sexta-feira, 23 de outubro de 2009

Marianês. Minha bonequinha faladeira.



Mariana,



você é uma faladeira nata. Mesmo com poucas palavras no vocabulário, não fecha a matraca um minuto sequer. E olha quantas palavrinhas você já sabe falar....



Tchau.
Você fala muito tchau. Tchau para tudo. Até para a mesa, para a cadeira, para a parede. Aliás, é uma ótima técnica para fazer você largar qualquer coisa. É só falar, vai filha, deixa o brinquedo/controle/frasco de remédio/caco de vidro aqui e dá tchau. E você larga, feliz, e faz tchaaaaau, mandando beijinhos. Ô dó.


Mamãe.
Música para os meus ouvidos. Me vê e fala mamãe. Dizem as avós que repete bastante durante o dia também. O que que eu quero mais da vida?


Papai.
Já contei no post de ontem o quanto você fala papai. Parece uma vitrola quebrada repetindo papai sem parar. Vitrola? É filha, sou do tempo da vitrola quebrada. Um dia te levo em um museu para te mostrar o que é.


Au-au.
Serve tanto para cachorro, quanto para urso, leão e às vezes até para passarinhos. Palavra versátil essa...


Água.
Você fala perfeitamente essa palavra. Começou com um tímido ‘Aua’ e agora já é um senhor “Água”. Um arraso.


Qué.
Qué, do verbo querer. Na sua língua, Eu qué, Tu qué, Ele qué, Nos qué, Vós qué, Eles qué. Você, ultimamente, qué muito danoninho. Se abro a geladeira a matraca já começa qué-qué-qué. Não gosto que você coma muitos danoninhos. Estou evitando abrir a geladeira com você por perto.


Tit ou teti.
Leite. Mas você não fala muito. Só quando eu peço para falar leite é que você repete, tit, tit, tit. Para pedir leite você só olha para a mamadeira e começa Qué!Qué!Qué! Teve um tempo que a sua avô Marisa dizia que você pensava que leite era Qué. Mas não era. Qué era Qué mesmo. E você Qué leite, oras.


Zeca.

Cachorro do vô Mario.


Quesh.

Squash. Cachorro do vô Roberto.


Xixi.

É, xixi mesmo. Se vai comigo no banheiro, vira locutora de rádio e começa, xixi, xixi, xixi, xixi. Privacidade? Não, não sei mais o que é isso não..


Cocô. Cocó.

Cocô e Cocô e Cocó é Cocoricó.E tem hora que cocó vira cocô e cocô vira cocó e aí ninguém mais sabe quem é quem.


Pablo.

O pinguim do Backyardigans. Você tinha um mini Pablo, mas o Squash (o cachorro do vô Roberto) comeu. Sua avó Marisa me ligou avisando: "- A Mariana deu o Pablo pro Squash. O Squash comeu o Pablo. O Pablo morreu." É filha, o Pablo morreu, mas cada vez que você vê o dito na Tv começa o mantra Pablo, Pablo, Pablo. E juro que você pronuncia o L do pabLo.Minha mãe disse que não era pra contar, que ninguém ia acreditar. Mas que você fala, fala.


Nenê.
Serve para você se referir a si mesma e para todos os bebês, crianças, bonecos e pelúcias do Universo. Basta ser cuti-cuti para virar nenê.


Nana nenê.

Você canta com a sua avó Marlene a música "Nana nenê,que a Cuca vem pegar". Um dueto e tanto. Você começa Nana Nenê, ela continua e você retoma "Papai"... e ela "foi na roça..."você "Mamãe" e ela "volta já". Lindo! Tá, filha, às vezes eu não volto tão "já" quanto a música diz, mas juro que me esforço, viu?


Caiu.

Começou com Quiu. Evoluiu para Queiu (que soava como uma pequena portuguesinha falando caiu) E agora você fala caiu direitinho. E serve tanto para o que caiu realmente (incluindo você mesma) quanto para o que você, deliberadamente, arremessou ao chão. Caiu uma pinoia, Marianinha. Jogou não é caiu.


Titio.

Serve para titio e tita.



Mão.

Você olha para suas mãozinhas com admiração e começão mão, mão, mão...Parece sua mãe no yôga ohm, ohm, ohm....um verdadeiro mantra. Quando quer lavar as mãos também vem agitando as mãozinhas e gritando Mão! Mão! Mão! Se aprender a falar "ao alto" já pode começar a assaltar banco.



Pé.

Vale para pé, meia e sapato. E é só ouvir a palavra que você já arranca o sapato ou meia que estiver usando. Palavra proibida quando quero te manter calçada.

É o que me vem à cabeça.
E não é lindo demais?
Filha, para uma mãe, um filho é sempre um forte candidato para a Academia Brasileira de Letras.

5 comentários:

  1. Coisa mais gostosa esse post!
    Amei, amei, sorri o post inteiro.
    Um bju na sua matraquinha.
    =*

    ResponderExcluir
  2. Adforei a sua forma de fazer dicionário comentado. Eu fazia, mas não comentava assim (devia, né?). Me emocionei com teti, a Ciça falava têti e bateu saudade.

    Mas, ó, se ela fala mesmo o L do PabLo ela é criança prodígio! É muito difícil. Tenho um primo com este nome e, segundo a mãe dele, ele só falou o próprio nome corretamente depois dos 5 anos. Ciça ainda não fala. Mas ela fala 'zebra', pq ela é louca por zebras. Deve ser uma relação de amor que as fazem falar tão corretamente, só pode!

    Beijos

    ResponderExcluir
  3. Liva,
    que bom que o post te fez sorrir! Coisa rara hoje em dia!
    Paloma,
    esses dicionários vão ter mil edições, já que são atualizados pelas pequenas diariamente. Comente os próximos para a gente saber mais da linda Ciça.
    Mariana se enrola tanto para falar Pablo que acho que o L sai por acidente...hehe. Ou é o amor mesmo, tal e qual a zebra da Ciça. vai saber.
    bjssssssssssss

    ResponderExcluir
  4. Patricia,

    Adorei sua visita ao blog. A Mariana é linda. Davi está começando a falar agora, uma graça. Com meus pais aqui em casa, ele passou a falar bem mais.

    bj p vcs duas

    Ivana

    ResponderExcluir
  5. Muito legal esse post, gostei mesmo, parabéns. A minha Elisa também já fala quase tudo isso, mas eu não conseguiria retratar com tanta realidade. Mas fala sério, ouvir Mamãe é mais que demais, né? Valeu!

    ResponderExcluir