quarta-feira, 9 de novembro de 2011

Os contos de fadas

Eu não gosto de ecochatices, nem militâncias, nem de coisas muito politicamente corretas. Particularmente detesto a nova versão de atirei o pau no gato. Acho desnecessária e não acredito que alguém tenha atirado pau no gato por conta da musiquinha. De verdade.

Mas tenho tido várias restrições aos contos de fadas.

Essa fase chegou lá em casa. Mariana adora as princesas. E eu questiono muita coisa que tenho lido...

A Chapeuzinho que desobedece a mãe e vai justo na floresta que não devia ir. Belo exemplo, Chapeuzinho. A Cinderela, a Branca de Neve e a Bela Adormecida que têm o príncipe como salvação de suas vidas. Daí, no futuro, vai explicar pra filha que homem não é salvação de ninguém...Pior ainda é a Bela, que ensina que você pode mudar um homem com seu amor. Ou seja, o cara é mau caráter, violento, e você lá, amando, amando, até ele virar príncipe. Sei... Igual à história da Bela, tem a do sapo que vira príncipe quando beijado. Sério. Quem foi que nesse mundo de meu Deus beijou sapo e encontrou príncipe? Ninguém, gente. Beija sapo, namora sapo, casa com sapo. E engole sapo a vida toda. Tem ainda a Rapunzel do Enrolados, filminho adorável, mas que peca no argumento de que a flor que trazia vida poderia ser retirada da velhinha para salvar a vida da rainha. Por quê? Porque a rainha merece a flor da vida e a velhinha pobre merece morrer? Juro que não entendo. A realeza merece viver mais que o proletariado? Ai, ai. E tem ainda a Princesa e a Ervilha, história onde a princesa só é reconhecida como tal por notar uma ervilha embaixo de seu colchão. Ou seja, tem que ser fresca, fresquíssima, fricoteira e chata para ser nobre. Ai Jesus! E o pior. Tudo gira em torno de homem. Só homem. Só para casar no final e ser feliz pra sempre. Eu não tenho absolutamente nada contra o casamento, acho válido, ótimo, lindo, sou feliz no meu, mas daí a achar que casar é sinônimo de felicidade pra sempre, ou único jeito do final ser feliz... menos né?

Em casa tenho mudado um ou outro final, alterando um ou outro enredo. Mas quando ela começar a ler...haja argumentação pra dizer que na vida não é bem assim.

3 comentários:

  1. hahah.. né, concordo com vc.. tem coisa q eu tb nao entendo e q eu cresci vendo/lendo/ouvindo.. o q eu posso mudar eu tb mudo, pq tem historias q cá pra nós nao sao mto boas em exemplos e dão medo.. dão sim.
    beijos

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  2. hahaha, agora que parei para pensar nisso...e sabe, eu tenho que concordar com você... A maioria dos contos de fadas não dão exemplo bom nenhum!!

    Beijos

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  3. TOCA AQUI!
    penso como vc, principalmente sobre os contos de fada e que bendita moral é essa que eles passam pras crianças.
    meus pais não contavam muitos desses clássicos pra mim não. aliás, foram raríssimas as vezes que ouvi falar de princesa em casa. nunca me fantasiei como ou quis ser uma.
    e sempre achei fresco demais. preferia ficar com os meninos.
    mas hoje a coisa mudou. isaac ama um conto de fadas, vibra com as aventuras e pede mais mais mais.
    jogo de cintura minha amiga, jogo de cintura e imaginação extra.

    bjocas

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