quarta-feira, 8 de fevereiro de 2012

O parto do Para Mariana. Blogagem coletiva.



Começou lendo o Leve um casaquinho, esse lindo blog da Bibi da Pieve, que veio ao meu conhecimento não me lembro como. Só sei que comecei a ler e achar incrível. Quis fazer igual. Um relato desses momentos tão ricos que a maternidade proporciona. Então lá pelos dez meses da Mariana comecei a escrever. Aliás, acho que foi lá por essa época que eu dei o primeiro respiro, depois do mergulho fundo que é a maternidade. Só nesse momento fui capaz de olhar um pouco mais de longe a relação mãe e filha e consegui um pouco do distanciamento necessário para poder escrever. Coincidiu com a época em que a Mariana já engatinhava, ou seja, ngatinhávamos as duas, uma rumo à independência, outra rumo ao que? À vida blogueira? Pode ser.
O primeiro post, como a maioria dos demais, saiu do coração. Não precisava escolher palavras. Elas já moravam aqui dentro de mim, querendo se tornar frases que se aproximassem ainda que minimamente da grandeza dos meus sentimentos. Feito o blog e o primeiro post, contei ao marido, aos pais e aos sogros. Meio vergonha de mostrar o que estava fazendo, podia ser entendido como corujisse desnecessária, exposição desnecessária, desnecessário, enfim. Mas essa minha platéia fiel aprovou e até hoje acompanha as bobagens que escrevo. Aí vieram as primeiras leitoras que não eram família. Acho que a Paloma, do Peripécias, e a Lia, do Saco de Farinha, foram as primeiras. E vieram outras tantas, todas amigas tão virtuais tão carinhosas, tão cúmplices de sentimentos, tão passando pelas mesmas fases que era impossível não viciar nessa vida de blogueira. Depois do início, o blog passou por fases. Ora de contar gracinhas, ora de militar um pouco, ora de dar conselhos àquelas (um pouco) menos experientes do que eu.
Hoje escrevo com pouca freqüência, de um fôlego só e sem rascunho. Não faço nada muito elaborado ou pretensioso. Não quero me tornar escritora ou famosa por meio do blog. Não quero impactar ninguém ou ganhar multidões de leitores. Não quero escrever livro, virar filme ou tema para minissérie da Warner. Não comento para ser comentada, não visito para ser visitada, não faço graça para ser pop, não faço nada para ser pop, não quero ser pop afinal. Não faço média. Faço tudo à minha moda. Não quero nada além do que já tenho. O blog é apenas um fim em si mesmo. E se presta muito bem a esse fim. Não tenho tantas seguidoras, nem recebo chuvas de comentários. Mas amo cada comentário que recebo. Fico feliz com cada seguidora que me adiciona. Ultimamente tenho tido um pouco de preguiça de escrever. Uma pena, porque Mariana está numa fase tão deliciosa, que é um pecado não registrar. Mas vivenciar tem sido ainda melhor, então aguardemos a inspiração voltar.
A vida blogueira deu bons frutos. Fiz amigas virtuais. Muitas me ajudaram na vida real, ora dando um conselho, ora fazendo indicações, trocando idéias valiosas sobre tantos assuntos, inclusive a recente troca da escola (valeu Silvia e Mari!), o blog rendeu tanto que eu saí até em revista, olhem só! E esse ano, com o ingresso no facebook, o blog ficou ainda mais conhecido, pessoas do trabalho lendo, amigos lendo, um receio dessa exposição, mas acho que pesando prós e contras, o blog trouxe mais coisas positivas do que negativas. Já pensei em parar de escrever, por preguiça, por falta de vontade, mas quando releio os registros antigos me dá tanta alegria, que vejo que vale mesmo a pena continuar. Nesses quase três anos de blog fiz amigas, recebi muitas energias positivas, muita informação de fontes legítimas, conheci opiniões e pontos de vista diferentes dos meus, aprendi muito e, mais importante que tudo, tenho um super registro desses primeiros anos da Mariana, que foram sem dúvida nenhuma, os momentos mais intensos da minha vida.
Viva a blogosfera!

10 comentários:

  1. E viva a Blogosfera!!! adorei seu post!!! e sempre te leio, viu? beijão
    Mãe da Lulú

    ResponderExcluir
  2. Lindo post, me identifiquei muito com ele.
    è bom vir aqui sempre as vezes nem comento mas passo por aqui.
    bjus e que este ano venha mais post

    ResponderExcluir
  3. É cumadi, e vc quem me passou o bichinho da blogosfera. Me picou e eu já estou viciada. Nao pare de escrever nao hein

    ResponderExcluir
  4. Pati, seu jeito de escrever é único! Doce, sereno, coruja sim - como toda mãe! Acompanho vc há tempos, vc sabe...
    Adorei ler vc na blogagem!
    bjos

    ResponderExcluir
  5. Querida... Lindo o post!!

    Essa blogsfera é demais né?

    Beijos

    ResponderExcluir
  6. Eu lembro bem do seu começo, Pat, gostei de cara do seu texto, deste espaço. Você é das minhas preferidas e, sim, eu fico triste quando vc deixa o blog de lado (embora entenda que ela não seja prioridade).
    Beijos

    ResponderExcluir
  7. Viva À blogsfera mesmo!!!

    E que honra ter a Paloma e a Lia como primeiras leitoras hein??? =D
    Delícia mesmo é a gente saber que está valendo a pena cada exposição, cada coisa desnecessária, que acaba sendo necessária para uma lembrança mais viva, mais detalhada e que não vai ser esquecida jamais!

    ResponderExcluir
  8. E viva a maternagem, a troca de experiências, a emoção!!!! Adorei, lindo post!

    ResponderExcluir
  9. Texto maravilhoso e sincero! As vezes dá preguiça, tem a falta de tempo... Mas a troca de informações, experiências e apoio faz a gente continuar.
    Obrigada por ter participado da blogagem coletiva e apareça mais vezes no Mamatraca!
    Bjo
    www.mamatraca.com.br

    ResponderExcluir
  10. Ô Patricia, fico feliz em ter ajudado. A troca de experiências é sempre boa, né? As crianças também começaram na nova escola. A Julia mais empolgada e o Luca, por ser menor, ainda se acostumando com o novo ambiente. Agora é torcer para que continuem sendo apenas felizes. Bjos e mantemos contato.

    ResponderExcluir