceleremos, pois. A que preço, hein?
beijos queridas!
E que a gente sempre saiba reconhecer a hora de desacelerar, não é verdade? Que mulher tem uma mania de carregar o mundo nas costas: fora mãe-esposa-profissional a gente ainda tem que ser magra, agil, brilhante, econômica, amiga...e tudo isso sorrindo? Ah, não dá.
ResponderExcluirLindo post, querida.
é mais ou menos como me sinto... tentando fazer de um tudo ao mesmo tempo... me identifiquei com o descabelada, mal arrumada, acordando cedo para tomar banho primeiro... enfim... por isso que acho que dia da mulher é TODO DIA!
ResponderExcluirbjinhos!
Como sempre seu texto é sensivel e fanstástico !!!!
ResponderExcluirLindo !!!!
Pat, mais um belo texto, minha querida! Também tomo banho às 6 da manhã (ou lá pela meia noite, antes de dormir), corro igual doida pra deixar tudo pronto antes da pequena acordar, levo prá escola,venho trabalhar, busco na escola, dou papá, banho, levo prá avó, mais trabalho...enfim...acabo sentando no sofá lá pelas 11 da noite! Cansa sim. É bom. Mas que cansa, cansa. Por isso...tô aqui te mandando a maior força para começar as aulas de dança again! Vai fundo, vai dar risada, vai se divertir! Você merece! Beijo! Dani
ResponderExcluirPS: por aqui não tem aula de dança...vou me virando no pilates prá descansar um pouco!
Texto maravilhoso, Pat. Sucesso no seu novo empreendimento. E só me fez pensar em como será a vida pós licenca maternidade... ai, ai...
ResponderExcluirGuria, me conta o segredo se você conseguir essa proeza, tá? Também estou querendo ter mais tempo para mim...mas é difícil com um dia de "apenas" 24 horas! Sorte na empreitada e beijos para vc e a filhota linda!
ResponderExcluirVoltei a dançar. E nessa hora e meia ri, me diverti e pensei um pouco em mim também. Cheguei em casa e Mariana me esperava na janela. Me viu e gritou: -Qué leite mamãe! Como se dissesse, se liga mulher, vem aqui cuidar de mim... Ao fim e ao cabo tudo correu bem! E vamo que vamo que vida de mãe-mulher-esposa-profissinal é assim mesmo: com emoção!
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